Capítulo 14

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Música sugerida para leitura: Lily Allen - Somewhere Only We Know

Quando pousamos na Cachoeira da Pedra fui inundada pelo sentimento de calma e conforto por estar em casa. Lembrei de Davi e Karen que já estavam noivos embora ela ainda continuasse a mesma esnobe do ensino médio. Lembrei da minha avó e de como tudo com ela era divertido e simples. Lembrei de quando era uma humana normal cujo maior sonho era trabalhar na biblioteca da cidade.

– Não consegui pensar em outro lugar além desse. A Cachoeira da Pedra sempre foi extremamente importante no nosso passado e eu desejo que ela continue sendo um lugar importante no nosso futuro.

– Amei a ideia. Não venho aqui há meses.

– Então por que esse olhar triste? Você prefere remarcar nosso encontro? Não se sente bem? – o olhar de Sebastian era preocupado e eu me senti péssima por estar estragando o encontro.

– Estou bem... recebi uma notícia complicada hoje.

– Posso ajudar?

– Claro, você sempre me ajuda. É um professor incrível e me ajuda a centralizar meus poderes.

– Posso te ajudar em outras coisas, te dar carinho, cuidar de você. Me deixa fazer isso?

Eu poderia fazer charme e falar durante três horas sobre as dúvidas que ainda inundavam minha cabeça, mas apenas me joguei nos braços de Sebastian e beijei sua boca com uma urgência avassaladora. Nossos corpos se encaixavam de uma maneira automática e pude sentir seus braços me acolhendo e sua boca me fazendo querê-lo ainda mais.

Eu o amava e eu desejava ser dele, desejava ter sido dele durante todos os meses de solidão, desejava nunca ter deixado de ser dele. Podia sentir seu corpo tão radiante quanto o meu e quando nos soltamos um pouco vi a felicidade mais genuína transbordando do seu olhar.

– Eu nunca mais quero te perder, entendeu? Eu te quero pra ser minha, sempre, minha esposa, minha companheira, minha amiga.

Nesse momento Sebastian segurou minha cintura com uma das mãos e com a outra tirou uma caixinha preta de veludo do bolso da calça e me entregou. Olhei pra ele demonstrado a surpresa e o choque. Ele iria me pedir em casamento?! Como assim?!

– Acho que é meio cedo Sebastian, é o primeiro encontro e...

– E você me ama tanto quanto é possível. Eu sou louco por você e juro que dessa vez vamos conseguir fazer as coisas darem certo. Confie em mim, meu anjo, acredite que posso te fazer a mulher mais feliz do mundo.

– Eu também te amo e também quero te fazer feliz.

A lua nos iluminava fazia o cenário ser ainda mais romântico. Sebastian gentilmente colocou o delicado e simples anel na minha mão e eu senti que aquilo significava muito. Nenhuma cerimônia me traria aquela certeza: a certeza de que seríamos um do outro pela eternidade. Ali, na minha cachoeira de infância, banhados pela luz da lua, nos entregamos de corpo e alma ao sentimento mais puro e sincero do mundo. Nos entregamos um ao outro, completos, inteiros e não metade. Aquela noite éramos só nós dois e o resto do mundo parecia apenas um fundo sem vida diante da imensidão do amor que batia no nosso peito. Era o amor infinito e puro que um dia seria usado como exemplo de um sentimento verdadeiro. Ali, só Sebastian, a lua e eu. Ali, entregues ao amor e ao desejo de um futuro repleto de felicidade, entrega, desejo e amor, muito amor.

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1 ano depois

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