Se vocês pensaram que o fato de Anahí ter se mudado do prédio onde vivia, e que apenas Maite soubesse onde ela morava agora, iriam fazer Manuel Velasco se esquecer dela, e deixa-la viver em paz... Estão redondamente enganados. Ele sabia que perguntar para Maite onde ela estava, era a mesma coisa que nada, pois ela não lhe diria, então, resolveu tentar por si só descobrir onde ela estava morando. Não era apenas o dinheiro da divida que ele queria, quando se tratava de Anahí, ele ficava obsessivo. Levou algum tempo, tempo esse, que o deixou mais impaciente do que já era, e não foi fácil. Após muita busca, ele finalmente descobrira com uma das inúmeras prostitutas que conheciam Anahí, o nome do homem com quem ela a cerca de dois meses atrás vinha se encontrando. Ele tinha ciência do que lhe havia acontecido, sabia que um ricaço a havia levado para Deus sabe se la onde, e que agora ela estava levando uma vida diferente, melhor e digna. Todos do prédio que um dia ela morou sabiam disso. Ao saber o nome do sujeito, precisava descobrir onde este morava, demorou, mais ainda pelo fato de que ela estava morando no apartamento de Alfonso e não na casa de Ian. Ele ( Alfonso ) não era figura publica nem nada disso, porém era herdeiro e trabalhava em um dos escritórios de advocacia mais respeitados não só de Boston, de Massachusetts, logo, descobrir onde ele morava não era uma tarefa tão difícil assim.
Manuel tirara uma tarde para ficar esperando próximo ao prédio onde ele e agora ela moravam, não sabia seus horários, nem se ela tinha saído ou se estava em casa, porém não sairia dali até que ela aparecesse... E ela apareceu. Era dia de semana, ela tinha aula, voltava para casa perto as três e meia.
- Quem é viva sempre aparece né? - Anahí estava concentrada em algo em seu celular, não o havia visto antes, até que ele se pronunciou.
- Manuel? - O olhou assustada. - O que faz aqui? - Tentava pensar em uma maneira de correr e entrar no prédio, porém estava cheia de coisas, e ele certamente era mais rápido e a alcançaria.
- Olha só pra você. - Falou malicioso, olhando da cabeça aos pés para uma Anahí que havia estancado no lugar, assustada. - Toda arrumada, toda descente, com um celular moderno. - Se aproximou dela. - Você não me engana Anahí. - A pegou pelo braço, apertando forte, pouco se importando se a estava machucando ou não. - Continua sendo a mesma vadia, prostituta de sempre. Vamos. - Avisou, começando a andar, puxando-a junto.
- Me solta Manuel. - Pediu, tentando se soltar. - Me solta ou eu vou gritar.
- Grita pra ver o que te acontece. - E com essas palavras ela sentiu um calafrio na espinha.
Não sei se foi sorte do destino, ou Deus se apiedando dela, porém Alfonso havia terminado cedo o que tinha para fazer no escritório esse dia, logo, voltara para casa mais cedo do que o normal, e a cena que viu, ao aproximar o carro da entrada da garagem, foi de uma Anahí, que lutava para se soltar, sendo praticamente arrastada por alguém que ele nunca havia visto na vida. Ele tratou de estacionar o carro com pressa, e de qualquer jeito, saindo com ainda mais pressa dele.
- Ei. - Chamou, e tanto Manuel como Anahí se viraram para ele. - Solte ela.
- Quem é esse? O rico com quem você está dormindo para ter tudo isso sua vadia? - Falou, porém não a soltou, Manuel era forte e se confiava de mais, afinal, o que aquele riquínho poderia fazer? Porém, não se subestima um Herrera.
- Eu mandei solta-la. - Chegou perto o suficiente para puxa-lo pela gola da camisa, fazendo então soltar Anahí que foi praticamente jogada para o lado oposto dos dois, conseguindo evitar uma queda que seria feia. Alfonso o deixou de lado, e foi para perto de Anahí. - Ei. - Chamou, segurando seu rosto com as mãos. - Você está bem? - Ela assentiu. - Quem é ele? - Perguntou, ignorando o fato de que Manuel continuava ali.
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Todo Cambio
FanfictionSua vida não era algo da qual ela gostasse, nem seu trabalho algo do qual se orgulhasse. Ser pisada e humilhada por uma sociedade que em sua grande maioria é preconceituosa, não deve ser algo que se enquadre nos planos de alguém com apenas vinte e c...