Faltava uma semana para o natal, e os preparativos estavam correndo. Dessa vez, tanto Alfonso como Ian já haviam deixado bastante claro tanto para uma Anahí que protestou, como para sua mãe, que passariam o Natal com a primeira. Até pensaram em passar a noite do dia 24 na mansão Herrera, porém para não causar uma terceira guerra mundial, resolveram por passar no apartamento de Alfonso, e almoçariam no dia 25 com a mãe. Quem estava também correndo era Alfonso, corria para achar um presente para Anahí, porém conhecia pouco de seus gostos, por isso, recorreu a quem mais os conhecia.
- Poncho? - Maite abria a porta de seu apartamento com o cenho franzido, estranhando completamente a ida de Poncho até ali. - Aconteceu alguma coisa? - Perguntou.
- Aconteceu. - Falou, e viu a Maite séria e preocupada que se formou na mesma hora em sua frente. - Eu não sei o que dar de presente de natal para Anahí. - E viu Maite suspirar.
- Deus Alfonso. - Deu um tapa em seu braço, levando a mão ao peito em seguida. - Você me assustou. - Os dois riram.
- Pode me ajudar por favor? - Pediu com uma cara bem de cachorro sem dono, fazendo-a rir.
- Posso sim. - Disse voltando um pouco para pegar sua bolsa. - Anda, vamos para o shopping. - O empurrou para a porta.
Ao chegarem no shopping, Maite já sabia exatamente onde ir.
- Você tem certeza de que ela vai gostar? - Poncho segurava um perfume OMNIA na mão, ainda cheirando-o um pouco.
- Tenho. - Falou segura. - Alfonso eu e ela passávamos todos os malditos dias em frente a loja que vende esse perfume no centro, e sempre entravamos apenas para sentir o aroma. - Falou se lembrando. - Mas se quiser, podemos complementar esse presente com algo mais. - Sugeriu.
- Eu quero sim. - Respondeu a ela, então se voltou para a vendedora. - Embrulha dois para presente por favor. - Pediu.
- Vai dar dois a ela?
- Não, um é pra você. - Disse de repente.
- Poncho eu não quero, obrigada. - Disse.
- É uma pena que você não tenha muita opção. Porque não aceita de uma vez? - Perguntou. - Porque tem tanto receio de aceitar as coisas? Parece a Anahí. - Debochou. - Eu não vou tirar o perfume você. - Por essa ela não esperava, sabia muito bem onde essa conversa iria chegar. - Ele também não iria tirar nada de você. - Largou.
- Eu sei, bom, acho que agora eu sei. - Comentou baixando a cabeça, e só levantando quando a vendedora trouxe sua sacola com os perfumes.
- Feliz Natal Maite. - Ele entregou um dos embrulhos para ela. - Adiantado. - Riu.
- Obrigada. - Pegou, e o abraçou. - Vem, vamos escolher um colar para ela.
Oa dois ficaram por mais algum tempo no shopping ainda, escolheram um colar muito bonito por sinal para Anahí, e era fim de tarde quando Alfonso deixou Maite em casa. Era sábado, e ele ainda tinha um jantar com Anahí, Mane e Lis.
...
- E então ele foi buscar a bola, se achando o super homem que podia pular um muro daquela altura, e quebrou o braço. - O jantar foi no apartamento de Mane mesmo, e agora, Lis contava algumas molecagens que ela, Mane e Alfonso faziam quando criança. Ela era vizinha de Mane, e como Alfonso passava muito tempo lá, antes da mãe de Mane morrer, ele a havia conhecido também.
Para Anahí no começo havia sido difícil ficar ali com Lis, enquanto sabia que Maite estava em casa sofrendo pro Mane, porém ela era um encanto, e mesmo sendo melhor amiga de Maite, e vendo como ela estava, Mane merecia uma mulher incrível. Os quatro jantaram, e depois se sentaram na sala para conversarem. Levaram mais umas duas horas ali antes de Anahí e Alfonso decidirem ir embora.
- Any. - Mane chamou antes de ela ir para o elevador. - Pode entregar isso a Maite por favor? - Pediu, entregando duas passagens de avião e de ônibus para ela. - São para ela e um acompanhante... Que bom, seria eu quando comprei. - Deu de ombros lamentando. - Ela precisa disso, precisa ir vê-los. - Falou.
- Eu entrego sim Mane. - Anahí garantiu sorrindo. - Você é um cara incrível. - Falou antes de abraça-lo. - Espero, que mesmo que não seja com ela, você seja muito feliz. - Era verdadeiro, e ele pode sentir.
...
Anahí estava no dia seguinte no apartamento de Maite entregando as passagens de Mane.
- Ele comprou pra mim? Pra nós? - Maite pegava as passagens da mão de Anahí com os olhos marejados. - Ele não pretendia ir a lugar nenhum não é? - Perguntou o que só foi perceber quando saiu do apartamento dele, e viu Anahí confirmar.
- Finalmente você está entendendo. - Anahí falou. - Ei, não fique assim. - Anahí abraçou a amiga.
- Ele comprou passagens para que nós dois fossemos passar o Natal com meus pais. - Falou entre soluços. - E agora eu vou ter que ir sozinha. - Falou, soltando-se da amiga, que deu um suspiro antes de continuar.
- Eu vou com você. - Anahí falou.
- Não, não Any, você vai passar o Natal com Alfonso, está tudo bem. - Maite tentou impedir a amiga.
- Maite, eu já me decidi. - Era uma decisão tomada que Maite não conseguiria mudar.
Anahí esperou Alfonso ir busca-la, foi para a casa, e só depois de um bom sexo que começou no sofá da sala, terminou no chão, e teve segundo round na cama, foi que Anahí foi começar a pensar em como contar a Alfonso que não iria mais passar o Natal com ele.
- E como está ela? - Ele perguntava. Os dois estavam na cama, ela deitada em seu peito.
- Está bem quanto ao Manuel, mas não quanto ao Mane. - Começou. - Ela percebeu que o amava depois de perde-lo. - Contou.
- E como ela reagiu as passagens? - Ele sabia sobre isso.
- Feliz por ir ver seus pais, mas triste porque era algo que os dois deveriam fazer juntos. - Era ai sua chance. - Dai eu me ofereci para ir com ela. - Falou se sentando, e se virando para Alfonso que ainda assimilava o que ela havia dito.
- Você não vai mais passar o Natal comigo? - Conferiu, e viu Anahí negar baixando a cabeça.
- Você está bravo? - Perguntou.
- Queria estar, mas eu te amo de mais para estar... Além do mais, quando se tratar da Maite eu nunca vou contestar nada do que você faça porque eu também tenho um melhor amigo pelo qual já fiz varias loucuras. - Contou sorrindo. - Está tudo bem amor. - Tranquilizou trazendo-a de volta para seu peito, e dando um beijo no topo de sua cabeça.
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Todo Cambio
FanfictionSua vida não era algo da qual ela gostasse, nem seu trabalho algo do qual se orgulhasse. Ser pisada e humilhada por uma sociedade que em sua grande maioria é preconceituosa, não deve ser algo que se enquadre nos planos de alguém com apenas vinte e c...