Capítulo 9

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O mês de julho chegava ao fim, e isso só podia significar uma coisa, que as aulas logo voltariam, e para Anahí, começariam. Ela estava animada, Ian já havia lhe dado o material que usaria, assim como uma lista dos livros que precisaria, livros esses que ela já havia começado ler.

Estavam ela e Nina, na sala do apartamento de Alfonso assistindo a um filme enquanto este trabalhava no escritório. Era dia de semana, porém, após Nina avisar que passaria o resto da semana no apartamento dele, este resolvera por trabalhar em casa. Mas na verdade a intenção dela era outra.

- Então Any. - Chamou, tirando a atenção da outra do filme. - Tudo pronto para voltar as aulas? - Anahí assentiu animada. - É, não quero ser grossa com você, e você sabe que eu não sou preconceituosa. - Anahí assentiu. - Mas você pretende ir com suas roupas para o curso? - Acontece que Ian, encima da hora lembrou que havia esquecido de leva-la para comprar roupas, e mesmo tendo lembrado, ele sabia que ela não aceitaria. Pudera, já estava sendo um sacrifício faze-la aceitar todo o material que ela precisaria, e ela só o aceitou pois ele frisava que era tudo necessário. Ele até recorreu a Maite, os dois haviam se tornado amigos após Anahí apresentá-los, porém esta não tinha muito como ajudar, sendo que desde que conheceu Anahí, a mesma gastava pouco com roupas, tendo no armário, em sua grande maioria vestidos, que ela usava com sobretudos, e poucas variações de peças, e era exatamente esse tipo de roupa que deveriam evitar. Então, quem melhor que alguém que trabalhasse na área para ajudá-lo com isso.

- Eu sei, já tinha pensado nisso... Mas não tenho dinheiro, e não quero pedir mais nada a Ian. - Explicou, e Nina assentiu rindo, Ian havia lhe advertido disso também.

- Não seja por isso. - Falou se levantando. - Eu compro pra você. - Decretou. - Assim você não precisa pedir a Ian.

- Não Nina, não posso fazer isso. - Não queria dever mais nada a ninguém.

- Anahí, eu fui a única que ainda não te deu nada, nem te ajudou com nada, desde que você chegou, anda! - A puxou pelo braço, na tentativa de levanta-la, porém sem sucesso. - Levanta e vamos.

- Mas você não tem a obrigação de me dar nada, sério, não quero nada Nina, obrigada, mas não posso.

- Anahí Portilla! - Ralhou. - Deus, Alfonso tem razão. - Anahí franziu o cenho. - Porque você custa a aceitar alguma coisa?

- Ele fala de mim pra você? - Agora ela estava curiosa.

- E muito. - Largou sem dar importância. Porém, para Anahí aquilo era novo. - Desde o primeiro dia que você colocou os pés nessa casa. - Nina falava aquilo como se fosse algo normal, tendo em vista que ele era seu namorado. - Agora vamos. - E puxou uma Anahí ainda surpresa do sofá. Ela não lhe daria outra opção se não a de ir as compras.

...

- Alfonso? - Chamou o namorado, que virou a cadeira e viu Nina com uma cara bastante pidona encostada na porta.

- O que foi meu Deus? - Falou rindo.

- Preciso de você. - Avisou, entrando no escritório, puxando-o da cadeira, e guiando-o para o quarto. - Preciso que leve a mim e a Anahí ao shopping.

- Mas você tem carro, e... Porque quer ir ao shopping? Mais roupas Nina? - Estava estranhando.

- Porque... Ora quem vai seguras as sacolas? Eu? - Perguntou obvia.

- Meu Deus, onde irei me meter?... - Pausou. - Me da quinze minutos.

- Muito mais que isso meu filho. - Apontou para si mesma. - Eu também vou me arrumar. - E ele passou a mão no rosto rindo de sua própria desgraça.

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