Capitulo 12

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Na manhã seguinte, foi com beijos delicados por todo o rosto como Mane acordou Maite.

- Bom dia meu amor. - Falou, após ela abrir os olhos.

- Hmm... - Se espreguiçou. - Bom dia. - Falou de volta. - E isso? - Perguntou apontando para a bandeja de café da manhã.

- Isso. - Falou, puxando a bandeja para perto dela. - É um agrado pro meu amor. - E ela parou olhando-o, e em seguida beijando-o.

- E você traz café pra todas as suas namoradas? - Perguntou, e ele não pode deixar de notar a enfase na ultima palavra.

- Não, qual é? - Perguntou rindo, e ela riu de volta puxando-o para outro beijo. - Mas não é só isso que eu trouxe pra você. - E ela parou encarando-o. - Eu trouxe... Uma proposta. - Começou. - O que você acha, de tirar umas férias, e vir passar uns dias aqui comigo? - Havia "uns dias" na proposta dele, porém sua ideia era de muito mais que apenas uns dias.

- Mane, eu não posso largar tudo assim.

- Se é por causa do seu trabalho... - Percebam que ele nunca se referiu ao que Maite fazia como algo que não fosse um trabalho, nunca rebaixou sua maneira de sustento. Para ele, qualquer modo de ganhar dinheiro honestamente era valida. Após conhece-la, ele entendeu que se ela fazia o que fazia, era porque realmente precisava, afinal, quem não tem dinheiro nesse mundo capitalista, não sobrevive. - Que diferença faz você ir durante as noites para a rua, quando seu único... - Pausou. - Homem, sou eu. - E ela o encarou, a estava convencendo. - Eu nunca fui seu cliente, e você sabe disso. - Esclareceu, os dois sorrindo. - E se é pelo dinheiro, é obvio que eu vou continuar a te pagar Mai, e  mais, vou abrir uma conta pra você, assim fica mais fácil. Vem passar uns tempos aqui? - Pediu de novo.

- Uns tempos? Não eram apenas uns dias? - Perguntou rindo, e ele entendeu que ela havia aceitado. Ela estava com medo, ele não sumiria da noite para o dia, porém também estava deixando-se criar esperança. Começava a se deixar acreditar de que aquilo poderia dar certo.

...

Naquela mesma hora, no apartamento de Alfonso, Nina e Anahí desciam para tomar café da manhã, quando Alfonso, que já estava acordado a algumas horas, apareceu na cozinha.

- Bom dia meu am... - Ele ia dar um beijo nela, porém o que recebeu foi uma virada de cara de uma Nina que seguia molesta com ele. - Ok né... - Deu um passo para trás. - Ainda vamos jantar essa noite? - Perguntou, querendo saber se os planos continuavam.

- Vamos. - Respondeu seca. - Você precisa se redimir então... Me surpreenda. - Avisou. E saiu da cozinha junto a uma Anahí que havia visto toda aquela cena de rabo de olho, porém Deus, ela estava rindo, e muito por dentro.

Já era começo de tarde quando Mane apareceu no apartamento de Alfonso. Ele e Maite já haviam passado no apartamento dela para buscar suas coisas, e apesar de não querer deixa-la sozinha, justo hoje que ela recém havia ido para lá, precisava ajudar Alfonso com um novo caso que o escritório teria que defender.

- Boa tarde meninas. - Cumprimentou, ao passar pela sala e ver Nina e Anahí.

- Boa tarde. - Nina cumprimentou de volta.

- Mane. - Anahí chamou. - Você sabe por onde anda a Mai? Ela não me atende, nem responde minhas mensagens.

- Ela esqueceu o carregador no apartamento dela. - Explicou, porém as duas nada entenderam. - Ela foi, passar uns dias no meu. - Esclareceu sorrindo.

- Ela o que? - Nina perguntou quase berrando, ao mesmo tempo que dava um salto do sofá. Anahí continuava sentada.

- Você realmente gosta dela né! - Anahí afirmou, e Mane apenas sorriu. - Muito bem Mane De La Parra. - Agora ela havia se levantado. - Você a faz sofrer, você perde suas bolas. - Advertiu. Tentou parecer séria enquanto falava, porém sem muito sucesso, os três estavam quase rindo.

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