O despertar dos mortos (parte 2)

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-Mãe?!
Sim, era ela. Ali, em pé, com as mesmas roupas de seu funeral, coberta de terra e com a pele podre e rasgada.
-Grrr. -Ela grunhe vindo em minha direção.
-Mãe... -Começo a chorar. -Para, para por favor.
Recuo, pois não posso fazer mal à ela. Ela avança batendo meu corpo contra a parede.
-Mãe, para!!! -Estou em prantos.
Os outros zumbis a empurram para cima de mim tentando me pegar. Já não tenho mais força para resistir.
De repente, as paredes atrás deles explodem derrubando a todos.
A fumaça é intensa assim como a poeira que ofusca minha visão.
-Luna! -Escuto vagamente alguém me chamar.
Ainda estou tonta e enjoada, sobre os corpos dos zumbis. Não tenho forças para levantar, eu não quero levantar!
Alguém me ergue e me carrega para fora da sala. Vejo minha mãe ainda "viva" tentando se levantar, é a última vez que a vejo.

Em outra sala

Louis corre fugindo dos zumbis. Ele derruba uma estante sobre eles, mas é cercado. Os zumbis o agarram.
Louis dá o seu último rugido.
-Parem! -Malena ordena.
Os zumbis o soltam.
-Malena?! Então é verdade. -Diz Louis recuperando fôlego. -Você que os mandou pra cá?
-Não, foi minha soberana. -Malena agacha de frente pra ele.
-Soberana? Desde quando serve a alguém?
-Chega de perguntas. Tudo que precisa saber é que minha senhora quer sua namoradinha neste endereço, amanhã. -Malena o entrega um papel.
-O que quer com Laurel? -Louis levanta.
-Laurel? Você é rápido. Não, não quero nada com ela. É com a vadia da Luna que minha senhora quer falar.
Louis tenta ataca-la, mas os zumbis o seguram.
-Acha mesmo que vou entregá-la? -Diz Louis tentando se soltar.
-Caso ela não apareça os mortos tomaram a cidade e matarão todos. -Diz a banshee. -Espero que não dê uma de espertinho ou eu irei atrás da... Laurel, né?
Louis mostra as garras.
-Faça o que ela manda ou eu farei o que fui designada para fazer: matar. -Ela diz indo embora.
Os zumbis soltam Louis e a seguem.

Na casa de Louis

Luke deita meu corpo no sofá enquanto Martha pega sua maleta de primeiros socorros.

-Não acredito que era mesmo ela. -Sussurro.

-O que? -Diz Luke.

-Minha mãe. Era mesmo ela. -Digo antes de desmaiar.

-Alô. -Martha atende o telefone depois de cuidar de mim.
-Martha? Sou eu, Jennifer. Será que eu poderia falar com o Louis? -Diz Jennifer.
-Ah... ele está ocupado no momento. -Diz Martha.
-Mãe, ela sabe quem nós somos, ela é feiticeira. Me dê o telefone. -Diz Louis atendendo.
-Como você... claro, audição de lobisomem. -Diz Martha voltando pra sala.
-Louis, fomos atacados por zumbis. Isso é normal? -Jennifer pergunta.
-Ah... não, mas nós também fomos. Vocês estão bem? -Louis pergunta.
-Sim, estamos. Matt está preparando até um jantar.
-Matt? -Ele não estava no hospital?
-Sim, mas eu e Nina o tiramos de lá antes dos zumbis chegarem. Como vocês estão? -Ela pergunta.
-Bem, na medida do possível. Luke voltou, Luna levou a pior, mas já está melhor, e Selena... ela também está bem. -Louis olha diretamente para ela sentada na poltrona da sala com os cotovelos apoiados sobre os joelhos pensando, séria.
-Venham pra cá, podemos pensar em como responder à estes ataques. -Jennifer os convida.
-Claro, vamos sim. -Louis desliga.

Ele caminha até mim, ainda dormindo, e me encara lembrando do que Malena o disse.
"O que fazer?", Louis se pergunta.

Alguém bate a porta.
-Louis! -Laurel bate várias vezes na porta.
-Louis, atende logo ela antes que a porta caia. -Diz Martha.
-Laurel, o que você está fazendo aqui? -Louis pergunta.
-Eu sou sua namorada, se esqueceu? Precisamos conversar. -Ela grita.
Selena aparece atrás de Louis.
-Com licença. Não quero me intrometer em seus assuntos problemáticos, mas será que poderiam falar mais baixo, meus ouvidos doem e a Luna está tentando dormir. -Diz Selena.
-Luna?! Louis, o que ela está fazendo aí? -Laurel tenta entrar, mas Louis a segura.
-Obrigado, Selena. -Ele diz.
-Não por isso. -Ela volta pra dentro.
-Deixe-me entrar, Louis. -Laurel o empurra, mas de nada adianta.
-Laurel, para! -Louis a leva pra fora e fecha a porta.
-Eu só quero entender o porquê de você ficar atrás dela com um cachorrinho. -Diz Laurel.
Louis desviou o olhar ao comparar cachorrinho com lobisomem.
-Laurel, eu...
-Eu sei porquê, Louis, você ainda a ama. -Os olhos de Laurel se enchem de lágrimas. -E por mais que eu seja perfeita eu nunca serei ela.
-Não é isso, Laurel. -Louis vê que a magoou.
-Não minta pra mim! -Ela grita. -Foi bom enquanto durou. -Ela vai embora.
-Laurel!
-Adeus, Louis.

Dentro de casa

Selena está sentada no sofá assistindo ao noticiário. Luke senta ao seu lado.
-Oi, nossa conversa foi interrompida lá na biblioteca. -Ele diz.
-Luke, olha! -Ela aponta para a TV.
Aparecem imagens da cidade revirada. Carros capotados, vidraças destroçadas, um helicóptero caído queimando e corpos estripados espalhados por toda a cidade.

Louis entra em casa.
-Filho, tudo bem? -Martha pergunta.
-Ela terminou comigo, mãe. -Ele diz tristonho. -O mais estranho é que não sinto sua falta.
-Talvez porque não fosse amor. -Ela diz. -Você só amou uma pessoa assim. -Martha olha para mim ainda dormindo.

Alguém bate à porta.
-Laurel! -Louis abre a porta e se depara com um garoto ajoelhado, de bermuda beje rasgada e sem camisa todo ensanguentado.
-Jeremy?!

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