Capítulo 40

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E mais uma vez Ruth Herrera se dirigia a um bairro o qual achava abominável, e batia na mesma porta de semanas atrás.

- Ruth. - Jack cumprimentou, e deu passagem para que ela pudesse entrar.

- Jack, meu filho se casa daqui a menos de duas semanas, e você ainda não me apresentou nada. - Disse irritada algum tempo depois, os dois sentados a mesa.

- É porque eu não achei nada Ruth. - Explicou. - Eu fui até seu antigo bairro, falei com vizinhos, colegas que "trabalhavam" com ela.

- Falou com Manuel?

- Também, e, apesar de ele ter o mesmo pensamento que você, não me disse nada do que eu pudesse usar. - Contou. - Usei minhas influencias para tentar alguma conta em seu nome, talvez em alguma parte do mundo, porém não tem nada Ruth, ela é transparente, limpa, ela não quer o dinheiro de seus filhos.

- Ela quer. - Bateu em punho na musa, e então se levantou, indo em direção a janela. Um calafrio percorreu a espinha de Jack no minuto em que Ruth se virou para ele, ali mesmo da janela. Ela estava com uma expressão dura, com uma pose segura e cheia de malicia ao mesmo tempo. - Eu sei o que ela é Jack, e até ela mesma deixar sua mascara cair, você vai me conseguir essas provas. - Disse.

- Como exatamente?

- Fazendo o que você faz de melhor... Faça com que apareçam provas.

- Mas nesse caso eu teria que cria-las.

- Não me importa a maneira Jack, eu quero essas provas, e eu vou tê-las. - Disse segura, e Jack Evans entendeu, e como ele entendeu. - A segunda parte do seu dinheiro você recebe quando acabar. - Disse por fim, e se dirigiu a porta.

...

Enquanto Ruth se preocupava com coisas que existiam apenas na cabeça dela, Anahí se preocupava em não enlouquecer com os preparativos de um casamento que estava sendo organizado as pressas. Por sorte ela contou com a ajuda de Maite, Nina e até mesmo Erin, que estavam tão de cabeça quanto ela nesses preparativos, e Alfonso, que ajudava sempre que podia e entendia, já havendo escolhido o buffet, e ajudado em parte da decoração. Quanto a isso, talvez esta, estava sendo a primeira vez em que Anahí não estava na defensiva em aceitar o dinheiro do namorado, ela hesitou no inicio, porém Alfonso bem a convenceu, e no fim das contas, ela aceitou, sendo que o dia de seu casamento fora algo do qual ela sempre sonhou, então, ela decidiu não ser orgulhosa, pelo menos não para esse dia.

- E as flores? - Anahí andava de um lado para o outro no apartamento de Nina, com uma agenda na mão, se certificando de que tudo estivesse "check".

- Serão tulipas Any, e as do buquê, é surpresa. - Era Nina quem respondia. Ela e Maite estavam sentadas no chão da sala, comendo comida mexicana que haviam pedido, e bem mais calmas que Anahí, como estavam, apenas respondiam a cada uma das coisas que ela perguntava se desesperando achando que havia esquecido.

- Sobremesa? A essa o Poncho já escolheu. E...

- Any, Any, vem cá. - Maite se levantou, e puxou a amiga, fazendo-a se sentar ao lado dela. - Nós já revisamos essa lista um milhão de vezes, e você já deu check em quase tudo um milhão de vezes, como conseguimos eu ainda não sei, mas nós conseguimos, então agora você vai relaxar, que amanhã nós veremos o resto da decoração que ta faltando, mas não podemos fazer isso agora porque tem que ser diretamente com a organizadora, e a essa hora ela deve estar em casa.

- Amem você acalmou essa fera Mai. - Nina brincou rindo. - Aqui Any, pega um burrito. - Ofereceu.

- Eu só quero que tudo seja perfeito. - Disse com a boca cheia.

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