A novata

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Prólogo

Em uma noite muito escura, durante um eclipse lunar, um homem encapuzado caminha seguindo uma trilha pela floresta.
O homem chega ao seu destino, um círculo enorme no chão com um símbolo de uma flor moldada cercada por outros homens também encapuzados, o homem completa o círculo se unindo aos outros encapuzados e diz palavras em Latim.
De repente, um ser das trevas surge do círculo quando uma flecha acerta um dos homens encapuzados, o mesmo cai. O círculo se quebra e a criatura das trevas mergulha de volta a escuridão.
-É a Legião! -Um encapuzado grita.
Da floresta surge homens com roupas brancas e com armas medievais como arco e flecha e bestas.
A maioria consegui escapar pelas sombras da floresta, alguns são pegos e executados.
-Sete escaparam, senhor. -Um guerreiro corre até o líder.
-Vamos pegá-los. -Diz o líder, ele usava uma armadura dourada, seu cabelo era loiro e tinha um pouco de barba. -Agora, destruam esse templo satânico.
Os guerreiros colocam fogo em tudo.

Longe dali

-A maldita Legião destruiu tudo! -Diz um encapuzado.
-E agora? O que faremos? -Pergunta outro.
-Nós encontraremos outro círculo e estaremos prontos para o próximo eclipse lunar. -Diz o líder.
-E onde vamos encontrar outro círculo?
-Há um círculo em Nova Jersey.

Dias atuais

Me chamo Luna, morava em Nova York, mas estou me mudando para Nova Jersey. Eu não queria isso, pois tenho um namorado em Nova York, Jason.
Eu e meus pais estamos na estrada em direção a Nova Jersey. O dia está chuvoso.
-Querida. -Minha mãe chama, mas não respondo. Não quero falar com ninguém agora. Fico apenas olhando o horizonte, observando a paisagem. Vejo uma árvore muito bonita, mas morta. Seus galhos são em perfeita sincronia.

