Anahí estava... Superando, o trabalho não ajudava muito, porém ela ainda tinha Ian. Falando nele, este estava ligando para ela chamando-a para um passeio, afim de obter algumas poucas informações que faltavam para sua matéria, que logo seria publicada.
- E eu sei que é de tarde, mas mesmo assim insisto em pagar ok? - Completou do outro lado da linha, ansioso por uma resposta dela.
- Eu vou Ian, mas sério, não precisa me pagar. - Respondeu tranquila, com um sorriso já formado no rosto, apenas com a ideia de se encontrar com o amigo, e se desvincular um pouco de sua rotina.
- Eu faço questão, e não se discute. Passo por você em uma hora mais ou menos, pode ser? - Perguntou animado.
- Perfeito, até depois. - Desligou, e foi se arrumar.
...
Há uma coisa que você precisa entender sobre Ruth Herrera, ela era uma mãe excepcional para seus três filhos, Alfonso o mais velho, Ian o do meio, e a adolescente Eiza. Sempre consentia os filhos, e os apoiava em tudo... Claro, tudo que estivesse dentro do planejamento que ela havia feito para eles. Então, você pode imaginar a indignação dela ao se deparar com um Ian que anos atrás lhe dissera que queria seguir a carreira de jornalista, e não de advogado como o pai e o irmão, ou pelo menos em alguma área apta para trabalhar na construtora que Ruth herdará do pai. E pode imaginar o desespero, quando o mesmo filho, aos vinte e seis anos e sem uma namorada fixa, andava sumindo durante as madrugadas dos últimos dias. Sem uma preocupação notável do pai de seus filhos, que apenas dizia que o filho já era adulto e que não faria nada de errado, Ruth recorria a Alfonso, para descobrir onde o irmão andava se metendo todas as noites.
- Como assim ainda não descobriu Alfonso? - Perguntou indignada.
- Não descobri, e cansei disso mamãe, não vou mais ficar atrás de Ian como se fosse sua baba, ele já é bem grandinho, você deveria parar de se preocupar tanto. - Aquilo já estava se estendendo por dias.
- Eu nunca deixarei de me preocupar com nenhum dos meus filhos Alfonso, e tampouco deixarei Ian seguir por um caminho errado, de prostitutas, e seja la o que mais ele anda fazendo. - Concluiu, amarga com a ideia do filho se envolvendo com uma mulher dessas.
- Ok... Mas eu não irei mais me intrometer na vida de Ian, e com licença, tenho que voltar ao escritório, estou atrasado. - Falou, vestindo seu blazer e saindo.
Ao entrar no carro, ele ligou para Mane, seu melhor amigo desde a infância, e filho do sócio de seu pai, que era amigo da família a anos.
- Mane, oi... Preciso que você me acompanhe a um lugar... Não, estou indo para o escritório, te encontro lá. - Concluiu, seguindo para Herrera & Parra Advogados.
Horas mais tarde os dois estacionavam em frente a um prédio, lugar desconhecido por Mane ou por qualquer outro que acompanhasse Alfonso hoje... Exceto por Ian, que conhecia bem aquele lugar. O que ninguém sabia, é que Alfonso não estava apenas investigando o que Ian fazia, ele o havia seguido algumas vezes, e como àlgumas madrugadas, Ian havia deixado uma mulher nesse mesmo lugar, ali estava Alfonso, em busca de informações, ou respostas.
A Porsche preta continuava estacionada em frente ao prédio, e dentro dela, Alfonso e Mane discutiam sobre o que fazer, e qual dos dois iria pedir informações. Se tivessem chego meia hora antes, Alfonso com certeza reconheceria aquele cabelo castanho entrando na Lamborghini de Ian, sendo esse, o único detalhe que conseguiu ver da mulher que seu irmão havia deixado ali. Os dois finalmente decidiram o que fazer, e Mane foi até o prédio atrás de... Nem ele sabia direito atrás do que estava indo, apenas tinha que ir ali e perguntar pela mulher de cabelos castanhos. Porém, ao se aproximar da porta, simplesmente se encantou pela morena de olhos fechados, claramente distante da realidade, sentada em um banco da calçada, próximo a entrada do prédio. Acontece que após se despedir de Anahi, Maite resolveu ficar ali fora por um tempo, apenas deixando a brisa gostosa que fazia passar por seu rosto, já estava ali a bem meia hora quando uma voz grossa e um tanto rouca a interrompeu.
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Todo Cambio
FanfictionSua vida não era algo da qual ela gostasse, nem seu trabalho algo do qual se orgulhasse. Ser pisada e humilhada por uma sociedade que em sua grande maioria é preconceituosa, não deve ser algo que se enquadre nos planos de alguém com apenas vinte e c...