Ataque das banshees (parte 1)

48 6 8
                                    

Antes

-Banshee! -Alguém chama. -Banshee!
A voz era feminina e firme.
-Abra os olhos. -Ela diz.
Então, Malena abriu seus olhos calmamente e viu um branco em meio a noite escura e sem estrelas.
-Levante-se. -A voz ordenou.
Enquanto Malena se levantava sua visão foi ganhando forma, e finalmente pôde ver quem dirigia a palavra a ela.
Uma mulher alta, pele pálida quase da cor de seus cabelos totalmente brancos, usava um colã preto com um decote bem chamativo, e seus olhos são completamente brancos apenas com uma pequenina pupila.
-Quem...? Oque...? -Malena tenta dizer.
-Não diga nada. -Ela ordena enquanto ajeita o cabelo de Malena.
-Meu Deus! O que aconteceu?! -Ela recua desesperadamente.
-Paciência! Você vai se lembrar aos poucos do que a trouxe para cá. -A mulher aponta para a cova de onde a tirou.
-Meu Deus! Eu estava... eu estava morta?! -Malena grita pondo as mãos no rosto.
-Sim, e continua morta. Todas nós estamos, Banshee. -Diz a mulher.
-Por que está me chamando assim? O que significa? -Ela pergunta desesperadamente. -Meu nome é Malena.
-Não é mais. Você é uma Banshee, nós somos Banshees. -A mulher diz e, de repente, surge várias mulheres também de cabelos brancos e vestimentas pretas. -Agora... grite!!!

Na casa de Selena

Finalmente consigo forças para me levantar. Caminho até o banheiro, tiro minhas roupas e abro o chuveiro. A água quente cai sobre meu corpo relaxando cada músculo. Saio do chuveiro e seco meus cabelos negros, coloco um moletom e penteando meu cabelo o deixando solto.
Desço as escadas e vou até a cozinha. Sally prepara o jantar.
-Você está melhor? -Ela pergunta se virando para mim.
-Não quero falar sobre isso. -Digo caminhando até a sala. -Onde meu pai está? -Pergunto.
-Ele queria um pouco de ar, deve estar lá fora. -Sally responde.
Saio de casa e o vento gélido congela meus pés e rosto. Cruzo os braços batendo o queixo. Caminho até seu lado e olho para a lua junto dele.
-Lembrei da noite que nossa casa foi pelos ares... -Ele começa. -...e que descobrimos que tinha dons especiais. A lua estava assim naquele dia.
Sei que dói, mas tenho que tocar no assunto.
-O que diremos a Agatha? -Pergunto.
Ele me olha.
-Acho que ela tem o direito de saber. -Ele diz.
-Eu não sei se ela vai estar preparada, pai. -Então todas as lágrimas que estava segurando saem de uma vez. Meu pai me cobre com seus braços e deito minha cabeça sobre seu peito em prantos.
-Nenhum de nós estava. Nenhum de nós. -Ele diz.

No dia seguinte

Meu pai me desperta.
-Oi, não vai à escola? -Ele pergunta.
-Você acha que eu estou pronta pra isso?! -Digo enfiando a cabeça em baixo do travesseiro.
-Olha, Luna, quanto mais nós lamentarmos mais isso vai durar. Eu estou indo para o trabalho, preciso ocupar a minha mente. -Ele diz saindo do quarto. -Sally também vai sair, seria bom você fazer uma gentileza a ela.

Na escola

Matt e Jennifer se juntam com Allan e Selena. Nina passa direto.
-Qual o problema dela? -Selena pergunta.
-Ela acha que estou tratando ela como filha. -Matt responde.
-E está, Matt. -Diz Jennifer.
-Que lindo! A família grande e feliz. -Selena ri.
Todos os alunos vão para suas aulas.

Na casa de Selena

Ouço algo batendo no vidro do quarto. Me levanto e vou checar o que é. É Louis lançando pedrinhas contra a janela.
-O que você está fazendo? -Pergunto.
-Preciso falar com você. -Ele diz.
Eu já havia dito que não queria falar com ninguém, mas Louis é insistente.

Desço as escadas e abro a porta.
-Oi. -Ele diz me abraçando de repente.
-Calma, está me sufocando. -Digo sem ar.
-Foi mal. -Ele diz me seguindo até a cozinha.
-O que você quer? -Pergunto preparando meu café da manhã. -Você não deveria estar na escola?
-Sim, mas precisava falar com você. Estou preocupado com você, Luna. Eu me importo com você. -Ele diz.
-Pois não se importe. Eu estou bem, obrigada pela preocupação, mas... agora você está com alguém e não quero ser o motivo disso acabar. -Digo.
-Luna, põe uma coisa na sua cabeça: eu não vou parar de me preocupar com você. Você que deveria parar de ficar criando essas barreiras. -Ele diz.
-Louis, sai daqui. -Abro a porta pra ele.
-Luna, não é porquê estou com a Laurel que vou desistir da sua amizade. E para de ficar colocando essas barreiras entre... -Ele diz e, de repente, uma onda sonora nos lança para trás e destroça todos os vidros da vizinhança.
Caio dentro de casa e ele na calçada. Me levanto e grito para ele entrar, mas Louis não me escuta graças a uma barreira de som que nos separa.
Olhamos para a origem do som e vemos uma mulher de preto e cabelo branco. Lembra-me bastante Malena, uma velha inimiga.
Louis se levanta e corre até ela.
-Não!!! -Grito, mas ele não escuta.
A mulher grita e Louis é arremessado caindo em cima de um carro afundando o teto dele.
A garota vira na minha direção, mas antes que ela possa fazer alguma coisa a cego.
Louis, então, logo se levanta e corre até ela mostrando suas garras. Os dois começam a socar e chutar. As garras de Louis rasgam o braço dela, mas ela o chuta no rosto. Louis cai tonto.
-Parada aí. -Ela diz ofegante pra mim, e quando ia gritar Louis se levantou e rasgou sua garganta. O corpo dela cai com os olhos abertos.

Na rua, próximo a escola

Matt dirige e Jennifer observa a floresta ao seu lado.
-Não acredito que ela foi embora sem nós. -Diz Matt frustrado.
-Calma, Nina sabe se cuidar. E também você tem que parar de trata-la como criança. -Diz Jennifer.
-Que? Eu não trato ela como criança. -Matt olha para Jennifer indignado.
-Olha, eu só quis dizer... que isso? -Ela pergunta olhando uma garota no meio da rua usando preto e cabelos brancos.
-Droga! -Diz Matt tentando desviar, mas o grito dela faz o carro capotar.
Matt e Jennifer giram sem parar até saírem da estrada. O carro para virado para baixo.
A garota caminha até o carro e se abaixa ao lado do motorista.
Jennifer sangra pela testa e Matt está totalmente ferido, seus ouvidos sangram e sua perna e braço estão quebrados, um vergalhão atravessou sua coxa. Ambos desacordados.
-Olá, gatinho. Lembra-se de mim? -Diz Malena rindo. -Espero que tenha bons sonhos, pois serão eternos.

Continua

Supernatural TeensOnde histórias criam vida. Descubra agora