Capítulo 45

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- Oi... Precisamos de você! - Essa era Nina, ligando para uma Maite cem por cento desentendida.

Nina, Ian e Mane passaram no trabalho de Maite para busca-la, e após explicar-lhe tudo, seguiram para o apartamento de Alfonso. Anahí estava lá, nas ultimas duas semanas ela chegava e sempre preparava algo para jantar com o marido, hoje, nada era diferente, apenas o fato de que quando o elevador apitou, "avisando" que alguém havia chego, não foi Alfonso quem saiu de lá.

- O que fazem aqui? - Perguntou saindo da cozinha.

- Precisamos conversar Any. - Ian se pôs a frente dos outros, e Anahí saiu da porta da cozinha, e foi para a frente do amigo.

- O que houve? - Mil coisas se passavam pela cabeça dela, mil tragédias na verdade, apenas por olhar a cara que Ian, Maite, Nina e Mane faziam.

- Alfonso... Sofreu um acidente. - Falou por fim, e aguardou alguma reação da amiga, que levou uma das mãos a boca, e sem perceber, teve seu rosto lavado por lagrimas.

- Ele esta... - Não conseguia completar a frase.

- Não. - Mane foi para a frente dela, baixando a mão que até então estava em seu rosto, e tratou de acalma-la. - Ele esta em cirurgia, e eu te prometo Any, que... Ele ta lutando com todas as forças pra ficar bem. - Ela assentiu, e  levou mais um tempo até que finalmente pudesse se mover.

Anahí passou pelos quatro sem sequer dizer uma palavra, e foi para o elevador, ainda chorando sem parar, eles a seguiram obviamente. Aconteceu no elevador, estava do lado de Maite,  e enquanto ele não chegava no térreo, enquanto esperava o que parecia ser o maior tempo de sua vida, ela simplesmente se virou para a amiga, que logo a abraçou, e chorou, Deus, como ela chorou. Não era mais quieto, era alto e agonizante para quem quer que estivesse ouvindo. O elevador finalmente chegou, os cinco foram para o carro, e pelo modo que Anahí apressou Ian, eles fizeram em cinco minutos uma viagem que no minimo levaria quinze.

- O que ela faz aqui Ian? - Ruth assim que a viu, saiu de onde estava, e foi em sua direção, porém Ian se pôs na frente, fazendo a mãe se bater com ele.

- Ela tem tanto direito de estar aqui quanto você Ruth. - Ele não a chamaria de mãe.

- Ela é uma aproveitadora, eu tenho provas disso, seu irmão também as tinha, eu te mostro...

- Eu não quero saber Ruth, eu não acredito em nada que venha de você. - Se virou, e foi falar com a avó e a irmã que já haviam chego.

Para todos que estavam ali, restava esperar, uma espera agonizante. Cada um se confortava como podia, uns sozinhos, outros no abraço de alguém, mas todos esperando por respostas, que no fim, se resumiam a uma... Você já deve imaginar o que. Maite estava sentada ao lado de Anahí, em uma cadeira da sala de espera, quando decidiu fazer algo, sobre um certo alguém que ela havia notado naquela sala de espera. O pai de Mane não estava lá, e para ela não interessava se Mane não o havia chamado, ela o faria, porque sabia que o filho mesmo sem admitir, precisava dele, e assim o fez, pediu o telefone de Ian emprestado, sabendo que este tinha o telefone do pai de Mane que ela não tinha, e o ligou.

Meia hora depois Mane pai, aparecia no hospital, ele cumprimentou Robert e Ruth, em seguida Ian, e parou na frente de um filho até então sentado, que olhou para cima, para o pai, e só então se deu conta do quanto precisava dele.

- Precisamos conversar. - Disse ao pai, e saiu da sala de espera, sendo seguido por ele. Os dois foram parar na cafeteria, porém sequer sentaram. - Essa é a sua chance. - Disse direto. - Quer me recuperar por completo, essa é a sua chance.

- Como assim? Porque? - Perguntou confuso.

-Porque eu preciso de você pai. - Era a primeira vez, em quase vinte anos, que Mane voltava a chamar seu pai de... Pai. - Mas você não pode me decepcionar, porque se não eu... Não vou aguentar.

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