Capítulo 43

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Anahí e Alfonso chegaram próximo ao meio dia em Boston, resolveram por almoçar no restaurante do aeroporto mesmo, e só então foram para casa. Ao chegarem no andar o apartamento de Alfonso, ele repetiu a mesma coisa que fez para entrar no quarto de hotel, a tomou nos braços, e foi até a sala com ela assim.

- Pra que isso de novo? - Perguntou sorrindo.

- Porque eu quero. - Disse sorrindo de volta, deu um beijo nela, enquanto a colocava no chão, e só então voltou para buscar as malas.

- Onde está a Sandra? - Anahí havia ido a cozinha por água, e quando voltou de lá, ele já estava no topo das escadas, indo em direção ao quarto com a mala.

- Ah, eu dispensei. - Avisou.

- Como Assim? Para que? - Perguntou de cenho franzido.

- Porque... - Começou, descendo as escadas. - Nos ainda temos mais um dia de lua de mel, e a ideia é... Ficarmos sozinhos. - Respondeu parando em frente a ela que sorria travessa. Ela pegou a mão dele, e foi puxando-o escadaria acima, e em seguida o guiou para o quarto.

Alfonso saiu de lá quando já estava escurecendo, foi para a cozinha até Anahí encontra-lo uma meia hora depois.

- O que está fazendo? - Perguntou parada na porta com a toalha largada no pescoço.

- Nosso jantar. - Disse pondo mais farinha na massa que fazia.

- E será...

- Não é obvio? - Perguntou rindo, e levantando a massa para ela ver.

- Pizza, é claro. - Ele assentiu. - Essa é a única coisa que você sabe fazer né? - E viu ele abaixar a cabeça rindo. - Como aprendeu?

- Meu avô, o pai da minha mãe, ele me ensinou. - Contou. - Eu e o Ian passávamos as férias de verão na casa deles, nos Hamptons, e sempre tinha o dia da pizza, mas detalhe, era ele quem cozinhava. - Lembrava daquilo sorrindo. - Ian era menor que eu, não se interessava muito por aprender a cozinhar, mas eu não desgrudava o olho do que ele fazia, e não deixava passar nenhuma palavra. - Terminou sorrindo. - Sinto falta dele. - Confessou. - Ele era sério quando precisava, mas quando se tratava da família, ele se transformava em outra pessoa. - Disse enquanto terminava de preparar a massa. Anahí foi para trás dele abraçando-o.

- Eu tenho certeza que onde quer que ele esteja, ele também sente sua falta, e ele se orgulha do homem que o neto dele se tornou. - Disse abraçando-o forte, e encostando a cabeça nas costas dele enquanto ele montava a pizza. - Eu admiro muito em você essa sua força de vontade de se abrir comigo. - Disse depois de algum tempo. - Eu sei que você era um homem fechado, mas comigo você não é assim. - Ele se virou.

- E eu nunca vou ser. - Prometeu beijando-a.

...

Os dias foram passando, Anahí e Alfonso foram se ajustando, e quando digo ajustando, não é num sentido de ter que se acomodar, os dois já viviam juntos há tempo suficiente para que os problemas de horário e acomodação fossem passado. O ajuste a ser feito na recém formada família Herrera, era algo que Alfonso não queria por nada nesse mundo que acontecesse, ele não queria que sua vida com Anahí como casal, caísse na rotina. Quem havia caído na rotina, e em uma bastante pesada era Nina Dobrev, que com um desfile da marca Dobrev próximo a acontecer, começava seus dias as seis da manhã, e muitas vezes só voltava para casa quando já passava da meia noite. Ela passava o dia conferindo as roupas que ficavam prontas, definindo as modelos, os acessórios, Deus... Parecia que iria ficar louca, porém sabia que no fim, a recompensa seria maravilhosa.

Porém, algo aconteceu naqueles dias que vieram, finalmente, uma impaciente Ruth Herrera vira resultado ao trabalho que havia pedido a Jack Evans. Ele a havia ligado pela manhã, e logo no começo da tarde ela já estava na porta de sua casa, ansiosa em saber o que ele tinha para lhe mostrar.

- Consegui o que você queria Ruth. - Avisou, oferecendo a cadeira para Ruth, e pondo uma pasta, junto com um gravador encima da mesa em seguida.

- Um trabalho muito bem feito pelo que posso ver. - Comentou lendo o conteudo da pasta que Jack havia deixado, e escutando a gravação em seguida. - Devo confessar que apesar da demora, você foi brilhante. - Disse tirando um envelope de dentro da bolsa. - Aqui tem um
bônus. - Avisou se levantando com a pasta e o gravador. - Não preciso lembrar que nenhuma palavra disso deve ser dita a ninguém certo?

- É claro que não Ruth. - Acalmou. - Sou um tumulo. - Garantiu abrindo a porta para ela. - Volte sempre.

- Eu espero não voltar nunca. - Disse saindo.

...

E foram meses, e muitas horas presa no atelie até chegar finalmente ao dia do primeiro desfile da marca Dobrev. A passarela era em forma de triangulo, onde a ponta se cruzava na entrada da mesma. Em volta desta, cadeiras foram postas, estando boa parte delas reservadas para jornalistas, blogueiros, comentaristas, etc... Nina estava virada do avesso de nervosa, e mesmo com Ian, Maite e Anahí tratando de acalma-la, e ajuda-la, não era suficiente. Os lugares foram ocupados, algumas entrevistas foram feitas antes mesmo do desfile, e isso incluía a de Ian, que havia trazido uma equipe da revista para cobrir o desfile, e por fim, o desfile começava.

A coleção se chamava Réveiller, e eram peças agressivas ao mesmo tempo que elegantes, porém inspiradas pelo trabalho de grandes joalheiros do período Art Déco. O interessante, a brincadeira do desfile era o cruzamento que se davam entre as modelos, na ponta do triangulo a medida que uma ia saindo e a outra ia entrando. Finalmente, após cada uma das modelos passarem  pela passarela, e a ultima sair de lá, todas voltaram para ela dessa vez acompanhadas da estilista Nina Dobrev.

Houve um coquetel em seguida, onde Nina deu mais entrevistas do que pode se lembrar e tirou mais fotos do que gostaria. Estava um verdadeiro caco quando terminou tudo, e no carro mesmo antes de chegar ao apartamento ela dormiu. Sequer percebeu quando Ian a tirou do carro e subiu para o apartamento, e só foi acordar quando já estava no meio da noite, na cama, enrolada a um Ian que dormia profundamente ao lado dela.

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