A garota só foi perceber o quanto realmente estava assustada, quando fechou a porta bruscamente atrás de si, boquiaberta, olhando para o nada, com Logan à sua frente, olhando para a porta com os olhos arregalados
Ok, aquilo era perda de tempo. Fugir de um fantasma? Meio impossível.
- ... O que ta acontecendo? - Logan sussurrou, com a cara de assustado. Sam ergueu os olhos para ele vagamente.
- O que ta acontecendo? Você pergunta isso, depois de ser praticamente atacado por um fantasma? - Foi perguntando. O rapaz negou com a cabeça.
- Não é o primeiro. Talvez nem o último, ultimamente isso está sendo... Toda a hora, toda a noite - Contou, se afastando da porta - De uns dias pra cá, todo o lugar, todo o caminho, inclusive na escola, isso me persegue! - Chiou, se virando.**
Rachel gritou de novo naquela rua escura, onde viu sua irmã morta. Tinha fantasmas ali. Tinha vozes ali, pareciam a perseguir, pareciam ir atrás dela. Eram medonhos, seus estados decadentes e podres. Ela não queria mais ver aquilo, não queria mais se assustar assim, e não entendia porque iam atrás dela. Repetiam:
"Call for her!"
"Save her!"
"Stop the game, save her!"
Eles assustavam. Suas vozes assustavam, e pareciam estar onde a garota estava.
**
Lolla havia chegado em casa, com os bombeiros já em frente à mesma.
O estrago não era visível, do lado interno da casa, mas quem entrasse diria que a pessoa que estava no quarto, não tinha sobrevivido.
Ninguém via Lee, frustrado e irritado, no jardim da casa, com seu machado cravado na terra de forma fantasmagórica.
**
Pianista não tinha nenhuma influência em cima daquele maldito sótão. Ele precisava sair, urgentemente, precisava avisar, precisava impedir, ninguém além dele conseguiria fazer isso.
Ele já estava morto. Mas não era por isso, que não sentia dor.
Viu sua família ser destruída em um passo de mágica, o plano começar e dar continuidade, e ele preso ali, sem poder fazer nada.
A vida nunca tinha sido tão injusta.
Nem ao menos teve a chance de chamar sua irmã... De irmã.
Ele não sabia de nada. Só queria brincar, só queria ser uma criança normal. Mas acabou morto.
Fora transformado em pedra antes mesmo de conhecer algo bom.
Todos ali pareciam agitados em plena madrugada. Mas Agatha apenas observava o que já sabia que aconteceria, desde o começo da história.
Desde que Emily foi acertada com um machado. Uou, tudo parecia fazer sentido! Mas depois que ela perdeu a irmã, e a caçula, ela permaneceu sozinha, e não havia ninguém que apagasse aquilo, além do medo e do terror. Pelo menos com eles, ela não se sentia sozinha. Mesmo que estivesse com algo não muito bom do seu lado.
Ah, isso que vivemos... É mesmo uma ironia. Fazemos e repetimos, insistimos e continuamos persistindo, para no fim, voltar ao começo.
Sabemos que tudo isso é uma ilusão. Mas ao mesmo tempo, não queremos acreditar que algo tão bom, seja mentira.
Mesmo assim, no final, acabamos todos do mesmo jeito. Cobertor pela tampa de um caixão, sendo o único consolo, lágrimas de tristeza e compaixão.
Ho, que bonito... Mas ela não precisava disso. A vida era tão podre, que iria com a morte em um piscar de olhos. Mas não a procuraria mais cedo. Não se rebaixaria a tanto, a ponto de ser comparada com adolescentes que se julgam sofrer.
Dor. Nome dado a tantas coisas, que pode se referir a tantas outras. O que fazer quando se se sente dor? Sentar no canto e se cortar? Não vai adiantar muita coisa a não ser, aumentar o que tanto lhe faz mal.
Não seria tão simples se as pessoas só parassem de pensar por um segundo?
Não seria melhor... Se todos fossem malucos juntos, estivessem no mesmo lugar, esquecendo o que tanto lhe faz chorar?
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A garota de cabelos negros parou de desenhar com giz no chão da sala, suspirando.
Ergueu os olhos brevemente para a poça de água da chuva que se acumulou, à sua frente, vendo a garota magrela e branca com cera refletida na mesma, de novo.
Se estava cansada do seu rosto de morta?
Não. Mesmo que ele fosse permanecer assim depois de morrer.
Ela nunca tinha rezado antes. Mas será que se rezasse para Sam... Chamaria coisas boas ou ruins? Porque ali no meio... Nada parecia ter salvação.
Foi acreditando em uma salvação... Que ela tinha pensado que poderia sorrir de verdade um dia.
Suspirou, se levantando e indo para a janela, espiando a imagem do cemitério sombrio e áspero que a noite fazia transparecer, refletindo a luz gélida da lua que batia contra as pedras ocas das covas.
Ultimamente, um cemitério era o melhor cenário que Agatha conseguia para se sentir segura. Porque para falar a verdade? Ironicamente, nem aquela igreja da pracinha, estava a salvo de planos malignos.
Talvez aquele lugar nunca tenha sido abençoado.
Deu um leve sorriso irônico. Nada é como queremos, afinal, não é? Se fosse, ela veria sua irmã mais velha, mesmo morta. Se fosse, ela teria a companhia de Emily, e ela estaria feliz.
Se fosse, Samantha estaria com seu irmão, com seus pais, e sua vida seria mais longa.
Se fosse, Pianista seria um talentoso pianista de vinte e dois anos. Mas a vida riu quando ele foi adotado. E logo depois, morto.
A pergunta seria...
Como ele foi morto?
Quem o adotou?
Por que os pais de Samantha morreram?
Essas perguntas foram bem pensadas ao serem desenhadas na parede onde Taylor habita.
Paredes...
Geniais para emparedar alguém.
**
Olá, trevosos, fantasmas e tals
Olha quem voltou \0/ sua BigGirlGhost!
Eu adoro os apelidos que vocês me dão, sério.
Pra quem pergunta sem parar, o link do meu facebook está na minha biografia do meu perfil, e sim, pode mandar solicitação que eu aceito.
ENTÃO, valeu por tudo, dá uma star, comenta, compartilha, METE UM AMEI, FAZ QUE SEIS QUISEREM AI<3 amo vocês :3
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Tem alguém aí? - Volume 2
Horror[Olá! Primeiramente, se você não leu o livro um, aconselho a le-lo, para melhor entender a sequência. A primeira história se encontra no meu perfil.] Havia monstros em todos os lugares. Nada estava seguro. Samantha já não sabia muito bem onde aquilo...