Já havia se passado bem uma semana desde que Manuel atacara Maite, este, por sua vez, estava preso, aguardando um julgamento onde as chances de conseguir se safar de passar o resto da vida na cadeia eram zero. Maite estava... Bem. Tinha Nina e Anahí, que mesmo não dormindo mais em seu apartamento com ela, iam lá dia sim, outro também, nem que fosse passar algumas horas com a amiga, ela ficaria bem, já demonstrava sinais de melhora. Por incrível que pareça, aqueles dias passados com Maite, fez a tensão entre Anahí e Nina diminuir. Não é como se as duas já se falassem normalmente, mas também não se falavam com toda a cautela com que se falavam uma semana atrás. Falando em Nina, está estava toda faceira em seu ateliê, mandando e desmandando como louca sua equipe, pois graças a matéria de Ian, e as boas vendas que estava tendo, agora, ela preparava o primeiro desfile oficial da marca Dobrev. Ainda não havia dito nada a ninguém, e por enquanto a ideia acabara de sair do papel para o tecido, mas ela estava confiante de que daria certo, e de que se a sorte estivesse ao seu favor, seria um sucesso. Ian por outro lado, agora dividia seus dias entre Nina e Anahí, havia um ponto a ressaltar sobre se "dividir" dessa maneira. Antes era mais fácil, ele ia ao apartamento do irmão, e encontrava as duas lá, porém antes ele não tinha uma Nina para a sua inteira atenção, antes, ele precisava suportar, e esconder como fosse o ciumes que sentia de vê-la junto de seu irmão, antes, ele não tinha a sensação que estava sentindo agora... Algo havia mudado entre eles, sua relação estava mais... "Forte", e disso ele tinha certeza. Havia combinado de almoçar com ela, e antes de encontra-la, resolvera por passar no escritório do pai e do irmão.
- Oi pai. - Cumprimentou, entrando na sala do pai. - Tudo certo para amanhã? - Conferiu. Os Herrera, no caso os homens, junto dos De La Parra, e isso incluía pai e filho, se juntariam no apartamento de Mane para assistir a uma partida de Futebol Americano entre Yankees e New England Patriots,
- Pelo que eu saiba sim. - Confirmou para o filho. - Veio aqui só para isso?
- Vou almoçar com a Nina, mas ainda tenho um tempo para matar. - Confessou rindo.
- Tem passado muito tempo com a Nina. - Comentou, e viu a expressão do filho mudar, logo, Robert percebeu que aquele não era um assunto no qual Ian queria entrar. - Ok, então... Me fale sobre o trabalho.
- Vai tudo bem no trabalho.
- Eu leio suas matérias... São muito boas. - Elogiou.
- Obrigada pai. - Agradeceu sincero.
- Me desculpe por não ter te defendido mais quanto a sua escolha de profissão filho. - Pediu. Robert em seu momento defendeu o filho, alegando que ele poderia ser o que quisesse, que sempre teria seu apoio, porém não o fez como sentiu que deveria, pois, ser marido de uma mulher como Ruth já era difícil, arrumar uma briga com uma mulher como Ruth, era mais difícil ainda.
- Eu entendo pai, a mamãe não é fácil. - Ele realmente entendia.
- Ela não é, mas eu sinto que deveria ter feito mais... Enfim... Filho. - Chamou sério, porém sorrindo enquanto olhava para o filho. - Não pense por um segundo sequer que eu não me orgulho de você, e da profissão que seguiu. - E viu o sorriso do filho aumentar.
- Obrigada pai.
Ian matou mais um tempo no escritório do pai, e foi apenas quando estava saindo que se cruzou com o irmão.
- Ian? O que faz aqui? - Perguntou estranhando.
- Vim ver o papai. - Respondeu com pressa.
- Estou saindo para almoçar, me acompanha? - Perguntou pondo o palito.
- Não posso, eu vou almoçar com...
- Nina. - Completou. Alfonso sabia dessa... Forte amizade entre Nina e Ian. Na verdade ele sempre percebeu o quão bem os dois se davam, porém agora, com o termino do namoro dos dois, ele bem começou a desconfiar de um sentimento a mais ali, por parte do irmão, e de certa forma ele ficava aliviado. Ian era um ótimo homem, e faria feliz a qualquer mulher que fosse "a escolhida", ficaria feliz se essa mulher fosse Nina, ela merecia.
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Todo Cambio
FanfictionSua vida não era algo da qual ela gostasse, nem seu trabalho algo do qual se orgulhasse. Ser pisada e humilhada por uma sociedade que em sua grande maioria é preconceituosa, não deve ser algo que se enquadre nos planos de alguém com apenas vinte e c...