Capítulo 39

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Mal havia se passado uma semana desde que Ruth havia falado com Jack, e este já havia descoberto algumas informações sobre Anahí, como que seus pais haviam morrido em um acidente, e que depois ela havia morado com sua tia. Porém nada do que ele havia descoberto era o que Ruth queria, então, decidiu por ir ao único lugar que ainda não havia ido, o presidio, porque ele já havia passado pelo tanto pelo bairro antigo de Anahí, como por seu antigo apartamento.

- Desculpe, mas eu te conheço? - Manuel havia aceitado a visita, mesmo não sabendo quem diabos era Jack Evans.

- Não Manuel, mas você conhece Anahí Portilla e eu... - Foi interrompido por uma risada irônica de Manuel.

- Aquela putinha mandou você.

- Na verdade não.

- Então o que faz aqui?

- Vamos, me conte a verdade, Anahí apenas quer o dinheiro de Alfonso certo? - Perguntou direto, e viu Manuel encara-lo, para então chama-lo para mais perto.

- Eu também acho isso. - Comentou. - Mas o que quer que ela esteja fazendo, a vadia está fazendo muito bem.

- Então você não sabe de nada. - Droga, Jack pensou, e Manuel negou. - Ok, - Bufou se levantando. - Adeus Manuel. - Se despediu saindo, sem sequer deixar Manuel falar nada mais.

...

Acontece que nessa história toda de realizar seus sonhos, Anahí não era a única que os estava realizando, Maite também estava, mais bem, ela estava retomando um sonho antigo, posto em espera. Estava no Herrera & Parra Advogados para isso hoje, haviam algumas coisas que ela não estava entendendo no formulário de retorno, e ela havia ido pedir ajuda a Alfonso, que havia precisado sair, o que não foi um problema para ela, que ficou esperando-o.

- Maite? - Adivinhem que é? O próprio Mane De La Parra, em seu terno impecável, e seu cabelo bem arrumado, sem nenhum fio fora do lugar. - O que faz aqui?

- Eu... Oi. - Sussurrou, não sabendo muito bem por onde começar.

- Oi.

- Preciso conversar com Alfonso, sobre... O formulário de retorno da faculdade, tem... Coisas que eu não entendo. - Explicou encolhida.

- O que? - Os olhos de Mane brilharam ao mesmo tempo que uma dor tomou conta de si, ele estava imensamente feliz por ela, porém não pode evitar pensar em quantas vezes ele há havia oferecido aquilo, e quantas vezes aquilo havia sido motivo de briga dos dois. - Eu posso te ajudar se quiser? - Ofereceu.

- Tudo bem. - Aceitou, e o viu guia-la pelo corredor até sua sala.

- Você nunca havia vindo aqui né?

- É sim. - Respondeu olhando para todos os lados da sala dele. - É lindo... - Comentou, dessa vez não era para a sala que ela olhava, e sim para ele. - Digo, linda, a sala, é linda.

- Claro, obrigada. - Agradeceu, apontando a cadeira para ela sentar, e se sentando na sua em seguida. - O que você não entendeu?

- A, essa parte? - Lhe entregou uma das folhas para ele, que leu atentamente.

- Aqui. - Falou após algum tempo, mostrando a folha para ela. - Essa parte seria no caso de transferência de curso, como você não vai mudar, ou vai?

- Não, não.

- Ok, então fique tranquila.

- Ok, obrigada.

- Mais alguma... Porque decidiu isso agora? Porque não antes? Nas mil vezes em que eu te ofereci? - Perguntou direto, não aguentaria passar mais um segundo sem saber o porque.

- Porque... A Any me disse uma vez, que eu não poderia ficar parada no tempo e me... Acomodar, acho que eu percebi que a vida tava passando e eu não tava fazendo nada pra mim sabe? Precisava mudar isso, ou ia ter uma vida miserável até o fim.

- E precisou deixar ao chegar ao ponto de terminarmos pra se tocar disso? - Era um Mane bastante inconformado quem perguntava isso. Maite abriu a boca pra responder, e a fechou, então abriu novamente, mas nada saia.

- Mane. - Não era ela quem falava seu nome, e a atenção dos dois foi para a porta. - A, Maite certo? - Conferiu entreando na sala.

- Sim. - Maite se encolheu, e uma dor no peito até então adormecida acordou.

- Oi Lis. - Só então tirou sua atenção de Maite e... Não, sua atenção continuava em Maite, ele apenas se virou para a namorada.

- Mane, muito obrigada, eu já vou indo. - Maite pegou sua coisas e foi se levantando.

- Tem certeza que era só essa duvida? - Conferiu, se levantando junto dela.

- Sim, sim, muito obrigada mesmo. - Agradeceu sincera, e ele assentiu.

- Boa sorte Maite.

- Adeus Mane. - Estendeu a mão. - Lis. - Passou por ela assentindo.

Assim que Maite saiu Lis foi para o lugar que ela estava.

- O que ela queria?

- Ela veio falar com o Alfonso sobre... - Coçou a testa tentando se lembrar, sequer se lembrava o que era, apenas conseguia pensar nela, no quão bonita ela estava, e na pergunta sem resposta que pairava pela sala. - Algo sobre seu retorno para a faculdade que ela não estava entendendo, mas o Poncho não estava.

- Ah, e como ela está? - Mane a encarou, não havia entendido o sentido da pergunta. - Em relação ao Manuel? - Se explicou.

- Bem, ela aparenta estar bem.

- Hmm... Bom, vamos? - Ele assentiu, pegou seu paletó, e foi para o lado de Lis. Ele bem tentou disfarçar, mas Lis era mulher, pode perceber o quão mexido ele havia ficado com aquele encontro com Maite.

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Como prometido, aqui está o primeiro post de terça. Relembrando que, mesmo que a ideia inicial seja postar todas as terças e eu realmente espero conseguir, podem haver algumas em que eu fique sem tempo, mas o post de sexta continua sagrado como sempre.

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