Desejo

98 5 6
                                    

No norte do Canadá

Louis, seu pai e a alcateia chegam a uma caverna. As paredes são lisas e úmidas, o chão coberto por neve baixa.
Louis se transforma em humano depois de seu pai.
-Qual é o problema? -Kal pergunta observando que Louis está chateado.
-Nada.
-Filho, pode se abrir comigo, sou seu pai.
-Luna, ela me prende a Nova Jersey. Eu ainda a amo. -Ele diz.
-Tem que esquecê-la, será o melhor, pelo menos até você terminar seu treinamento.
-Você tem razão, só não sei se consigo. -Louis se senta e fica olhando para a neve caindo fora da caverna.
-Eu posso ajudar. -Diz Kal planejando algo.

Na minha casa

Eu e Jason chegamos em casa.
-E a Agatha? -Ele pergunta.
-Ela vai pra casa do Matt a maioria das vezes, principalmente agora que ele enlouqueceu. -Digo.
-É, não foi fácil pra ele. -Jason se joga na cama. -E você?
-Eu o que? -Pergunto, mas sei que se refere ao Louis.
-Sabe, seu namorado, você está bem?
-...Sim. -Hesito. -Acho que talvez tenha sido o melhor pra nós dois. -Me sento ao lado de Jason.
-Você não parece bem. -Jason coloca a mão no meu ombro e olho pra ele.
-É difícil. -Digo.
-Por que ainda o ama?
Faço que sim com a cabeça.
Me parece que ele ficou chateado, então mudo de assunto.
-O que houve com você em Nova York? Você não disse ainda. -Pergunto.
-Nada, foi só uma desculpa. -Ele parece envergonhado.
-Pra que?
-Pra eu voltar pra você. -Ele me olha fixamente. -Eu sei que errei, mas estou arrependido. Eu ainda gosto de você, Luna, por isso voltei.
Penso no que dizer, mas meus instintos são mais fortes e o beijo. Ele parece surpreso no início, mas logo relaxa.
Eu o deito na cama e subo em cima dele, ele passa a mão pelas minhas costas e desce, tiro minha camisa e ele as calças, ele abre meu sutiã e eu arranho suas costas, ele me joga para o lado e sobe em cima de mim segurando meus braços e beijando meu pescoço. Eu sei que estou errada, mas o meu desejo é mais forte que eu.

No dia seguinte

Acordo e Jason está com o café da manhã nas mãos ao meu lado.
-Bom dia. -Ele diz.
-O que...
-Fiz bacon, ovos, suco de laranja...
-Não, para! Jason, me desculpa, mas eu tenho que ir.
-Essa casa é sua. -Ele diz.

-Ah, então eu vou pra escola. Não é sua culpa, é minha, eu não sei o que me deu, eu não podia ter feito isso com o Louis, eu... -Coloquei toda minha roupa. -Eu... Eu preciso de um tempo.
-Tudo bem. Eu compreendo. -Ele diz.
-Obrigada. -Digo pegando um bacon. -Umm, bom.

Na escola

O sinal toca, todos saem e eu fico pra trás arrumando minha mochila.
De repente, escuto um rosnado.
Olho em volta, mas não vejo ninguém.
-Louis?
Kal surge na porta da sala.
-Não. -Ele diz.
-O que você...
-Simples, quero você fora de campo.
Não entendo de imediato.
-Quero você longe do Louis.
-Não sei se percebeu, mas ele está muito longe agora, então com licença... -Ele segura meu braço.
-Ele ainda se importa com você, esse é o problema, terei que tirá-la da vida dele. -Kal diz e seus olhos ficam amarelos.
Eu sei o que ele quer, me matar.
Coloco minha mão em seu rosto e uso meus dons para ofuscar seus olhos e corro.
Não há ninguém nos corredores, todos estão no refeitório.
Kal vem atrás de mim.
Na curva, Kal me choca contra os armários e desmaio.

Na floresta

Louis se levanta de repente.
-O que houve? -Pergunta a loba.
-Luna está em perigo, eu sinto.

Louis chega na escola.
-Louis, o que você...? -Jason ia perguntar, mas é jogado em cima da mesa do refeitório derrubando a comida de outros.
-O que você fez com ela? -Louis grita.
Todos olham.
-Saiam da minha frente. -Diz o diretor indo até eles.
-Eu não fiz nada, ela estava na aula de espanhol.
Louis solta Jason.
-Vamos. -Os dois chegam ao corredor e vêem os armários amassados.
-Louis, são marcas de garras. -Jason aponta as listras no piso. -Foi um lobisomem.
-Como você...?
-Luna me contou. Foi um dos membros da alcateia do seu pai que a levou?
Louis sente o cheiro.
-Não, foi o meu pai. -Diz Louis. -E eu sei onde ele está.
-Sabe? Onde? -Pergunta Jason. -Como você sabe?
-Sou lobisomem, e por que você quer saber? Você não vai.
-Eu vou sim.
Louis olha para Jason com olhos amarelos e presas.
-O que? Acha que eu tenho medo? Vamos logo. -Diz Jason.

Na estrada

Kal me joga em uns arbustos.
-Agora você vai me escutar? -Ele pergunta.
-Louis foi embora, eu não tenho... -Tento dizer, mas Louis aparece junto ao Jason.
-Eu estou aqui. -Ele diz.
Kal me puxa e coloca seus dedos no meu pescoço.
-Louis, eu só quero o melhor pra você. -Diz Kal. -Ela te atrapalha nisso.
-Ela não me atrapalha em nada e se eu estou com ela é por que eu a amo. -Louis olha em meus olhos, mas não paro de pensar em como eu o trai.
-Solta ela! -Jason grita.
Olho para o Louis e pisco, ele entende e então eu brilho cegando temporariamente Kal. Ele me larga e Louis o ataca derrubando-o no chão.
-Louis, eu sou seu alfa, eu sou seu pai! -Kal grita.
-Por uma semana eu também pensei isso. -Ele diz sem olhar pra trás vindo em minha direção.

-Vai se arrepender disso. -Kal se transforma e vai embora.
-Duvido disso. -Louis olha pra mim feliz, mas me sinto culpada então me solto dele.
-Bem, o que faremos agora? -Jason pergunta.
-Vamos pra escola, deixei minhas coisas lá. -Digo.

Na floresta

Kal chega na clareira de sua alcateia.
Todos se levantam e se aproximam.
-O que está havendo? -Kal pergunta quando as primeiras garras cravam em sua barriga, depois outra e outra.
Kal cai ajoelhado.
-Por que...?
-Simples, você dá mais atenção ao seu filho do que a nós. Me diga, Kal, com quem seu filho se relaciona é mais importante que sua Alcateia? -O homem magro enfia suas garras em Kal.
-Norman?! -Sangue escorre da boca de Kal.
-Alcateia se resume em confiança, e você não nos transmite mais isso. Está na hora de um novo líder.
Kal cai desacordado.

Supernatural TeensOnde histórias criam vida. Descubra agora