Clarke
Eu acho que já estava de noite, peguei meu celular, mas o brilho fez meus olhos arderem então desisti de descobrir as horas, acho que perdi meu voo. Parece que eu passei o dia no bar enchendo a cara, coitado do meu fígado, passei anos estudando como se salva uma vida e como bebida mata e cá estou eu, enchendo a porra da minha cara, sem salvar ninguém, o que você acha disso Deus? Acho que você não vai me responder né, afinal o grandioso nunca responde. Foda-se, eu vou para casa, não acho que tão mal a ponto de não dirigir. Levantei-me e senti tudo ao meu redor girar, caralho, eu vou cair, acho que exagerei na bebida. Eu ia cair, eu estava caindo, até que alguém me segurou, um toque conhecido, capaz de arrepiar até minha espinha, uma corrente elétrica percorreu meu corpo, uma conexão surreal.
-Vamos para casa, Clarke- era uma voz aliviada, ao mesmo tempo serena e doce. Finalmente me virei para reconhecer a moça, um par de olhos verdes me encaravam, preocupados, involuntariamente me aconcheguei em seus braços que ainda me envolviam.
-Eu fiz uma coisa muito ruim, Alexia- sussurrei em seu ouvido- você deveria se afastar, eu mat-
-Não se preocupe com isso agora- a morena sussurrou de volta, me interrompendo- você não precisa passar por isso sozinha.- Verde no azul, Lexa limpou minhas lágrimas e me escorou em seu ombro, e então começamos a caminha, finalmente eu me sentia em paz.
-Chave- ela pediu em quanto nos aproximávamos do carro.
-Eu posso dirigir, se você quiser- falei querendo parecer prestativa.- ela soltou uma gargalhada e apenas estendeu a mão para que eu entregasse a chave.
Encarei aqueles olhos verdes, ela encarou de volta, meu olhar desceu até seus lábios, puxei ela para mim, encostando-a na porta do carro, minha mão percorria suas costas até que finalmente, selei um beijo desesperado de minha parte, como que procurava um porto seguro, ela cedeu passagem para minha língua, minha boca era dela, ela inverteu as posições agora eu que estava encostada na porta, meu corpo era dela ela puxou minha perna, sentia cada toque em minha coxa, minha alma era dela, desci uma de minhas mãos até sua bunda, eu só queria ela. Testas coladas, ela tinha separado o beijo, delicadamente, sua mão ainda envolvia minha cintura, nossas testas estavam coladas.
-Tequila- ela falou, se referindo ao gosto da minha boca, me fazendo abrir um sorriso- você está bêbada loirinha- bufei em reprovação.
-Eu não quero ir para casa, eu quero você, eu me sinto em casa com você, você é a minha paz- reclamei em quanto chorava desesperadamente, igual uma criança quando perde o doce- eu sentia sua respiração, nossas testas ainda estavam coladas, ela encarava meus lábios.
-Ei, calma- ela disse em quanto levantava o olhar, azul no verde- eu te levo para minha casa- ela falou limpando minhas lágrimas, eu encarava seus lábios- fica calma meu- voltei meu olhar para seus olhos rapidamente- minha loira- ela se corrigiu sem graça, lhe dei um selinho rápido, senti meu rosto corar.
Ela abriu a porta carro e me ajudou a entrar, provavelmente isso tudo será um mistério para mim amanhã, mas eu realmente não quero esquecer, ela sentou no banco do motorista, coloquei minha mão em sua coxa, ela me olhou, e colocou a mão dela sob a minha coxa também. Ela deu a partida e saímos, era um silêncio reconfortante, senti minhas pálpebras pesarem, olhei para Lexa, que me olhou sorrindo e dormi com essa imagem em minha cabeça, finalmente estava em paz.
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Finalmente um pouco de clexa nessa fic agua cm açúcar né galera?! Rsrs
Agora fui de vdd
Xx//littleg
y Liw
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apenas (sobre)vivendo
DragosteAcredito que a vida deveria ser mais do que apenas sobreviver, que se encontramos uma razão para sorrir, não deveríamos chorar. Acho que existe um propósito. Não acho que fomos enviados por Deus para seguirmos uma rotina. Não se, realmente...