Capítulo 46 - Fingerprints

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Alexander tinha finalmente dormido quando resolvi fugir na surdina e tomar (mais um) banho. Meu corpo estava ligeiramente dolorido por todo esforço da noite mas, acima disso, eu precisava colocar alguns pensamentos em ordem.

Não que fosse fácil me concentrar. A sensação da noite ainda era muito presente e eu mais suspirava ao recordar do que, de fato, refletia.

Alex tinha duas camisinhas na carteira (o que na hora eu achei FANTÁSTICO, mas depois fiquei encucada. Claro que conversamos sobre o assunto... Mas só bastante tempo depois de usar a primeira delas).

― É uma lei universal – ele disse. – Todo homem que se preze anda com camisinhas.

― Porque nunca se sabe quando uma mulher maravilhosa vai dar mole para você no meio da rua, não é mesmo? – Eu impliquei, meio irritada. Enciumada, para ser mais exata.

― Nunca se sabe quando você vai acabar preso em Paris com uma mulher maravilhosa – ele respondeu, quebrando todo meu drama e me fazendo querer beijá-lo novamente.

Quando saí do meu primeiro banho da noite, encontrei mais uma camisinha em um potinho. Quando saí com ela, vitoriosa, e mostrei para Alexander, ele explicou que tinha um projeto de lei correndo em Paris que obrigaria todos os hotéis a ter essa prática. Depois, deu um sorriso e disse:

― Mais uma, Katerine? Não sei se aguento tudo que você está me demandando.

(Ele aguentou logo depois e ainda por cima pareceu muito feliz por isso).

Da primeira vez, doeu. Relembrei a dor por um segundo, me ensaboando. Foi uma dor lacerante, mas curta. Eu me comprimi embaixo de Alex, que simplesmente congelou com essa percepção:

― Está doendo. Devo parar – ele disse.

― Não – eu o puxei para perto novamente. – Não.

Não posso dizer que foi bom, especialmente como tomamos como base para comparação as vezes que se seguiram. Mas não foi ruim. Nem de longe tão traumático quanto eu pensei que poderia ser. Alex foi imensamente atencioso e inclusive fez questão de se enfiar no banheiro comigo depois, para ter certeza que eu estava bem e que não desmaiaria durante o banho.

E as vezes seguintes... Ah, elas sim. Sorri, derrubando a cabeça com a recordação e molhando os cabelos. Que ótimas lembranças.

Poupamos nosso (escasso, ao meu ver) arsenal de camisinhas o quanto pudemos. A terceira (a do banheiro – por sorte do tamanho perfeito) só foi usada pela manhã e foi justamente o que ocasionou o sono profundo que Alexander se encontrava quando eu me esgueirei para fora da cama. Mas existia uma série de outras coisas que podiam ser feitas fora do ato, em si. Alexander era muito bom em todas e me ensinou muito sobre elas. Eu entendia bem a teoria. A prática, nem tanto.

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