Um tempo depois

Chegamos em Nova Jersey e fomos direto para a escola onde minha irmã estuda. Agora eu estudarei lá.
O carro estaciona em frente à escola. Meus pais sai do carro para cumprimentar minha irmã.
-Agatha! -Ele a chama.
-Pai! Mãe! -Ela corre até eles e os abraça. -Quanto tempo.
-Querida, você está tão linda. -Diz minha mãe.
-Obrigada, mãe. Luna? É você? -Agatha caminha até mim e me arranca de dentro do carro.
-Ai, devagar. -Reclamo.
-Estava morrendo de saudades. -Ela me abraça. - Fiquei fora durante um ano e você já está enorme.
-É, as pessoas crescem. -Digo sem ter o que dizer.
Ela sorri.
-Bom, Agatha, eu e sua mãe vamos até nosso novo apartamento, pois os móveis já devem ter chegado, depois de aula quero vocês lá. -Diz meu pai.
-Claro, tchau, pai. -Ela diz os abraçando.
-Luna, faça amigos, fique com sua irmã que você vai se acostumar. -Diz minha mãe para mim.
-Não quero me acostumar, quero voltar. -Digo tristonha.
-Sabe que isso não é possível. Tchau, querida. -Ela beija minha testa.
Os dois entram no carro e vão embora.
-E então, trouxe suas coisas escolares? -Agatha Pergunta.
-Sim. -Respondo.
-Ótimo! vamos, o sinal já vai tocar. -Ela diz.
Subimos a escada que leva até as portas da escola quando o sinal toca.
Todos os alunos se juntam empurrando todo mundo, alguns caem, outros riem, é capaz até de alguém ser pisotiado.
-Agatha! -Grito por ajuda.
-Luna, nós nos vemos no recreio. Tchau, tenho que achar meu namorado. -Ela solta minha mão e some na multidão.
-Agatha! Aí que beleza. -Digo frustrada.
As portas se abrem e todos vão para suas aulas. Demoro um pouco para achar minha sala, então chego no final da aula.
-Quem é você? -Pergunta a professora.
-Luna, sou uma aluna nova. -Respondo.
-Então, aluna nova, seja mais pontual. Alunos, estão dispensados.
Todos saem da sala rindo de mim. Já raivosa, caminho até meu armário e me deparo com o garoto mais bonito que já vi na vida. Ele é alto, tem pele bronzeada, cabelo liso tampando um dos olhos, musculoso, olhos verdes e tem uma boca muito seduzente. Meu humor começa a melhorar.
Estou me aproximando dele sem prestar atenção em mais nada quando um garoto de skate me atropela, eu e o garoto caímos juntos, derrubo todas as minhas coisas.
O garoto se levanta rápido, pega seu skate e foge do segurança da escola que grita :
-Nada de esportes no corredor!
Começo a catar minha coisas quando o garoto mais bonito que já vi agacha e me ajuda.
-Sinto muito por ele, o Allan é um babaca. -Ele diz com um sorriso lindo. -Vem, levanta. -Ele estende a mão.
Demoro dois segundos para captar a mensagem e levanto.
-É, homens... Quer dizer, nem todos, alguns são lindos. - Não digo coisa com coisa.
Ele me olha sem entender.
-Tá. -Ele ri pondo a mão na nuca. -Vou indo.
-Espera! -Grito. -Você tem namorada? -Pergunto.
Ele ri.
-Quer dizer, uma amiga minha pediu pra mim perguntar pra você. -Acredito já estar vermelha como o sangue.
-Olha, você até que é atraente, mas já tenho namorada. -Ele diz.
-Jura? Quem? -Digo tentando disfarçar o meu ciúme.
-Falando nela... -Ele aponta para atrás de mim.
Me viro e vejo as poderosas da escola com um cinto disfarçado de saia, botas até o joelho e o umbigo de fora.
-Matt! -A líder das líderes de torcida corre até ele e o beija.
-Não acredito. -Digo.
-Mana. -Diz Agatha. -Aparentemente, já conheceu o Matt.
-Sim, já conheci. -Me viro para ele. -Ela fala muito de você.
-Espera aí, vocês são irmãs? -Ele pergunta constrangido.
-Sim, somos. - Agatha continua sorridente.
-Ok, agora deixa eu guardar minhas coisas. -Digo indo até meu armário.
-Meu Deus, ela é sua irmã. - Matt diz ainda constrangido.
-Por que? Algum problema? -Agatha pergunta.
-Que? Oi? Nada disso, sem problemas. -Ele diz.
-Ótimo. -Agatha o bate na parede e o beija à ponto de engoli-lo.
-Ei, menos. -Matt a empurra para trás. -Você já fez os deveres?
-Ainda não. -Ela responde.
-Então nada disso. -Ele vai aindo embora.
-Para de ser tão nerd. -Ela o empurra para dentro de uma sala e...

Estou guardando minhas coisas quando uma garota fecha a porta do armário. Eu me assusto.
-Oi. Você é a novata nada pontual, certo? -Ela pergunta.
-É, parece que esse apelido pegou. -Digo.
A garota é linda, tem cabelo ruído, pele branca e olhos verdes. Todos os garotos olham pra ela.
-É, parece que está chamando bastante atenção. -Ela diz.
-Do que está falando... -Olho ao redor e não estão olhando para ela, estão olhando para mim.
-Prazer, meu nome é Selena, sou a popular da escola. -Ela estende a mão.
-Luna, a nada pontual. -Digo apertando a mão dela.
Ela ri de um jeito forçado.
-Você também tem senso de humor, legal. Malena! -Ela grita.
Me assusto novamente.
-O quê? -Uma garota baixa, de roupa bagunçada, cabelo que, com certeza, está à semanas sem ser lavado se aproxima.
-Me dê um convite da festa de amanhã.
A garota abre o caderno lotado de anotações e de Papéis soltos, deixa alguns cair.
-Aí, lerda. -Diz Selena.
-Aqui. -A garota me entrega um papel.
-O quê é...
-Isso é um convite para a festa de amanhã, todos vão. É uma festa de eclipse lunar. -Explica Selena.
-Eu não sei se vou, acabei de chegar, estou toda enrolada e...
-Luna, não deixe de ir. Pensa no caso. -Diz Selena, ela dá um sorriso e sai junto com a garota desastrada.
Olho para o convite, algo me diz que não devo ir. Mas o que pode acontecer?

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