36:Bienal Da Moda X Orgulho ao cubo/Parte 2

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Capitulo não revisado.

Saphira

O vídeo a cima é a musica com que Alice irá desfilar, vale apena escutar. E a modelo da foto não é a Alice apenas o vestido é o que Alice estará usando.

Beijinhos e boa leitura:

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Segui com o olhar meu marido saindo furioso do camarim, não parecia real, não acredito que ela teve essa coragem. Estava com muita raiva, mas esse sentimento logo foi esquecido quando senti uma dorzinha fraca em meu ventre, tentei não fazer careta, mas acho que não consegui, pois Alice logo notou.

— Preciosa, está com dor? E nem tenta mentir para mim, porque sei que está! — ela parece brava.

— Sim, estou sentindo uma dorzinha bem fraquinha, mas já conversei com a preciosinha, ela vai esperar até o fim do evento,  não é meu amor? — falo, passando a mão em minha barriga—Por favor, Alice, não conte ao Zenon, não podemos largar tudo aqui e correr para um hospital, sendo que pode ser alarme falso, a dor já passou, juro que estou bem. — Ela suspira.

— Tudo bem, só vou concordar com isso porque tudo aqui está um caos. — Olhamos para o vestido e suspiramos juntas.

— Se pego essa vaca, acabo com seu rosto de porcelana envelhecida. — Alice esbraveja, e eu rio.

— Alice, vou pedir para alguém vir te ajudar com a prova do vestido, com ele no seu corpo, vou poder ter uma noção do estrago e ver o que dá para fazer. Já volto, irei procurar por Zenon.

Ela concorda, logo encontro Geórgios e peço para ele e mais duas modelos a auxiliarem. Ando pelo hotel à procura do homem que nesses últimos meses tem me feito a mulher mais feliz de todo mundo. Era mês de janeiro, haviam exatamente dez meses que estava ali na Grécia, tinha passado o Natal e o primeiro Ano aqui já como sua esposa, foram os meses mais felizes de toda a minha vida e não poderia deixar que essa armação de Amélia nos afete. No caminho, fico pensando em mil formas de dar o troco na Cadélia, mas o que vejo a minha frente me mostra que não precisarei fazer nada, a vida parece estar se encarregando de ensinar a ela que "aqui se faz, aqui se paga".

Me escondo, para poder apreciar esse momento. Amélia está de joelhos, segurando as pernas do senhor Raél (seu amante), humilhando-se enquanto ele pede para ele soltá-lo. Percebo que não estou sozinha, alguns metros a minha frente posso ver um jornalista, que está filmando tudo com um celular. Minha atenção volta para cena quando o senhor Raél alterou sua voz e a empurrou, dizendo que ela tinha sido o pior erro de toda sua vida, que não conseguia entender o que ele tinha na cabeça quando se envolveu com uma mulher do tipo dela. Ela tenta mais uma vez agarrá-lo, porém, ele a empurra com o pé, fazendo com que ela caia no chão, derrotada, ele vira as costas e a deixa chorando, prostrada no chão.

A princípio, fico com dó e penso em ajudá-la, mas o rosto do meu marido vem em minha mente, me fazendo lembrar de tudo o que ela fez com o vestido e com a modelo, uma brincadeira que poderia ter custado a vida de uma inocente. Então, pensando melhor, percebi que essa lição da vida para ela era só o começo e ela teria que aprender sozinha. Viro as costas e saio dali sem me abalar com seu estado deplorável e sem que ela me note. Procuro me marido por mais alguns minutos, mas não o encontro, volto para onde está Alice, para ver como ficou o vestido e ver o que posso fazer. No caminho de volta, escuto a voz de Geórgios fazendo a apresentação da Coleção Moda praia.

UM GREGO EM MINHA VIDA.(Passando Por Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora