Visão do destino

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Em um porão de uma casa em Nova Jersey, duas feiticeiras invocam o poder da luz.
-Acredita que dará certo? -Pergunta a feiticeira escarlate.
-A esperança deve existir no coração de todos, ou de quase todos. -Diz a feiticeira negra.
De repente, a água do caldeirão enlouquece.
-Está acontecendo! -Ela diz.
A água ferve e as bolhas cessam.
-Um gole e poderá ver qualquer lugar, qualquer situação, qualquer coisa. -A feiticeira pega uma concha, mergulha no caldeirão e toma da água enfeitiçada.
-E então? -Pergunta a escarlate.
-Paciência não é uma de suas virtudes. -Diz a negra e neste momento invoca, seus olhos se tornam brancos e sua coluna se contorce.
A feiticeira escarlate se assusta.
-O que está vendo? -Ela pergunta.
A feiticeira negra volta ao normal caindo de joelhos.
Sua ajudante se ajoelha ao seu lado.
-A senhora está bem?
-Não, ninguém está. O mal se erguerá novamente, mas desta vez terá ajuda de um jovem tolo, o fogo queimará como nunca antes e os únicos que poderão deter esses obstáculos são os cinco.
-Cinco?
-O lobo, a vampira, a feiticeira, o elfo e a luz. -Ela termina.

Na escola

Caminho séria pelo corredor da escola. Desde a morte do Matt, da despedida da minha irmã e do retorno do Jason tenho dificuldades de acordar e medo de dormir, pois os pesadelos voltam cada vez piores.
Selena vem até mim.
-Eai? Ansiosa para hoje a noite? -Ela pergunta.
-Para o que mesmo?
-Para a balada. Você nem se lembrava, né?. -Selena parece brava. -Olha, me desculpe, mas você tem que superar, já faz quatro meses.
-Você tem razão. -Sorrio. -Vamos beber um pouco.
-É assim que se fala. -Selena dá um tapinha no meu braço.
Sorrio até perceber que uma garota nos observa.

Na saída estou sentada em um banco arrumando meu material.
-Oi. -Louis se senta ao meu lado.
-Oi. -Tiro os fones do ouvido.
-Selena disse que você não está bem. Ainda é o mesmo motivo?
-Sim. Eu não paro de pensar que meus pais poderiam estar mortos agora se não tivessem saído de casa na noite em que Jason atacou. -Digo colocando tudo para fora. Isso estava me matando.
Louis terminou comigo já faz bastante tempo, mas ainda me importo com ele e acho que ele sente o mesmo. De qualquer forma, ainda me sinto à vontade para desabafar com ele.
-Eles sobreviverão, nós sobrevivemos. Não precisa mais se preocupar, acabou. -Louis termina, se levanta e vai embora. -Quer carona?
-Não, obrigada.
Não sei o que acontece comigo, mas ignoro todas as chances de reconciliação.

Em Delaware

Os comandantes do exército estão reunidos em volta de uma mesa redonda, todos calados e pensativos.
-E então? -Um conselheiro corta o silêncio.
-Então lutamos. -Diz um guerreiro de roupa branca e ouro, loiro e olhos negros como um abismo, forte, possui uma cicatriz cortando um dos olhos e com a expressão séria. -Olá, cavalheiros.
Todos se levantam e ficam surpresos.
-Comandante Kile?! -Diz Edgar. -O que faz aqui?
-Eu voltei para controlar a situação. -Ele diz com um sorriso maléfico.
-Pensei que estivesse na Espanha. -Diz o professor de filosofia.
-Sim, estava. Voltei porque precisam de liderança.
-Contra o que? Detemos todos os sobrenaturais através dos anos. -Disse um líder.
-Mas deixaram um grupo de adolescentes sobrenaturais vivos, isso é inaceitável.
-Eles são confiáveis. -Diz o professor.
-Não do meu ponto de vista. -Diz Kile.
-Não se preocupe, meu filho já foi enviado para vigiá-los. -Diz Edgar.
-Ótimo. Agora vocês seguem minhas ordens, então voltem ao trabalho. -Ele ordena.

-Mãe? -A feiticeira chega em casa. -Já voltou? Conseguiu algo? -A bruxa pergunta.
-Sim, a vampira e o lobo parecem preparados, mas a luz... Bem, ela foi destruída de dentro pra fora. -Explica a feiticeira.
-E o elfo?
-Ele... Ele está morto. -A feiticeira baixa a cabeça. -E agora? O que faremos?
-O traremos de volta.

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