até amanhã meu povo!!
xx//littleg
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5:30 am, meu despertador tocou sem um minuto de atraso, me levantei e percebo um silencio incomum em minha casa, fui ao banheiro para tomar banho e percebi que tinha um recado de Octavia no espelho: "C me biparam as 3:40, merda, estou no hospital, até mais tarde, xO".
Sai do banho 5:45, eu precisava passar as rondas 6 horas em ponto, a pequena menina que eu havia retirado o tumor, exatamente 5 dias atrás ainda não tinha acordado, não aquilo não estava dentro do esperado. Coloquei uma roupa qualquer, peguei um café e sai para o hospital. Geralmente eu ia a pé para lá, mas hoje resolvi ir de bicicleta. Eu estava sentindo falta de um par de olhos verdes, afinal, já tem cinco dias desde nosso último encontro. Cheguei ao hospital e não demorou muito para perceber que D'Mackor não estava trabalhando comigo hoje, merda. Bipei então a Dra. Lafaiete.
-Me atualize Dra, começando pela 307- ordenei.
-Sophia Giorginne, menina, 2 anos, terceiro dia de pós-operatório de duas craniectomias, uma para retirada de um tumor e a outra para a retirada de um coagulo, consequência da cirurgia anterior, ainda intubada sem nenhum estimulo cerebral.
-Dê a ela estimulante, 12ml a cada duas horas, monitore-a a cada duas horas, vamos tentar retirar o ventilador no final do dia, termine minhas rondas, eu tenho cirurgia , quando acabar me encontre na sala 1.
Não esta mais em minhas mãos, não há nada que eu possa fazer, preciso de O para monitorar os batimentos cardíacos da menina no final do dia. Tinha um aneurisma marcado para agora, passei no quarto do menino, Thomas Gordon, 14 anos, tudo certo para a cirurgia. Avistei O, no caminho do centro cirúrgico.
-Dra.Blake- gritei para que ela escutasse, ela se virou vindo em minha direção- pode monitorar os batimentos de uma paciente no final do dia? Preciso extubar a pequena- ela assentiu com a cabeça- O que te tirou da cama hoje?
-Parada cardíaca por overdose intencional precisou implantar um marca-passo temporário, 24 anos, Alexia Kannenberg- ela continuou falando, mas eu parei de escutar, parei de andar. Congelada, eu estava congelada. O que diabos?- ... quarto 608...- foi o que escutei, me virei e sai correndo em direção ao seu quarto.
Raiva. Esse sentimento percorria o meu corpo, seu irmão estava morto mas o que? Eu não consegui entender, como assim? Ela tentou se matar? Em que momento ela descobriu que estava pronta para desistir da vida? Passei por Callie, que provavelmente já sabia o que acontecera e tentou segurar pelo braço, puxei meu braço, finalmente chegando em seu quarto.
-EM QUE DIABOS VOCÊ ESTAVA PENSANDO ALEXIA? VOCÊ É RETARDADA?
-Cl-a-a-rke - ela gaguejou
-CLARKE O CACETE! QUAL É O SEU PROBLEMA? VOCÊ TEM UMA VIDA, IMAGINA SE TODA VEZ QUE A VIDA FICASSE DIFICIL A PESSOA TENTASSE SE MATAR! VOCÊ VAI PARA REABILITAÇÃO.
Octavia e Callie estavam no quarto, um silêncio desconfortável invadiu o quarto, O estava espantada sem entender nada. Senti Callie me puxando em quanto Octavia gritava código azul. Parada Cardíaca? Culpa. Era isso que eu sentia. "Salva ela O, por favor não deixe ela morrer" era tudo que eu conseguia gritar. Drogas, sistema nervoso central, problemas neurológicos. Ela precisava de um neurologista. Me aproximei dela.
-Você está muito envolvida- Callie falou em quanto me puxava para trás.
-Ela precisa de um neurologista- rebati- Não estou envolvida.
-Clarke olha para mim- Callie falou- eu sei que você quer ajuda-la, mas para isso precisa deixar O trabalhar.
-Ela não é só uma estranha no bar- eu falei em quanto chorava. Eu tinha causado isso a ela?
-Eu sei...eu sei- Callie dizia em quanto me abraçava.
-Clarke, eu sinto muito, mas preciso levar ela para cirurgia agora.- eu não podia fazer nada. Então apenas assenti com a cabeça.
Em quanto O reparava o marca-passo de Alexia, eu pincei um aneurisma perfeitamente, sem nenhum sangramento, simplesmente perfeito. A arte da cirurgia.
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apenas (sobre)vivendo
RomanceAcredito que a vida deveria ser mais do que apenas sobreviver, que se encontramos uma razão para sorrir, não deveríamos chorar. Acho que existe um propósito. Não acho que fomos enviados por Deus para seguirmos uma rotina. Não se, realmente...