CAP- 13 - where's god right now?

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Narrador

O que aconteceu? Quando aconteceu? Como? São as perguntas mais comuns quando algo incomum acontece? Mas será que as pessoas realmente se importam? Ou será que querem apenas selar sua curiosidade? Um dia em que ninguém morre é um bom dia, mas o que acontece no dia em que alguém morre?

Clarke

Acordei com meu celular tocando, eram 2:10 a.m, peguei meu celular, Dra. McKnell, porque ela estava me ligando? Automaticamente peguei chequei meu paiger, o que? Eu fui bipada 35 vezes, como diabos eu não acordei?

-Alô- minha voz saiu tremula.

-Clarke, precisamos de você aqui, agora. - era Miranda, a chefe de cirurgiã.

Desliguei o celular, peguei uma roupa qualquer e saí correndo, literalmente correndo para o hospital, não se bipa alguém de madrugada se não for uma emergência, não se liga para o celular pessoal de alguém quando não tem ninguém morrendo.

-O que temos chefe?- perguntei em quanto entrava no hospital, prendendo meu cabelo.

-Menino, 5 anos, espancado pelo pai, traumatismo craniano, várias lesões no corpo, Callie está procurando por danos internos, ele precisa de um exame neurológico imediatamente.

Não tinha tempo para mudar de roupa. Bom dia. Bipei um residente qualquer e pedi um café, um café grande, eu precisava acordar. Encontrei o paciente, Callie lutava para salvar a vida dele, comecei com um exame neurológico normal, o menino não estava bem, não sei se era tarde demais. Era um traumatismo fechado, de grau III. Eu precisava de uma tomografia imediatamente. Receio, medo, medo de ser tarde mais. Sangue, havia sangue saindo de seu nariz, boca e ouvido. Merda, que tipo de pai faz isso com uma criança? Era tarde de mais? E seu tivesse acordado antes?

-Callie, eu preciso leva-lo para cirurgia agora, se ainda me resta tempo não podemos desperdiça-lo.

Uma vez que o cérebro morre, não tem mais volta. Bipei um interno, mandando-o levar um uniforme do hospital e meu sapato para a sala 3 imediatamente. Enfermeiros corriam empurrando a maca que o menino estava, eu e Callie corríamos atrás deles. Passamos em frente do quarto de uma morena de olhos verdes, não havia tempo para sentimentos, por mais que olhar tivesse cruzado o dela, mesmo que por uma fração de segundos, percebi espanto em seu olhar. Cheguei na sala cirúrgica, em toda sala cirúrgica tem um pequeno espaço, separado por uma porta automática, que serve para que os atendentes se lavem antes de entrar na cirurgia, e foi ali que eu mudei de roupa, o mais rápido que pude, me lavei por 3 minutos e 46 segundos, o que me deixava um segundo atrasada.

-Lamina 10- pedi apressada e um pouco receosa do que eu iria ver.

-Preciso reparar uma lesão interna em quanto você resolve aí. -era Callie- Lâm...

-Não você não precisa- eu falei em tom de culpa- não tem nada que eu possa fazer, é tarde demais... Hora da morte, 2:59.

-Não Clarke, eu só preciso consertar-r...- a outra médica gaguejou.

-Callie, é morte cerebral, seu coração pode estar batendo, mas ele se foi.

10 minutos, seu tivesse chegado 10 minutos antes a hemorragia não teria avançado tanto. Ele estaria vivo. Sai da sala de cirurgia, segui até o pai do garoto, que estava sentado de cabeça baixa, aparentemente bêbado, que se levantou quando percebeu que eu estava chegando.

-A mãe dele morreu no parto, hoje faz cinco anos, eu não consigo parar de culpa-lo, ele vai ficar bem?- O homem parecia bem arrependido, o que só aumentava minha raiva.

-Ele está bem ao lado da mãe dele- "quando se conta para a família do seu paciente que seu ente querido faleceu é importante usar a palavra morte, para não deixar duvidas", me lembrei disso- você o matou, filho da puta, boa sorte na cadeia.- falei, me virando e indo embora do hospital. Minha touca cirúrgica continuava em minha cabeça, as luvas ensanguentadas continuavam em minhas mãos e o avental sujo de sangue ainda cobria meu corpo.

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Como prometido, aqui está o outro cap!! Acho que deu merda ai hein... vejo vcs amanha

Xx2mylittler's// littleg

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apenas (sobre)vivendoOnde histórias criam vida. Descubra agora