Clarke
Puta merda. A mulher que estava cortando as uvas caiu da escada. Lexa agarrou minha mão. Não vai ter beijo. Rasteira do universo.
-Lexa, eu preciso ajudar, liga para o 911- falei me soltando- e não olha- falei assim que percebi que o grande facão usado para cortar os galhos havia penetrado em sua garganta.
A verdade é que eu não podia fazer muita coisa, se eu retirasse o facão, a mulher morria em segundos, se eu tentasse tira-la dali ela poderia sangrar a te a morte.
-Eu preciso de ajuda- eu gritei- AGORA
Estavam todos na casa provando o vinho, ninguém viria.
-Lexa, vem aqui - pedi pressionando contra o sangramento.
-Clarke, eu não consigo ver sangue- a morena falou desesperada.
-Olha para mim bebe- eu falei com a maior calma possível- olha nos meu olhos.- e então a morena se virou- não olhe para mais nada, você ligou para o 911?- ela assentiu com a cabeça, a mulher não aguentaria esperar- corra até a casa, peça por gases, o kit de primeiro socorro e ajuda, eu preciso de mais gente aqui.- Lexa saiu correndo na direção da casa.
Eu consigo, se eu levar ela para o hospital. Lexa voltou correndo com algumas pessoas em sua volta, ela segurava uma grande maleta.
-Precisamos leva-la para enfermaria- o guia chegou gritando.
-NINGUÉM encosta nela- gritei de volta- se mexermos nela e a faca se movimentar ela sangra ate a morte. Quem tem mão firme?- um homem forte se aproximou- Ótimo, segura o facão, sem deixar ele se mover e mais importante, não puxe. Eu preciso de gases e de outro par de mãos. Você- chamei uma mulher, enfiei várias gases ao entorno do facão- mantenha pressão aqui. Tem um ambu? – o guia assentiu- venha aqui, conta até três e aperta, não pare de apertar. Preciso de um celular com flash- as pupilas não estão fixas, seu cérebro está vivo- Tesouras- pedi cortei a blusa que a mulher vestia- merda. Pulso fraco. Inconsciente.- tirem as luvas e os sapatos dela, rápido- ambos frios e roxos- Lexa, pega meu celular.
-Pronto.
-Liga para Octavia.
-Alô. Clarke está tudo bem?- a voz surgiu do outro lado da linha.
-Dra. Blake- quando precisamos tratar assuntos profissionais nos referimos a outa como Dra., foi uma forma que arranjamos para separar as coisa- Houve um acidente, acho que a paciente tem um tamponamento cardíaco, ela está deitada na terra. Eu não posso fazer isso aqui.
-Dra. Oliver, você precisa fazer isso. Eu vou te ajudar. Pegue a maior agulha que encontrar.
-Me de a maior agulha que tiver nesse kit e esterilizante. - gritei, merda. Isso é muito arriscado- pronto O.
-Clarke, você sabe o que fazer, não tenha medo. Quando o liquido começar a sair, pare, para não perfurar o coração.
A ultima vez que drenei um tamponamento fora na residência. E agora eu não tenho nada, só minhas mãos e um bando de gente assustada.
-Ela esta inconsciente, por isso não sentira nada- suspirei- quando eu terminar o procedimento existe uma chance real dela acordar. Com muita dor. Alguém precisa segurar a cabeça dela porque ela não pode se mexer.- todas as pessoas já estão fazendo alguma coisa, um deles está na porta da fazenda esperando a ambulância, só temos Lexa, levantei meu olhar para ela- você consegue Lexa, feche o olho e pensa em alguma coisa boa, em um momento bom.- a mesma se movimentou, segurando a cabeça da mulher.- Eu vou começar, qual o nome dela?
-Rose- o guia respondeu.
-Clarke?- era Octavia no celular.
-Dra. Blake, eu estou começando, por favor, faça silencio.
O liquido começou a sair pela agulha,então parei de empurra-la. Eu realmente estou torcendo para que Rose não acorde, a dor que ela vai sentir, vai desmaiar rápido, mas serão os piores segundos de sua vida.
-Rose, eu sei que esta doendo. Mas você precisa ficar comigo, vai dar tudo certo. Não tente falar, pique uma vez para sim e duas para não- eu repetia em quanto realizava o procedimento.
Rose recuperou a consciência, tentou gritar em vão e depois de alguns minutos desmaiou.
-E agora?- o guia perguntou.
-Esperamos a ambulância chegar, me deixa ficar no ambu um pouco, descanse.
Já passaram 40 minutos desde o acidente aconteceu, a ambulância está chegando. Lexa está sentada afastada, encarando o chão. Estavam todos em silêncio.
-Cla..ke- Lexa começou a me chamar, em um ato desesperado. Ofegante. Dei o ambu para o guia de novo e me sentei ao seu lado. Ela estava tremula, fraca e com falta de ar. Lexa é sofre de hematofobia.
-Lexa respira, calma. – eu a abracei, ela estava em uma crise de pânico- shiuuu, fica calma. Ela deitou em meu colo e eu mexi em seu cabelo e ficamos assim, até ouvir a sirene da ambulância.
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Desculpa por deixar vcs na expectativa assim... sourry
Vou liberar mais 2 ou 3 caps hj p vcs ficarem junto cmg... onde já tem mais clexa
Obg pelo carinho
xx//littleg
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apenas (sobre)vivendo
RomanceAcredito que a vida deveria ser mais do que apenas sobreviver, que se encontramos uma razão para sorrir, não deveríamos chorar. Acho que existe um propósito. Não acho que fomos enviados por Deus para seguirmos uma rotina. Não se, realmente...