Ian estava radiante, pois sua matéria não só havia sido aprovada, mas também, seria capa de uma das revistas mais circuladas pelo mundo. Ele era um homem de ambições, e a tempos lutava por seu lugar na primeira capa, não medindo esforços, nem criatividade, e conteúdo para consegui-lo, e ai estava o resultado de tanto trabalho.
- Parabéns meu filho. - Essa era Ruth, que abraçava Ian, realmente orgulhosa e feliz pelo filho.
- Obrigado mamãe. - Orgulhoso estava ele, havia conseguido.
- É maninho, parabéns. - Eiza abraçou o irmão e só de sacanagem tirou o chapéu preto que o mesmo usava (Ala estilo Somerhalder) e bagunçou o cabelo do mesmo, que riu.
- Vamos fazer um jantar de comemoração Ian. - Decidiu a mãe. - Vou encomendar um buffet delicioso. Avise Alfonso e diga para trazer Nina. - Porém ai estava uma coisa engraçada. Desde que Anahí fora para o apartamento de Alfonso, Ruth simplesmente ignorou a existência dela, e ao organizar um jantar, era clara a exclusão dela. Porém Ian já sabia exatamente onde iria comemorar sua matéria, e não seria exatamente com a família, e nem sem Anahí.
...
Era fim de tarde quando Ian foi para o apartamento de Alfonso. Ele entrou e se bateu com uma Nina que assim que o viu lançou um sorriso deslumbrante. Ian não se conteve, na verdade nunca se continha quando a via, e passava com sorrisos bobos apenas admirando-a.
- Olá Ian. - Falou, se levantando do sofá e indo até ele. - Antes de qualquer coisa, meus parabéns pela sua matéria, ficou ótima. - Falou, abraçando o cunhado. Para Ian, era muito importante a opinião de Nina, e se ela havia gostado, ele não poderia estar mais feliz.
- Obrigada. - Falou, se afastando, e dando um beijo doce e demorado no rosto da outra. Foi nessa hora que os dois viram Anahí descer as escadas, e ao vê-la Ian nada disse, apenas mostrou a revista que trazia consigo, onde na primeira capa era possível ver o titulo de sua matéria.
- Eu não acredito. - Falou, correndo até ele e o abraçando. - Nossa Ian. - Falou se soltando. - Parabéns.
- Obrigada, agora você lê, e me diz o que achou dos toques finais que eu dei. - Entregou a revista para ela, que pegou e assentiu.
- Olá irmão. - Era Alfonso, que entrava na sala já sem o terno, e com as mangas da camisa dobradas. - Meus parabéns. - Ian já estava cansado de tantas felicitações, mas fazer o que.
- Obrigada Poncho.
- Poncho? - Anahí estranhou, ainda não havia escutado Ian chama-lo assim.
- Ele não sabia pronunciar meu nome. - Lembrou rindo, seguido de Ian. - Me chamava de Poncho e desde então esquece que tenho um nome. - Explicou dando de ombros.
- Poncho. - Testou, e Alfonso sorriu de canto disfarçadamente. Gostou de como soou com a voz dela.
- Ok, mamãe falou que vai dar um jantar para comemorarmos. - Comentou.
- É vai, mas eu não vou. - Alfonso e Nina se olharam estranhando, e em seguida se voltaram para Ian com uma evidente expressão de "não entendi". - É evidente o motivo não? - Perguntou apontando para Anahí. - Eu não posso comemorar o sucesso da minha matéria sem a pessoa que me inspirou a inscreve-la. - Terminou.
- Valido. - Foi a vez de Nina falar. - Onde quer comemorar? - Perguntou, decidindo por comemorar com ele. Ian sorriu para ela, e assim ficou até que o irmão o interrompeu.
- Ian, mamãe vai ficar uma fera, como assim você não vai?
- Ele tem razão Ian, deu de confusão com a sua mãe por minha causa. - Anahí apoiou Alfonso, mesmo adorando ser a prioridade de Ian.
- Eu não vou a lugar nenhum sem você hoje ok? - Falou se virando para ela. - Alfonso, se quiser vá jantar com a mamãe. - Largou de ombros.
- Ele não vai. - Nina respondeu por ele. - Adoro Ruth, porém não concordo com esse lado preconceituoso dela. - Se explicou.
- Ok ok. - Se deu por vencido, e viu todos rirem. - Onde vamos?
No fim, Anahí e Nina subiram para se arrumar. Nina já tinha algumas roupas na casa do namorado, não sendo um problema. Inclusive, emprestou um de seus vestidos para Anahí, que a principio negou, porém a namorada de Alfonso insistiu.
- Meu deus como demoram. - Reclamou Alfonso impaciente.
- Demoram, e nós ficamos aqui, como trouxas esperando-as. - Concluiu.
Porém, a certeza de que valera a pena veio quando as duas desceram. Nina usava um vestido preto, justo ate a cintura, ficando mais solto em seguida, com um detalhe de um tecido mais transparente no peito. Um coque frouxo porém bem feito prendia seus cabelos, e uma make ressaltando bem os olhos finalizava o look. Já Anahí, usava um vestido que ia até um pouco acima do joelho, azul marinho, era justo e ressaltava suas curvas. Os cabelos estavam soltos, e um pouco mais volumosos que o normal, e perante a aqueles olhos azuis, uma make clara fora feita apenas para não ir sem nada, porém os olhos roubavam toda a atenção.
Os olhares que se cruzaram naquela sala estavam todos errados. Alfonso sabia que deveria olhar e se deslumbrar com a namorada, porém não conseguiu tirar os olhos de Anahí. E Ian, não tirava os seus de Nina, esta por sua vez, apenas sorria, descendo os degraus com cuidado, pois só quem é mulher sabe que as vezes mesmo uma perita em andar de salto, passa por suas dificuldades com escadas. Anahí não, ela descia segura de si, com um sorriso radiante, e o olhar ligado ao de Alfonso.
- Estão maravilhosas. - Começou Ian, sorrindo abertamente.
- Estão mesmo. - Elogiou Alfonso, indo para o lado da namorada, e oferecendo o braço. Ian fez o mesmo com Anahí, e os quatro seguiram.
Foram ao La Voile, um restaurante bastante sofisticado, porém reservado, e ao chegarem la, ja havia alguém a espera deles.
- Olá vovó. - Cumprimentou Ian. Acontece que Maggie era cúmplice de Ian desde sempre, e ao saber que o neto não compareceria ao jantar, simplesmente saiu, muito as escondidas de casa, e fora se encontrar com ele no restaurante.
A noite foi agradável, os cinco brindaram, conversaram, riram. Anahí se sentiu leve, quase como nunca havia se sentido. Em sua antiga vida, eram poucos os momentos de felicidade, porém agora, mesmo se passasse o dia todo em casa, estaria feliz.
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Todo Cambio
FanfictionSua vida não era algo da qual ela gostasse, nem seu trabalho algo do qual se orgulhasse. Ser pisada e humilhada por uma sociedade que em sua grande maioria é preconceituosa, não deve ser algo que se enquadre nos planos de alguém com apenas vinte e c...