3:TOCANDO OS PÉS EM TERRAS GREGAS.

10.3K 851 201
                                    

Saphira

Sentei na poltrona do avião, encostei minha cabeça na janela e respirei fundo. Segurei na mão de meu pai que estava do meu lado e fiquei perdida em meus pensamentos, até pegar no sono. O voo foi tranquilo, mas cansativo. Foram 15 horas de voo, e enfim meus pés tocaram em terras gregas.

Pegamos um táxi e fomos em direção a minha antiga casa, que estava mais para uma mansão. Casarão esse que me fez recordar da minha primeira vez na Grécia.Meu pai era muito rico. Poderia-se dizer até um dos mais ricos da Grécia.

Ele estava no país de passagem, apenas para vender sua parte da empresa a seu sócio. Na qual o mesmo não suportava,pois quando mais nova tinha o sonho de ser uma grande estilista, vivia pelos cantos da casa desenhando, inventando modelos, e assim que cheguei na Grécia decidi mostrar os modelos para meu pai. Tinha apenas 11 anos e sonhava ser tão boa quanto meu pai. Ele, ao olhar meus desenhos, disse que eram perfeitos, e isso me encheu de esperança, porém seu sócio que estava do lado riu da minha cara, dizendo que eram bonitinhos, e que não chegava nem perto dos que seu filho fazia, e que eu tinha que crescer muito ainda para ser uma boa estilista.

Ele era arrogante e conseguiu fazer com que odiasse mais estar ali na Grécia, fazendo prometer pra mim mesma que nunca mais desenharia, um dos motivo que escolhi fazer administração e não moda, como minha amiga Alice. Se já não fosse o bastante, o senhor arrogante ainda trouxe seu filho para ficar na nossa casa por uma semana. Seu nome era Zenon e tinha 28 anos. Ele era muito mais velho do que eu. Estava se especializando em moda e quando minha mãe o viu, ficou maravilhada. Já eu, estava louca para que meu pai terminasse logo essa venda e voltasse logo para o Brasil. Sentia falta de casa, de meus amigos e, para piorar, as pessoas ali não estavam sendo nada amigáveis. Zenon a todo momento fazia questão de jogar na minha cara o quanto ele era bom no que. fazia, que eu era apenas uma pirralha, que nunca seria como ele, e que eu não passava de uma fedelha, fazendo com que me trancasse no quarto o resto dos dias até a volta para o Brasil. Sempre que meus pai falavam em visitar a Grécia, eu recusava.

Entrei na casa que viveria esses meses e olhei ao redor. Estava tudo mesmo jeito que me lembrava. Cumprimentei os empregados que estavam na porta para nos receber. Todos falavam em português, pois minha mãe no começo custou a preder  a língua grega.Meus pais viveram um período na Grécia e quando se casaram foram para o Brasil a pedido de minha mãe.

Meu pai deixou seus negócios na mãos de seu sócio que sempre foi lhe fiel, motivo esse que fez meu pai vender sua parte para ele, pois sabia que sua empresa estaria em ótima mãos.

Respirei fundo e subi pra meu quarto depois de beijar meu pai e minha mãe. Arrumei minhas coisas e após isso, fui tomar um banho, deitei em minha cama e dormi. Fiquei cansada ao fim do percurso para cá e quando acordei olhei ao redor e vi que o quarto estava diferente da última vez que estive aqui. Ele não estava mais com aparência de princesa, estava com um toque mais sofisticado. Fui ao encontro de meus pais, que estavam na mesa tomando café. Eram exatamente 5 horas, então me juntei a eles para comer, estava faminta. Meu pai me convidou um pouco depois para ir conhecer a cidade de Atenas. Era um pouco tarde então combinamos de ir no dia seguinte na segunda-feira.Na minha primeira vez na Grécia não quis conhecer nada, então aceitei o convite do meu pai. Perguntou se poderia o acompanhar para visitar uns velhos amigos e em pensamento pedi que não fosse seu antigo sócio.

Não queria estragar meu segundo dia com aqueles dois. Não iria negar nada ao meu pai e se tivesse que aturar aqueles homens idiotas mais uma vez, iria fazê-lo, porém não tinha mais 11 anos, e não abaixaria a cabeça novamente.O restante do dia passou rápido. Estava tão cansada da viagem que dormi cedo, acordei por volta das dez da manhã e ao encontrar meus pais na sala conversando, pude notar o semblante caído do meu pai. Parecia esta com dor.— Pai, você está bem? Parece estar com dor. Vamos ao médico primeiro? Podemos visitar seus amigos depois.— Não, minha filha, teremos que marcar uma consulta primeiro, mas não sei para quê. Não tem como evitar o inevitável.— Pai! — ralhei com ele. — Não pode desistir assim tão fácil! Tens que lutar! Promete pra mim que não irá desistir?

— Filha... — ele desviou o olhar do meu. — irei fazer o possível, mas você tem que aceitar.

— Como irei aceitar? Não me peça isso! Não irei desistir, pai. Eu o amo demais para isso.

— Tudo bem, preciosa. Vamos indo porque quero ser seu guia hoje e quero rever alguns velhos amigos — ele falou e saiu com seu telefone na mão enquanto fui tomar meu café da manhã.

Passamos a manhã visitando pontos turísticos, mas o que mais gostei foi o museu de Acrópole.O primeiro museu da Acrópole foi fundado por um decreto de 1863, construído sobre a Acrópole de Atenas,o museu foi fechado e sua coleção começou a ser transferida para novas instalações localizadas a cerca de 300 metros da Acrópole.

Simplesmente incrível! Fiquei apaixonada pelo lugar. Talvez tenha me enganado. A Grécia poderia não ser tão ruim.Fomos na casa de alguns amigos de papai depois do almoço e uma desas casas conheci Grazi. Ela era filha de Ulisses, amigo de meu pai. Ela era uma garota muito simpática. Me prometeu que iria me apresentar a cidade com mais calma e eu iria mudar minha visão sobre a Grécia. Saímos e fomos em mais uma casa. Eu já estava me preparando para ofensas e arrogância. No fundo torcia para que ele tivesse mudado e não fosse tão arrogante como antes, mas algo me dizia que não seria assim.

Capitulo revisado por:MaitePott

Meus amores o próximo capitulo sera narrado pelo nosso Grego ;-)

UM GREGO EM MINHA VIDA.(Passando Por Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora