Maite desceu daquele apartamento sentindo como se tivesse deixado seu coração lá, era uma dor que esmagava, uma dor que ela, nem em suas piores noites como prostituta havia sentido. Chamou por um táxi, e isso é muito importante ressaltar, tendo em vista de que se fosse meses antes, ela pegaria um metro, mesmo cheia de malas, apenas para economizar, e seguiu para o Brookline. Parou em um endereço que não era o seu. Como haviam inquilinos em seu apartamento, ela pediu a Jay e Erin que a deixasse ficar por uma noite, para pensar no que fazer. Ela desceu do táxi, e antes de entrar, parou um pouco respirando o ar fresco... Se sentia sufocar, e sabia que essa sensação não passaria tão rápido.
- Oi Mai. - Erin já havia notado a presença da amiga ali, e fora recebe-la.
- Oi Erin. - Disse antes de dar dois passos aos braços da amiga que já estavam abertos... Então ela desabou. Não era mais duas ou três lagrimas que escapavam, era um choro repleto de lagrimas pesadas e de dor... Muita dor. Ela já sabia que o amava, é obvio que sabia, mas não tanto assim. Terminara por descobrir isso da pior forma.
- Só preciso de um dia aqui ok. - Falou, as duas já haviam entrado, ela já havia finalmente parado de chorar, e agora estava na sala com a amiga. - Amanhã já acho um hotel, e fico lá até resolver o lance do meu apartamento, e...
- Mas é claro que não. - Erin a cortou. - Você realmente acha que vou te deixar ir para um hotel quando pode ficar aqui? - Perguntou.
- Erin não quero te atrapalhar.
- Não vai Mai. - Dessa vez era Jay quem respondia. Ele havia saído com Brooke a pedido de Erin, para que as duas pudessem conversar, e acabara de voltar.
- Tia Mai. - Brooke se soltou do colo do pai e foi correndo em direção a Maite.
- Oi princesa. - Disse carregando a menina, e finalmente sorrindo.
- Você vai ficar aqui com a gente tia? - Perguntou os olinhos esperançosos, Maite subiu o olhar para Jay, e em seguida para Erin.
- Ao que parece... Eu vou sim. - Respondeu para a miniatura em seu colo.
- Eba. - Disse abraçando-a.
...
Era um dia normal no escritório, exceto é claro, pela olheira de Mane que estava mais que evidente, também exceto, pela presença de Anahí, que resolvera por acompanhar Alfonso no resto de tarde que ele ainda passaria ali. Estava no escritório do agora namorado quando Mane entrou.
- Nossa Mane. - Anahí começou assim que o viu. - Isso tudo é a Maite não te deixando dormir. - Brincou, então Mane franziu o cenho.
- Você ainda não sabe? - Perguntou estranhando.
- Não sei o que? - Perguntou se levantando em um salto da cadeira em que estava. Viu ele suspirar antes de responder.
- Nós... Terminamos. Ela saiu do meu apartamento ontem. - Disse por fim.
- O que? - Deu um passo até ficar de frente pra ele. - Como você está?
- Você não está puta comigo? - Perguntou conferindo.
- Eu conheço a minha amiga, e eu estou vendo você. Eu sei que foi ela quem terminou por causa desse... Medo de algo que eu nunca vou entender. - Disse cansada.
- Vá ver ela ok? - Pediu. - Ela precisa de você.
- É por coisas assim que eu tenho certeza que não foi sua culpa vocês terem terminado. - Falou. - Eu vou. - Garantiu. - Poncho... - Falou, já percebendo que ele se levantava, provavelmente para leva-la. - Fique aqui com o Mane eu pego um táxi.
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Todo Cambio
FanfictionSua vida não era algo da qual ela gostasse, nem seu trabalho algo do qual se orgulhasse. Ser pisada e humilhada por uma sociedade que em sua grande maioria é preconceituosa, não deve ser algo que se enquadre nos planos de alguém com apenas vinte e c...