Capítulo 4

1K 75 7
                                    

Um silencio rondou o lugar, Anahí não entendeu muito bem, apenas o encarava surpresa e confusa. Ele não morava ali também? E foi Ian quem quebrou o silencio.

- Como assim?

- A reforma do meu apartamento terminou, posso voltar para lá agora mesmo. - Respondeu pratico. - Então, para que criar mais problemas por isso, se ela pode simplesmente morar la, e você continua ajudando-a, porém de lá. - Ela ainda estava surpresa, e extremamente nervosa, porém que outra solução havia? Morar em uma casa onde Ruth e Eiza Herrera a odiavam abertamente?

- Anahí? - Ian a interrompeu de seus pensamentos. - O que você acha disso?

- Eu... - Hesitou, encarando Ian e Alfonso. - Só não quero problemas.

- Já conversamos sobre isso. Apenas quero saber se está tudo bem para você? - Ela assentiu. - Você ganhou mãe. - Completou Ian, porém a expressão de Ruth não era nada satisfatória, ela não havia ganho, apenas empurrado o problema para outro lugar.

...

O apartamento de Alfonso não era muito longe dali. Este morava na cobertura de um arranha - céu no centro da cidade, e como as coisas de Anahí não haviam sido tiradas de seu carro, a ida para lá foi imediata. No carro de Alfonso foram ele, Anahí, e Ian, que não abriu mão de acompanha-la. O Apartamento, a pesar de menor, não perdia o luxo, porém diferente da mansão Herrera, não tinha nenhum toque de antiguidade. Era um duplex sofisticado, onde no andar de baixo ficavam a sala de visitas, a de televisão, a cozinha, área de serviço e uma pequena academia que ele fizera nos fundos, e alguns banheiros e lavabos espalhados. No andar de cima ficavam as suítes, o escritório de Alfonso e outros banheiros. E foi numa dessas suítes que Anahí se instalou.

- Ok, tudo certo aqui? - Conferiu Ian, uma ultima vez antes de ir.

- Sim, não se preocupe comigo. E muito, muito obrigada. - Ela não sabia mais como agradecer Ian, porém nunca pararia de faze-lo.

Os dois deixaram Anahí se acomodar, e desceram para a sala de visitas, onde Alfonso se serviu com um uísque e se acomodou.

- E o que pretende fazer com ela agora? Porque... Você não esta pensando em deixa-la morando por tempo indeterminado comigo certo? - Alfonso estava muito relaxado, era nítido que ele desacreditava completamente que Anahí estava disposta a mudar.

- Claro que não, e nem ela aceitaria, só me de uns minutos.- Falou pensativo.

- Claro que não aceitaria. - Debochou. - Casa, comida, e um emprego. Os dois primeiros ok, mas vamos ver quanto tempo ela dura no emprego que você arranjar, e mais quanto tempo ela leva para voltar a sua antiga vida.

- Alfonso, eu te asseguro que se colocássemos Anahí como faxineira de um hotel beira de estrada, ela estaria feliz e completamente agradecida apenas por não precisar voltar mais para aquela rua. - Ian estava começando a se irritar com o irmão.

- Pois façamos isso então. - Sugeriu. - Colocamos ela para trabalhar como faxineira, e problema resolvido. Podemos até tentar outro emprego mas... Acredito que ela sequer tenha terminado os estudos, ou estou errado? - Perguntou se fingindo de pensativo.

- Eu não vou fazer isso. Lhe dar um emprego como esse seria praticamente devolve-la ao mesmo buraco de onde foi tirada, e eu não posso fazer isso. - Ele estava decidido a ajuda-la, e lhe ofereceria tudo do melhor. - Primeiro vou dar um jeito de conseguir vaga em algum colégio ou curso. Ela vai terminar os estudos. - Decretou. - E depois pensaremos em algo.

- Ian, o que... Exatamente você sente por ela? - Ele estava curioso por todo aquele interesse do irmão em ajuda-la.

