NarradorDesde aquela noite, em que ambas não apenas aceitaram seus sentimentos, mas também os compartilharam, reforçando a ideia de prosseguir para um relacionamento sério, Clarke e Lexa estavam mais próximas do que nunca, almoçavam sempre juntas, e muitas vezes, após as nove da noite, elas saiam para jantar ou apenas se encontravam para jogar conversa fora. Algumas vezes Clarke passava a noite no apartamento de Lexa, outras vezes a morena dormia no terreno da loira. Lexa já havia jantado no apartamento de Clarke e Octavia, mas não passava a noite lá por causa da outra morena. Era o último dia de Lexa no hospital, depois ela retornaria para sua base, onde criaria a planta dos novos modelos de hospital, que provavelmente seriam a casa de sua quase namorada por algum tempo.
O dia seguiu normalmente, almoçaram juntas, como sempre faziam, davam um selinho antes de voltar a trabalhar, agiam como um casal, mas não se denominam um, em poucos meses haviam formado uma grande amizade, que claramente continha sentimentos além de uma simples grande amizade. Um sentimento diferente do que Clarke tinha por Octavia ou Lexa por Addison. Como era o último dia de Lexa aqui, Miranda e os atendentes estavam em reunião junto do Major Hunt, da comandante e dos "pintinhos".
Alexia
A reunião já durava cerca de duas horas e estávamos apenas na metade, eu e meu time apresentávamos nossas anotações e o que julgávamos realmente essencial, baseado no balanço.
-É simples, é matemática, vocês não usaram tanto isso nesses dias- Major Hunt discutia com Callie por conta de algum instrumento, meu olhar cruzou com o de Clarke e segurei um sorrisinho.
-É ciência, Major. Eu sou a médica, me de os prontuários- assenti com a cabeça e o Major entregou os prontuários.
Callie se calou, em quanto checava os prontuários dos últimos três dias, precisamente dos últimos 15 pacientes do trauma, por isso seguimos com a reunião.
-Cinco dos quinze pacientes teriam morrido, um terço deles, se não estivéssemos com o- Callie nos interrompeu uns quinze minutos depois.
-Por isso o instrumento não está na lista, um terço é muito pouco, tem outros instrumentos que são mais uteis-Major contestou.
- São vidas, não se despreza uma vida assim- A médica disse desesperada.
-Isso é guerra, pessoas morr- Major começou.
-Major Hunt- falei e ele se calou, bufei pela situação e desviei meu olhar para a chefe deles- Miranda?
-Sinto muito, Callie- ela falou abaixando a cabeça.
O assunto prosseguiu, mesmo com o clima pesado e após mais duas horas, finalmente terminamos.
-Dra. Oliver- chamei Clarke que já estava no corredor, ela estava puta pelo o que aconteceu- queira me acompanhar.
Comecei a andar e percebi que ela me seguia, quando estávamos finalmente "sozinhas" estiquei minha mão e ela a segurou, segui até a encosta no hospital, onde demos começo a tudo isso. Exatamente no mesmo local, ajudei-a a se sentar na encosta.
-Clarke, estamos exatamente onde tudo começou e faltam palavra para expressar o quão feliz estou por te ter em minha vida, e eu quero passar todos os dias da minha ao seu lado, você quer ser minha namorada?
-Eu quero, claro que eu quero- ela falou e eu sorri, ela me encarava meio assustada, e depois de uns dois segundos fechou os olhos e recostou a cabeça na parede- merda, eu não posso.
Clarke
"-Clarke, estamos exatamente onde tudo começou e faltam palavra para expressar o quão feliz estou por te ter em minha vida, e eu quero passar todos os dias da minha ao seu lado, você quer ser minha namorada?"
VOCÊ ESTÁ LENDO
apenas (sobre)vivendo
عاطفيةAcredito que a vida deveria ser mais do que apenas sobreviver, que se encontramos uma razão para sorrir, não deveríamos chorar. Acho que existe um propósito. Não acho que fomos enviados por Deus para seguirmos uma rotina. Não se, realmente...