Capítulo 36

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- O que? - Anahí apenas raciocinava as palavras que haviam saído da boca de Alfonso.

- Quero me casar com você. - Repetiu.

- Não faz sentido. - Ela saiu da frente dele, e começou a andar, enterrando as mãos no cabelo. - Você está sendo precipitado porque ta nervoso, e com... Raiva, está apenas me pedindo em casamento para que eu faça o que você quer, mas não vai adiantar. - Disse.

- Eu sei que não. - Ele a acompanhou com o olhar, e quando ela parou, ele se virou para ela. - Não quero que você se case comigo para fazer o que eu quero, e nem que eu quisesse, e eu friso mais uma vez, que não quero, você o faria.

- Então me dê um bom motivo se não esse para você querer se casar comigo Alfonso. - Pediu, e viu ele se endireitar, dar um passo a frente, mas não chegar tão perto dela como estava antes.

- Você quer um motivo? - Ela confirmou. - Muito bem, aqui vai o seu motivo. - Respirou antes de continuar. - Antes de você e Maite entrarem nas nossas vidas eu... Tinha, não medo, mas receio do mundo de vocês, e via o meu mundo como sendo perfeito. Mas dai, vocês entraram nas nossas vidas, e eu comecei a perceber que no seu mundo tinham as partes boas também... Vocês eram essas partes boas. Não era tudo uma merda como eu achei que fosse. - Pausou. - Mas, eu continuei acreditando que meu mundo era perfeito, até eu ver a Maite fugir dele, por medo de algo que eu nunca consegui ver, mas ela sim viu. E dai, eu comecei a ficar com medo. - Confessou, e ficou um tanto mais tenso que antes, confessar seus medos, não era bem o forte de Alfonso, e Anahí já havia entendido isso. - Digo, eu sei que o meu mundo não é perfeito como eu achava que era, mas eu ainda não achei essa parte dele que me deixa com medo, eu só... Tenho medo. - Agora sim ele se aproximou dela. - Mas ai é que ta, quando eu estou com você, eu não tenho medo.

- Poncho não precisa ter medo. - Ela pôs uma das mãos em seu rosto, e ele pôs a sua por cima.

- Você faz com que eu me sinta seguro. - Contou, como se fosse um segredo. - E essa é uma das razões do porque eu te amo, e do porque quero me casar com você. - Disse. - Mas você ta errada, eu não estou me precipitando por estar em um momento de nervosismo e raiva, se fosse assim, eu não teria isso. - Ele tirou uma caixa de veludo do bolso da calça, e ao abrir, mostrou um anel de ouro com um solitário encima. - Não teria tempo de sair para comprar agora certo? - Perguntou, e ela vidrada no anel como estava, apenas negou com a cabeça. - Eu pensei... - Ela voltou a olha-lo. - Em mil maneiras de te pedir em casamento, pensei em te levar pra... Nova York, Dubai, Vegas, e dai nós... Nos casávamos lá mesmo. - Riu... De nervoso mesmo. - Mas dai a Maite me ligou, e me disse que você estava visitando o Manuel, e eu... Fiquei tão desesperado, minha cabeça foi a mil pensando que algo poderia acontecer com você...

- Mas eu to bem. - Sussurrou tranquilizando-o.

- Eu sei, eu sei, mas... Eu pensei, pensei que poderia te acontecer alguma coisa, não pude evitar pensar no pior, e dai... Todas as minhas ideias de te pedir em casamento, iriam por água a baixo, e eu percebi que, o lugar não importa, a maneira não importa, afinal, olha como eu to te pedindo... - Gesticulou. - A unica coisa que importa é que você diga sim, sim para ser minha esposa, sim para se tornar minha, e eu me tornar seu... Mais do que já somos um do outro. - Ele parou, respirou fundo e então perguntou. - Então Anahí... Quer se casar comigo? - Perguntou com a caixa aberta em sua mão.

- Sim. - Respondeu após algum tempo, com o maior sorriso que já havia riscado seu rosto, e inclusive com uma lagrima que caia no canto do olho. Ele pôs o anel em seu dedo, e em seguida a puxou para si, beijando-a.

Ele a carregou no colo, e ela enlaçou suas pernas em volta de sua cintura. Ele começou a andar pela sala, em direção as escadas. A tentativa de subi-las foi um tanto falha, pois a pressa dos dois era muita, tanta, que ele a parou na escada mesmo, arrancando sua blusa fora, e ela já foi abrindo o cinto e a calça dele. Ele tornou a carrega-la, e ao chegarem no quarto a tombou na cama, tirando sua calça, sua calcinha, e por ultimo seu sutiã. Ela precisava arrancar fora sua calça, e precisava tê-lo dentro de si, tanto quanto alguém precisa de ar, então ele, ao perceber isso, tirou a calça, e a cueca, e sequer parou paras preliminares, entrou nela, que arfou, e cravou as unhas em suas costas. Ele a deixou relaxar por um tempo, antes de começar as estocadas. Foram rápidas e maravilhosas como sempre, os dois gozaram algumas boas vezes, antes de se ajeitarem na cama, arfando de cansados, e ele com a testa suada. Ela estava deitada em seu peito, que tinha um dos braços em volta dela, nenhum dos dois dormindo, apenas um escutando a respiração do outro, então, ela levantou a mão esquerda, analisando seu anel.

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