Capítulo 35

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- Eu sei... É claro que ela vai fazer faculdade, só falta ela se decidir... Vovó disse que gostaria de ajudar, e eu também quero Poncho...

- Você não está pensando em pagar mais a faculdade daquela prostituta certo Ian? - Ian estava em casa, logo, Ruth o havia escutado, e perguntava aquilo ao filho com o pior tom que ele já havia escutado sair da boca da mãe.

- Poncho conversamos outra hora... - Falou, e desligou. - Na verdade, eu estou sim mãe. - Respondeu na maior sinceridade que conseguiu. - Não só eu. Alfonso e a vovó também estão.

- Não tente colocar sua avó e seu irmão no meio disso para que sua culpa seja menor Ian. Você é o único culpado por isso. - Disse raivosa.

- Culpa? Que culpa? - Perguntou de cenho franzido, e se irritando.

- A culpa de ter trazido essa mulher pra nossas vidas, eu nunca vou te perdoar por isso Ian. - Respondeu.

- Ian? - Agora era Nina, quem após de quase uma semana ligando para o amigo, e sendo rejeitada pelo mesmo, resolveu ir a casa do mesmo conversar com ele.

- Você é uma decepção Ian. - Ruth falou, ignorando por completo a presença de Nina ali.

- Eu já estou acostumado com esse seu sentimento por mim mãe. Não se esqueça que eu passei a vida toda tendo que te escutar dizer a mesma coisa pelo simples fato de não seguir a carreira que você queria que eu seguisse. - Largou enfurecido.

- E esse sentimento continua querido. - Disse tão natural como pode. Nina ali, olhando-os, realmente não entendia como uma mãe podia dizer isso a um filho. - Mas minha decepção só aumentou. Você não é de longe o filho que eu queria Ian.

- Que bom mãe, isso quer dizer que eu não sou igual a você. - Cuspiu. - Mas não se preocupe Ruth Herrera, a partir de hoje todos os seus filhos te dão orgulho, porque você acaba de perder o que te decepciona. - Disse, e saiu, passando por Nina, e sequer falando com ela, indo direto para fora.

- Ian. - Nina saiu atrás dele.

- Vamos sair daqui. - Disse, passando um dos capacetes da moto para ela.

- E pare de dar encima da mulher do seu irmão, isso é uma vergonha Ian... Você é uma vergonha. - Ruth os havia seguido.

- Eu não sou propriedade de ninguém Ruth, e quem esta passando vergonha aqui é você. - Nina respondeu antes de subir na moto com Ian, que saiu arrastando pneu.

...

Anahí foi, ignorando Maite, que minutos antes da amiga entrar no presidio, ainda estava mandando mensagens, tentando convence-la de desistir, pondo seu medo de lado, escondendo de Alfonso, ela foi. Precisava disso, precisava cuspir em Manuel que mesmo depois de tudo ela estava bem, e ele não havia ganhado, mas acima disso, precisava ver se a prisão havia dado a ele o remorso que ele nunca teve pelo que havia feito com ela, e pelo que quase havia feito com Maite. A amiga não entendia essa necessidade, pois ele nunca chegou a estupra-la, porém Anahí sim precisava disso. Era algo dela, na verdade da alma dela. Ela era tão pura por dentro, que mesmo depois de tudo que havia vivido, e mesmo tendo todos os motivos do mundo para se tornar uma pessoa obscura, ela continuava pura, e ela já sabia, que se fosse ali, e encontrasse esse arrependimento em Manuel, ela o perdoaria.

- Quando me falaram que Anahí Portilla queria me ver, eu confesso, que fiquei surpreso. - Anahí já estava a espera de Manuel, e quando viu este entrar na sala de visitas, soube no exato momento que não, ele não estava arrependido.

- Olá Manuel. - Disse no maior tom de superioridade que conseguiu.

- Sentiu minha falta foi? - Perguntou com um sorriso malicioso.

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