narrador
O tempo voava para Clarke, estava sempre entretida com os novos casos, a todo segundo aprendia algo novo, muitas vezes se virando na marra, já havia se acostumado com a falta de material e por esse motivo, começou a selecionar os pacientes que ela conseguiria salvar e depois atendia as causas perdidas, a loira também já estava acostumada com as mortes que a rodeavam. Para Lexa, no começo foi difícil, parecia que o relógio não rodava, ia ao trabalho e voltava para cada, em meio de tristeza a mais improvável amizade surgiu, talvez pela promessa de Callie, que assegurou que a namorada da loira ficaria bem em sua ausência, Callie lembrava Lexa que ela precisava ficar bem por Clarke, saiam para beber, e passavam a maior parte de suas noites conversando no apartamento das médicas que estão na guerra, Lexa se sentia melhor lá. Embora a saudade das namoradas aumentasse a cada pulsar do coração, as conversas entre as duas estavam cada vez mais escassas, Clarke sempre adormecia no meio, não de proposito, mas pois estava muito cansada, todavia sempre que conseguia, retornava a ligação pela manhã para conversar com a namorada. A loira fazia de tudo omitir o fato de que as coisas estavam realmente tensas por lá, não queria preocupar sua garota.
-Oi meu amor- Clarke falou com a maior animação que o cansaço permitiu- como você está?
-Eu estou bem- Lexa respondeu, sorrindo pela câmera do Skype.
-Sinto muito por estar longe no nosso quarto mês de namoro- a loira lamento, sem saber quais palavras devia usar, já que era a quarta vez que precisava dar um discursos desse- eu to tentando conseguir uns cinco dias de visita, mas não sei se vou conseguir pois tem muitos feridos chegando- a loira falou- por favor não fica chateada- a médica falou ao ver a tristeza na feição de sua namorada.
-Eu só sinto sua falta- a morena forçou um sorriso- não estou chateada.
-Como foi seu dia?- Clarke perguntou, tentando puxar assunto e fazendo esforço para não dormir.
Depois de algumas horas de conversa entre as loiras, elas resolveram desligar, sem ressentimentos, apenas sentiam falta uma da outra. A morena deixou seu escudo cair e pois se a chorar assim que a ligação acabou, já a loira chateada com a situação, resolveu checar seus pacientes.
Clarke
-Major Hunt- chamei assim que terminei a pequena ronda- me dê um, por favor,- falei me referindo aos cigarros que o homem tinha.- um cigarro- revirei os olhos.
-Você não - ele começou.
-Eu não fumo- contestei , e ele fez uma cara espantada- não sempre, hoje é meu quarto aniversário de namoro e minha namorada está do outro lado do mundo.
-Sua namorada gostaria de te ver fumando porque sente falta dela?- ele falou me entregando uma caixinha de cigarro- o isqueiro ta aí dentro- ele falou, me virei e sai andando- Griffin- Owen me chamou quando eu estava saindo da tenda- ouvi dizer que você não trouxe uma arma pois não queria matar ninguém, mas só quero te lembrar que vai estar se matando por dentro quando ascender esse cigarro, o primeiro nunca é o último- ele falou em tom de arrependimento- pense sabiamente.
-Sim senhor- respondi prontamente.
-Cuidado lá fora- assenti e sai da barraca.
Caminhei um pouco, cerca de 800 metros de hospital, queria ficar sozinha, e finalmente me sentei na areia e deixei o vento frio cortar minha cara, retirei um cigarro da caixa e deixei-o em meus dedos, o cansaço domina meu corpo, mas mesmo assim me mantenho alerta. Olho para estrelas, procuro a mais brilhante de todas, Lexa adoraria esse céu, da mesma forma que odiaria me ver morrendo de dentro para fora, com minha morena em minha mente, dou uma última olhada para o céu e resolvo voltar para dentro, apoio a mão no chão, pronta para pegar impulso e me levantar, mas sou impedida pelo gelado cano de arma encostando em meu pescoço.
-Se mova e está morta- Pelo sotaque percebi que era um dos inimigos, paralisei no momento não sabia o que fazer, Lexa me veio a cabeça, a sua doce voz falando que me amava, eu estava pronta para correr, mas desisti da ideia , não podia quebrar minha promessa, eu vou voltar por Lexa.- Levanta vadia- a voz masculina ecoou em meu ouvido, prontamente me levantei, que estupida ideia de sair sozinha no meio da madrugada.
-Ela é gostosa- outra voz masculina surgiu.
-Então princesa- ele falou me puxando pelo braço- eu e me amigo aqui- continuou e me virou, agora eu encarava-os nos olhos- precisamos de um favor, sabe, no nosso pelotão só tem homem e não gostamos muito de dar o cú.
-Você não tem escolha gatinha, só relaxa e aproveita.- o outro homem falou e me puxou, me dando um beijo grosseiro- fiquei paralisada não conseguia me mexer, o ar estava escasso no meu pulmão.
-Você vai começar com a vadia?- o outro falou me puxando- eu a encontrei- ele falou me beijando meu pescoço, várias lágrimas escorriam de meus olhos, eu estava tão perdida.
-A gente pode dividir- o outro disse colocando a mão em minha bunda, eu me sentia um objeto, humilhada e esculachada, morrer seria melhor.
-Por favor, em deixem ir- implorei por misericórdia.
-Faz direitinho e não te matamos- ele falou pegando minha mão e colando em seu órgão sexual, puxei minha mão, o homem bateu em minha cara- você quer morrer puta? Anda logo.
-Vou botar ela de quatro- o outro falou e chutou minhas pernas, o que me fez cair de quatro, merda Clarke, merda Clarke. Você tem que sair daqui agora, pensa, era tarde demais, senti um o órgão de um dos homens roçando em minha boca e a mão do outro no cinto da minha calça.
-Desculpa Lexa- sussurrei para mim mesma. Mordi o pênis do homem o mais forte que pude e assim que ele caiu corri o mais rápido que pude em direção do hospital, clamava por ajuda, gritava o mais alto que podia.
-Atira nessa puta- escutei um dos homens gritarem.
-CLARKE- escutei O gritar e sair da tenda, junto de Owen e alguns soldados, ela estava assustada, continuei correndo, mas tudo parecia estar cada vez mais longe, minha visão ficou turva, o ar fazia falta, pela falda de oxigênio cai no chão, senti meu peito arder, como e estivesse em chamas.
-Soldados- Major Anya gritou- atrás dos homens.
-Drs- Major Owen gritou- vamos leva-la para dentro.
Finalmente entendi o motivo de tamanha dor, Octavia gritando, eu ter caído, eu fui atingida. O foi a primeira a chegar.
-Diz a Lexa- eu falei com dificuldade, engasgando com meu próprio sangue- que eu a amo.
-Clarke, você não vai morrer- ela falou, segurando meu rosto.
-Foi no peito- um outro médico falou , minha visão foi ficando cada vez mais turva, eu não consigo respirar- falta de ar, sangue na boca, foi no pulmão- o outro médico concluiu rápido, ele é inteligente.
Eu sou uma causa perdida, não tem como curar um tiro no pulmão com os poucos matérias que temos aqui.
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Tudo bem, podem me xingar rsrs.... amanhã tem mais!!!
Não deixem de comentar/favoritar, obrigada pelo carinho de sempre
Xx//littleg
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apenas (sobre)vivendo
RomanceAcredito que a vida deveria ser mais do que apenas sobreviver, que se encontramos uma razão para sorrir, não deveríamos chorar. Acho que existe um propósito. Não acho que fomos enviados por Deus para seguirmos uma rotina. Não se, realmente...