Anahí estava certa, foi descobrir no quarto mês de gravidez que estava esperando um menino. Estava com um Ian, que na hora fez a própria festa dentro do consultório médico, assim como os outros também fizeram quando os dois deram a notícia.
- E aqui meu irmão. - Ian apontava a câmera para Anahí, e levava a mão livre até sua barriga. - Está o seu garotão. - Falava sorrindo.
- Eu espero que ele goste... Sabe, que seja menino. - Ela comentou de cabeça baixa.
- Ele vai amar Any. - Ian concluiu, desligando a câmera, e puxando-a para um abraço.
...
Os meses foram passando, a barriga de Anahí, de plana passou para algo redondamente fofo, e foi crescendo, até seguir ao pé da letra o ditado em que diz "ela engoliu uma melancia" (o bom é que agora não precisamos mais imaginar uma Anahí gravida, é só olhar as fotos). Em meio a esses meses, Anahí conseguiu se formar no colégio. Infelizmente sua formatura foi algo mais triste do que feliz, afinal, faltava a pessoa mais importante ali. Quanto a Alfonso, ele continuava igual de desacordado naquela cama de hospital. Anahí e os outros iam dia sim e outro também visita-lo, e volte e meia cruzavam com uma Ruth igual de arrogante. Em meio a isso, Maite havia começado a faculdade, e por insistência de Mane, pela primeira vez, não fazendo uma tempestade em copo d'água sobre isso, ela aceitou deixar de trabalhar, e se dedicar unicamente a universidade.
Quando Anahí entrou no ultimo mês de gravidez, sendo isso já perto do final do ano, Maite e Nina começaram a se revezar, passando algumas noites com ela no apartamento, afinal, ela morava sozinha, e podia dar a luz a qualquer hora. Quem também estava envolvida com a gravidez de Anahí era Eiza, que fez questão de acompanhar algumas ultrassonografias, ignorando por completo uma Ruth que insistia em dizer que esse filho não era de Alfonso. Além disso, também se ofereceu para passar algumas noites com ela, nesse ultimo mês. Robert e Maggie também acompanhavam de perto, afinal, era seu neto, e bisneto ali. Nina se encarregou pessoalmente de ajudar Anahí com o enxoval, e por sorte, tendo o apartamento de Anahí dois quartos, um quarto mais fofo do que você pode imaginar para o bebe, fora montado, todo nas cores verde e branco.
Aconteceu perto a um amanhecer qualquer. Sozinho, naquele quarto de hospital, depois de quase sete meses, Alfonso finalmente abria os olhos. Ele estava confuso, porém entendeu que estava em um quarto de hospital, e conseguia se lembrar de alguns flashes do acidente, e principalmente de antes do acidente. Infelizmente, a primeira pessoa a descobrir que ele havia acordado não fora Anahí, ou Ian, ou nenhum deles, e sim Ruth, e por ser ela, boa coisa não poderia sair dai, e não saiu... Anahí e os outros passaram bem um dia sem saber que ele havia acordado. Por estar no estagio final da gravidez, ela não ia mais todos os dias visita-lo, e infelizmente, havia escolhido um péssimo dia para não ir fazer uma visita ao marido. Como nenhum dos outros fora visita-lo, e tanto Eiza como Robert, estavam crentes de que Ruth já havia informado a Ian, pelo menos fora isso que ela lhes dissera, nenhum deles, pela euforia que era imensa, se importou em chama-lo.
Mas outra coisa aconteceu na noite desse mesmo dia, era Maite quem ficaria com Anahí essa noite, as duas faziam o jantar, e por uma fração de segundo que Maite fora por a mesa, e Anahí seguia em frente ao balcão, esta sentiu uma pontada... Diferente, ela já vinha sentindo cólicas desde de manhã, porém sua médica havia dito que era completamente normal ter essas cólicas na reta final. Decidiu ir ao banheiro conferir o que era antes de alarmar uma Maite que ela sabia que se desesperaria, porém ao chegar lá, antes mesmo de entrar, sentiu o liquido escorrendo por entre suas pernas, e ela sabia que aquilo não era xixi.
- Maite, Mai. - Chamou amparada na porta, estava sorrindo, a dor ainda não era nada que ela não pudesse suportar.
- Eu? - A amiga foi até ela nem imaginando o que tinha acontecido.
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Todo Cambio
FanficSua vida não era algo da qual ela gostasse, nem seu trabalho algo do qual se orgulhasse. Ser pisada e humilhada por uma sociedade que em sua grande maioria é preconceituosa, não deve ser algo que se enquadre nos planos de alguém com apenas vinte e c...