- Eu gosto dela. - Largou de imediato, e pode ver, mesmo que disfarçada, a surpresa de Alfonso. - Mas não do jeito que você está pensando. - Se explicou, e Alfonso relaxou , porém, não havia acabado por ai. - Só que eu seria um tremendo hipócrita, se ganhasse reconhecimento por uma matéria que foca principalmente na dificuldade das prostitutas de arranjarem um trabalho, e serem aceitas na sociedade, e não a ajudasse. E além do mais, eu já disse... Ela virou minha amiga no processo, não poderia deixa-la la. - E nada mais precisava ser dito sobre isso, Ian se levantou, e foi indo em direção ao elevador. - Veja se ela ta bem ok? - Falou cansado antes da porta se fechar.

...

Anahí estava no quarto, terminando de arrumar suas roupas no armário. Ela se sentia estranha ali, e não sabia se era por estar ali, na casa de um desconhecido que não estava muito contente com sua presença, ou se era porque esse desconhecido, que conhecia muito bem seu corpo, fosse Alfonso. Falando nele, ela não viu quando ele entrou em seu quarto, e só o percebeu ali quando ele já estava atrás dela.

- Como você está? Acomodada? Precisa de Alguma coisa? - Era um tom debochado, e ela percebeu.

- Isso é sério?

- Ian me pediu pra vir ver se você estava bem, e bom... Aqui estou eu, sou um amor, eu sei. - Ela revirou os olhos. - Então, como você está? - Repetiu.

- Estou... - Não conseguia terminar, não sabia exatamente como estava. Se sentia agradecida pela ajuda, porém um pouco desconfortável por estar ali, e ainda sentida por tantos insultos que lhe foram ditos a tarde. Ele percebeu sua confusão, e resolveu por não incomoda-la.

- OK, se acomode, e boa noite Anahí. - Só que é algo estranho do universo, nada é por acaso. E não foi por acaso que ao se virar para sair do quarto, se bateu com ela, estavam próximos de mais enquanto conversavam. E ai já viu... Os corpos ali, colados, seus rostos bem mais próximos do que qualquer um dos dois gostaria, porém era inevitável, afinal, nenhum dos dois tinha a força de vontade necessária para sair dali.

Em um minuto eles estavam ali, parados, apenas se olhando, e no outro ele a havia encostado no armário, e já passava seus lábios pela colo dela. Os beijos foram subindo, e ao chegar próximo a boca, ela o parou.

- Vamos, eu já te beijei ontem Anahí. - E tudo que viu foi um par de olhos azuis, encarando-o, e logo em seguida se atirando no pescoço dele.

Alfonso a ergueu, ela prendeu as pernas em sua cintura, e a levou para a cama, onde os dois tombaram. Não havia carinho de apaixonados ali, porém também não havia a agressão com que Anahí estava acostumada por seus clientes. Ela tirou a calça dele, e após ver o membro do mesmo já ereto, começou a massageá-lo, enquanto ele se livrava do vestido que ela usava, e estourava sua calcinha. Após uns minutos, e os dois já desnudos, ela continuava massageando o membro dele, que por sua vez se concentrava nos seios de Anahí, ele passava a língua e mordiscava, deixando-a em um êxtase maior do que já estava. Ele largou os seios dela, e puxou a mão da mesma que estava em seu pênis, segurando-a junto com a outra acima de sua cabeça, voltando a beijar sua boca. Ela viu ele tirar uma camisinha da carteira, e coloca-la rapidamente, para então penetra-la, e ali, os dois exitados como estavam não se demoraram em chegar ao ápice, ele primeiro, que continuou com as estocadas até que ela tivesse o dela, que pela pressão em volta do pênis dele, desencadeou outro nele. Os dois ficaram boa parte da madrugada ali, sentindo e conhecendo os corpos de ambos ainda mais, porém engana-se quem pensa que foram os únicos.

Mane não tinha sequer noção do que estava fazendo, a unica coisa que tinha em mente era que precisava tê-la novamente, e ao dar inicio a madrugada, ele estava la, na mesma rua, atrás da mesma morena. Morena essa, que ao vê-lo ficou completamente boquiaberta.

- Quanto pela noite toda? - A mesma pergunta da madrugada anterior. A resposta veio quando ela o puxou pela mão, sorrindo, e o levou para o carro dele.

Todo CambioOnde histórias criam vida. Descubra agora