Capítulo 53

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O Ano Novo, diferentemente do Natal, foi mais tranquilo, Logan passou com a mãe, sem problemas. E novamente, o tempo foi passando, e outro problema surgiu a pouco mais da metade do ano. Anahí recém havia entrado na faculdade, e já havia se adaptado aos horários com Logan e a seu trabalho com Nina, estava imensamente feliz quanto a isso, porém, um baque do qual ela não esperava, a pegou de surpresa quando em uma tarde qualquer, voltando para a casa, ela simplesmente recebeu uma mensagem de Alfonso avisando-a de que ele pediria a guarda compartilhada. Aquilo a gelou por um momento, afinal, como já dito, ela não esperava, porém, teve que se conformar, e em menos de dois meses os dois passaram a dividir a guarda de Logan, que passava quatro dias da semana com a mãe, e três com o pai, alternando os finais de semana. O menino se adaptou perfeitamente bem, afinal, não era como se Alfonso fosse um pai distante antes disso, ele bem o levava pelo menos uma vez por semana para passar a noite em sua casa, fora as vezes em que passava algum tempo com ele durante a semana. Quem não estava se adaptando bem a isso era Anhaí, afinal, te-lo longe de si uma noite por semana era uma coisa, te-lo longe de si três noites, era algo completamente diferente. E, havia algo mais, algo que sempre esteve entalado em sua garganta, porém que ela nunca falaria. Era muito fácil para Alfonso chegar "dando ordens", quando nos primeiros cinco meses de vida do garoto, fora ela quem cuidara dele durante as noites, ela quem o fizera parar de chorar, entre outras coisas, quando o mesmo estava a quilômetros de distancia, pouco querendo saber do filho. Ela não estava sentida por ele ter ido se tratar, estava sentida por ele ter ido sem conhecer o filho, ou sem falar com ela, e por ter passado cinco meses sem querer saber dele.

O tempo tornou a passar, e chegamos ao aniversário de dois anos de Logan. Dessa vez caindo bem no dia em que o menino ficaria com o pai, ele decidiu fazer uma festa em seu apartamento. Convidou Anahí, que obviamente apareceu. Mas o problema ali, foi que Alfonso apareceu novamente com a mesma mulher que havia levado no primeiro aniversário, tendo ela, reaparecido um ano depois, apenas para essa data. Parecia que ele queria causar ciumes, e provocar a todos ali com aquela mulher, mas principalmente, parecia que queria provar a todos, e a si mesmo, que ele havia seguido em frente. O Natal, por sorte e sem problemas esse ano, Logan passou com a mãe. Já no Ano Novo, estava com o pai, o que fez Nina e Maite convencerem uma Anahí que não saia para uma festa a mais de dois anos, passar com elas, Ian e Mane. Os cinco foram a uma festa privada no terraço de um prédio de frente para a Copley Square.

O novo ano começou, e tudo corria bem em seu trilho, Anahí estava indo muito bem na faculdade, assim como Maite, que um pouco mais a frente que a amiga como estava, recém começava um estagio em uma importante construtora de Boston. Porém, o sorriso que Maite tinha no rosto dia sim e outro também, não se dava apenas a isso, havia... Outra coisa. Acontece, que Mane, em uma tarde qualquer onde estava com a namorada, na sala de sua casa, ele lendo um jornal, ela um livro, uma taça de vinho acompanhando, simplesmente decidiu fazer algo no minimo inusitado.

- Maite. - Chamou, e mesmo não tendo sua atenção, prosseguiu. - Casa comigo?

- Ahn? O que? - Agora ela lhe dava atenção.

- Casa comigo. - Falou largando o jornal de lado, se levantando da poltrona, e se ajoelhando em frente a ela. - Eu não tenho um anel mas... É com você que eu vou passar o resto da minha vida Mai, não temos porque pospor mais isso. - Disse ansioso por uma resposta que Maite tardava em dar.

- Você decidiu isso agora? - Ele assentiu. - Ta bom. - Disse por fim. - Mas com uma condição... Nos casamos hoje. - Falou, deixando um Mane de cenho franzido.

- Como assim hoje?

- Chamamos nossos amigos, vamos a um cartório, nos casamos, compramos champanhe, ligamos para os meus pais, comemoramos. - Detalhou tudo num só folego.

- Isso, respira Mai, respira. - Pediu rindo. - Mas, e a igreja? E o vestido? A festa?

- E eu lá tenho cara de... Véu e grinalda Mane? Isso é coisa para a Anahí e para a Nina, eu... Desde que seja com você, não importa o resto. - Ele se levantou para beija-la.

Assim que os dois se levantaram do sofá, começaram os preparativos, e lá estavam os dois, caminhando pela sala, com o celular grudado no rosto, explicando aos amigos que iriam se casar hoje mesmo.

- Como assim vai se casar Mai? - Uma Anahí bastante surpresa berrava do outro lado da linha.

- Vou me casar. - Disse simples. - Olha, se arrume, e venha para ca ok. - Pediu, e desligou.

- Nina está vindo para ca com... Sua roupa. - Mane disse assim que desligou, e Maite ergueu a sobrancelha. - Mai, ela não me deixou dizer que não era pra vir, ela apenas me informou que vinha. - Explicou, e ela suspirou se dando por vencida. - Vou me arrumar.

- Ok. - Disse sorrindo.

- Isso ta acontecendo mesmo? - Conferiu mais uma vez, indo até ela e lhe dando um beijo.

Havia uma ultima pessoa para quem Mane precisava ligar, sim, Alfonso. Não importava como os dois estavam no momento, ele sentia que aquele momento precisava ser compartilhado com ele, e assim o fez, o chamou.

- Alfonso, oi sou eu ... Olha só eu... Vou me casar. - Disse direto. - ... Pois é vou me casar. - Repetiu. - Olha só, se você quiser aparecer, vai ser muito importante para mim então ... - Mane sorriu, ou seja, ele havia confirmado. - Me encontra no cartório em algumas horas. - E desligou.

Nina não tardou muito mais tempo em chegar ao apartamento de Mane, e assim que chegou, arrastou Maite para o quarto de hospedes, e se trancou lá com ela, saindo bem algumas horas depois, já quando Ian chegava com Anahí, e um Logan que dormia em seu colo. Maite usava um vestido azul marinho, que ia até um pouco acima do joelho, parecia simples a primeira vista, porém o detalhe principal estava nas costas abertas, que fazia toda a diferença no look.

Maite e Mane saíram do cartório bem uma hora depois como Senhor e Senhora De La Parra. Foram todos para o apartamento de Mane após isso. Os dois serviram champanhe que compraram no caminho, e alguns aperitivos que tinha na geladeira, tudo bem simples,e improvisado, porém perfeito, afinal, não era isso que importava ali. Como Maite havia dito antes, os dois ligaram para os pais dela dando a noticia, os dois, felizes como haviam ficado, desejaram toda a felicidade do mundo ao casal, e prometeram uma visita em breve. A noite correu perfeitamente maravilhosa aos olhos de Maite, ela volte e meia olhava aquilo tudo, e a todos, de longe, apenas querendo ter certeza de que aquilo estava acontecendo, e de que alguém poderia ser capaz de sentir tamanha felicidade, sim, ela era, e merecia.

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