The Runaway |l.p|

Capítulo 11

(eu estou bué feliz, OMG já preenchi uma fila de leitoras skldfsif

mas não percebo porque é que não comentam :C

mas as meninas que comentam são SUPER FOFAS e eu tenho de lhes agradecer muitoooo :D

se alguém quiser o capítulo é só dizer !

Não se esqueçam de comentar e votar 

xoxo)

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Abanei a cabeça disposta a afastar estes pensamentos e comecei a abrir as portas dos armários à procura dos adereços para fazer a comida. Tive de lavar algumas tijelas que ele tinha usado pois não havia mais.

“Acho que são todos” ele acabou por admitir colocando os ingredientes sobre a mesa depois de fechas a despensa. Olhei-o sorridente e questionei-lhe que tipo de bolo ele queria fazer. “Chocolate” Respondeu quase que imediatamente e eu ri-me da sua felicidade. Parecia uma pequena criança e isso era adorável. Pára de achar adorável a tudo o que ele faz.

“Falta a manteiga, os ovos e depois as natas e o leite para o recheio” Avisei-o e ele quase que correu para o frigorífico tirando o indicado de lá de dentro. Ele parecia bastante feliz com aquela ideia e eu nem me esforcei para perceber porquê, eu própria estava a gostar do momento.

Aproximei-me do forno ligando-o e ele ergueu o sobrolho confuso com a minha atitude. “Estás a ligar o forno já?”

“Claro tótó” Ri-me da sua expressão confusa e revirei os olhos. “O forno tem de já estar quente quando metes lá  a massa” Expliquei começando a dispor os ingredientes e recipientes organizando-os para ser mais fácil. Tentei recordar-me da receita na minha cabeça e não demorou muito a lembrar-me dela, costumava fazê-la muitas vezes.

Aliás havia muita coisa que costumava fazer e deixei de fazer. Os nossos hábitos por vezes são alterados como os nossos sentimentos e a forma como olhamos as situações. Porque, de facto, não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito disso. Tinha medo que a minha visão perante Liam fosse alterada por alguma razão porque eu gostava de o ver desta forma apesar de saber que era errado o que estava a fazer, mas pior do que tudo isso, tenho medo que ele mude a sua visão perante mim.

“Parte o chocolate e mete-o o na tijela junto com a manteiga.” Passei-lhe os objectos, já com a manteiga devidamente cortada, e ele assentiu obedecendo afastando-se para a bancada e ficando de costas para mim.

Comecei a partir os ovos deixando-os cair para o interior de uma das tijelas e um silêncio instalou-se por alguns minutos. Queria dizer alguma coisa, mas eu não sabia bem o quê e não queria parecer muito chata ou enfadonha com uma conversa sem conteúdo por isso decidi ficar calada e deixar que fosse ele a quebrar esse silêncio. Tinha muitas perguntas para fazer mas custava-me bastante a fazê-las porque parecia um pouco ingrato questionar a sua bondade, ele já fez tanto por mim.

“Estás bem?” A sua questão apanhou-me de surpresa e eu tive de me concentrar para procurar uma resposta. Mas eu não entendi ao que ele se referia. “Tu sabes… aquilo de ontem” acabou por acrescentar ao aperceber-se da minha confusão. Olhei para as suas costas e apercebi-me que ele estava inseguro quanto ao abordar aquele assunto e eu sorri ao aperceber-me de que ele não me queria pressionar. Ainda assim suspirei ao recordar-me.

“Sim, estou” Respondi retomando a minha tarefa.

“Ainda bem.” A sua resposta foi bastante curta e o silêncio instalou-se novamente. Desta vez era um pouco mais constrangedor do que antes e o ambiente pareceu ficar um tanto desconfortável. Tinha medo que ele me achasse fraca ou que pensasse que eu deixei aquilo acontecer.

“Lutas muito bem” Decidi ser eu a quebrar o gelo e consegui perceber que ele parara o que estava a fazer. Talvez não devesse ter dito isto, mas agora não havia volta a dar e se eu não dissesse mais nada ia ser pior. “Onde aprendeste?”

“Eu… tive alguns problemas em criança, por isso tive de ter aulas de boxe para me defender” Respondeu constrangido e eu senti-me mal por ter puxado o assunto. Irónico.

“Deverias posicionar melhor as pernas” Atirei sem me aperceber do que dissera. Foi simplesmente instintivo quando me recordei da maneira como actuara naquela noite. Tudo estava correcto excepto aquele pelo pormenor.

“Desculpa?” Liam parecia um pouco ofendido e voltou-se para mim espantado e indignado. Fitei-o sem saber bem como prosseguir. Bem, ao menos que seja a verdade.

“Deixas as pernas muito juntas, é fácil perderes o equilíbrio e o adversário pode usar a tua força contra ti próprio.” Esclareci encolhendo os ombros e sem dar grande importância ao assunto. Não era nada de mais e não esperei que ele ficasse tão ofendido.

Os seus olhos esbugalharam-se e eu fiquei confusa. Seria aquilo assim tão importante para ele? Se calhar era a sua masculinidade a falar.

“Para a próxima vou pensar no teu conselho, obrigado” resmungou quase entre dentes virando-me as costas de novo.

“Hey, só estou a tentar ajudar!” Elevei o meu tom de voz um pouco zangada com a sua atitude. Parecia uma criança mimada e eu detesto que hajam assim comigo, principalmente quando só estou a tentar ajudar.

Ele não respondeu, ao invés, batia com as tabletes do chocolate na bancada com muita brutalidade fazendo um ruído enorme e perturbador.

“Qual é o teu problema?” Acabei por gritar irritada, captando finalmente a sua atenção.

“O meu problema?” Ele voltou-se atirando o chocolate para cima da bancada e dando um passo na minha direcção. “Eu não tenho problema nenhum, tu é que parece que tens um problema comigo” Gritou mais alto que eu e eu dei alguns passos assustada com a sua atitude. Abria e fechava a boca várias vezes à procura de palavras para lhe responder mas não encontrava nenhuma pois o seu olhar sério e zangado não me permitia.