Capítulo 54 por Zeus

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Música sugerida para leitura: The Civil Wars - Poison & Wine

Acordar recebendo um boquete é, de longe, o melhor bom dia que um homem pode receber. Olhei pra baixo e me recordei de fragmentos da noite passada. Três ninfas ainda estavam na minha cama visivelmente esgotadas pela noite anterior. Uma delas já me chupava com uma empolgação surpreendente. Eu sentia uma falta do caralho de Baco. Quando ele estava solteiro eu, pelo menos, tinha com quem dividir o esforço para saciar as dezenas de ninfas, deusas e qualquer ser mitológico do sexo feminino interessado em conhecer a magia sexual. Depois que começou a se envolver com Lara o meu velho amigo estava mais manso que um cachorro domesticado. Cômico. Voltei a minha atenção ao boquete maravilhoso que estava recebendo e, alguns minutos depois, estava mais relaxado.

– Você é incrível, querida.

A ninfa de cabelo verde e olhos azuis me encarou com um sorriso satisfeito. Em seguida saiu da cama falando algo sobre preparar o meu café da manhã. Ninfas eram extremamente adoráveis e sentiam prazer em confortar as pessoas. Felizmente elas eram muito criativas. Eu estava nesse carrossel de sexo, bebidas e mais sexo desde o nascimento dos meus netos. Me dedicava a ficar com a minha família durante boa parte do dia mas o período da noite era usado para meus prazeres mais primitivos. Tinha até mesmo me aventurado pelo mundo mortal para conhecer algumas mulheres. Uma delas definitivamente tinha chamado minha atenção. Seu nome era Paola, ela tinha trinta e cinco anos (extremamente jovem comparado aos meus milênios de existência) e tinha se separado do marido após ter sido traída. Ela era alta, tinha um cabelo curto adorável e uma boca perigosamente sexy. Dentre todas as mulheres do mundo mortal ela tinha sido a única a chamar minha atenção por um motivo simples: cagou para minha presença. Eu tinha encontrado Paola em um bar numa noite de terça-feira. Ela tinha virado algumas doses de tequila sozinha e isso chamou minha atenção. Decidi me aproximar e ela, adoravelmente, me mandou deixá-la em paz pois tinha acabado de descobrir a traição do marido e estava bem puta. Depois disso criamos uma rotina simples. Nos encontrávamos duas vezes por semana no mesmo bar, bebíamos algumas coisas em silêncios e conversávamos sobre banalidades. Paola era uma juíza renomada e sabia que seu divórcio seria amplamente comentado nos fóruns e escritórios da cidade. Eu gostava de ouvir as histórias que ela contava sobre julgamentos absurdos. Seus olhos castanhos ganhavam uma tonalidade diferente quando ela se vangloriava por julgar crimes cruéis de uma maneira bastante rigorosa. Paola era aquele tipo de mulher que quando a gente bate o olho uma vez não consegue mais esquecer. E, mesmo com três ninfas e um boquete matutino, eu continuava com ela na minha cabeça. Por sorte nos encontraríamos naquela noite então decidi me levantar, resolver todos os meus problemas e estar pontualmente no bar no horário marcado.

Cheguei no horário combinado e fui para o canto mais afastado do balcão. A garçonete trouxe uma dose de uísque e eu fiquei ouvindo o rock ao fundo enquanto esperava Paola. Assim que ela entrou pela porta meu corpo sentiu. Seu perfume era delicioso e, naquela noite, ela estava com uma vibração diferente. Seu longo casaco estava apertado na cintura. Ela usava meias pretas e um sapato com salto alto que deixava suas panturrilhas em um ângulo delicioso. Ela não carregava a bolsa de sempre, apenas segurava o celular na mão. Paola veio na minha direção mas, para minha surpresa, não sentou no banco ao meu lado.

– Quero foder até esquecer o filho da puta do meu marido. Você pode me ajudar nisso?

Sua voz tinha um timbre rouco adorável e uma determinação extremamente sexy. Meu pau respondeu ao comando antes de mim. Por um segundo fiquei encarando aquela mulher gostosa processando o que ela tinha acabado de me falar.

– Estou sem roupa por baixo desse casaco. Só estou de meia e sapato. Vim até aqui pois a química sexual entre nós é palpável e eu realmente preciso de sexo se não vou acabar matando alguém no tribunal.

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