As mãos de Liam pressionavam o fundo das minhas costas contra o seu corpo. Precisávamos de respirar, mas não era isso que nos obrigava a separar. Lentamente os nossos pés moveram-se e, aos encontrões, dirigimo-nos para as escadas que fomos subindo tremula e abruptamente.
“Tens a certeza disto?” Ele questionou preocupado antes de abrir a porta do seu quarto para que os dois entrássemos e caíssemos no conforto da sua cama.
“Não.” Respondi tornando a assaltar a delicia dos seus lábios e provando uma vez mais o saber do seu desejo. Demorou algum tempo até ele nos virar pressionando o seu corpo sobre o meu e os seus olhos encontrarem os meus.
“Não quero que faças nada de que te arrependas Melanie.” As costas da sua mão passaram levemente no meu rosto e pescoço. A sua pele fervilhava contra a minha esperando que todo o espaço existente se desfizesse.
“Tarde de mais.” A minha mão saltou para o topo da sua cabeça e puxei os seus cabelos obrigando-o a beijar-me de novo. Não tinha razão sobre os meus actos, guiei-me simplesmente pela vontade grotesca que tinha daquele homem. Cede do seu sabor e das suas palavras.
As nossas roupas abandonaram os nossos corpos com pesar e lentidão, como se o momento tivesse de ser prolongado e contínuo. Liam puxou os lençóis e as minhas costas embateram no último de todos. A minha cabeça pousou na almofada e só quando finalmente o encarei, reparei no brilho intenso que provinha dos seus olhos castanhos adocicados. As minhas mãos viajaram até à sua cara emoldurando-a nelas. Depois senti-me obrigada a agarrar os seus ombros pressionando-os ligeiramente quando o senti dentro de mim. Quente, languido, imaturo, aconchegante. Os choques eléctricos percorriam o meu corpo desde as minhas pernas enroladas em redor do seu corpo até ao meu peito sedento. Sentia-me quente e desejosa de mais e mais. Os seus grunhidos perto do meu ouvido incendiavam ainda mais a sensação de prazer que me era proporcionada. O seu corpo era suspenso sobre um dos seus cotovelos e a mão livre hirta na minha coxa, enquanto ele se movia em mim nos movimentos vaivém prazerosos.
O calor invadiu o meu corpo fazendo-me perder a consciência por alguns segundos, de hormonas descontroladas gritei o seu nome e arranhei as suas costas, descaindo pouco depois. Não demorou muito mais a que depois ele atingisse o seu auge e caísse do meu lado, ofegante. Fixei o tecto à procura de explicação para o que tinha acabado de acontecer, mas era impossível descreve-lo. Nunca na minha vida havia passado por algo tão intenso e… perfeito. Não que ainda fosse virgem, mas nunca me tinha sentido desta forma.
Senti os braços de Liam rodearem o meu corpo humedecido e pouco depois encostei o rosto no seu peito adormecendo sem demoras.
Na manhã seguinte Annie e Marina deixaram-me o almoço pronto, já que acordei perto das duas da tarde. O Liam já tinha saído e provavelmente devia estar a chegar para almoçar. Vesti uma das suas camisas Tartan que me ficava a meio das coxas e apanhei o cabelo dirigindo-me ao andar debaixo.
“Parece que alguém teve uma boa noite.” Annie comentou com um risinho enquanto guardava as suas coisas para se ir embora. Olhei-a chocada vendo-a revirar os olhos e rimos as duas.
“Isto é estranho, mas pareceu a melhor noite da minha vida.” Comentei com um suspiro enquanto retirava a comida da travessa para dois pratos.
“Imagino.” Ela suspirou também colocando a sua mala ao ombro. “Bem vou andando, até amanhã.” Despediu-se com um aceno ao qual respondi com um sorriso e pouco depois a porta fechou. Pois depois ouvi o mesmo som e sorri parvamente pensando ser o Liam.
Mas não ouvi ninguém chamar por mim, como ele sempre faz quando chega a casa. Deixei tudo pronto na mesa e dirigi-me à sala vendo a mulher especada a olhar-me ameaçadora. Engoli em seco com a amargura presa no seu olhar e aproximei-me timidamente.
“E-esqueceu-se de alguma coisa Marina?” Perguntei nervosa. Suspeitava que ela soubesse a verdade, era impossível não saber pela forma como me olhava. As minhas entranhas revolveram-se e senti as lágrimas dos nervos amonturem-se no canto dos meus olhos, prontas para cair.
“Eu sei quem tu és.” Falou-me em português e eu senti a amargura descer pela minha garganta. Recompõe-te Melanie.
“Desculpe?” Perguntei em inglês tentando a todo o custo fugir da situação. “Não percebo o que diz.”
“Não te faças de sonsa, eu já sei quem tu és!” Gritou-me enquanto dava grandes passos na minha direcção. Recuei com medo do que ela me pudesse fazer e senti o terror tomar conta do meu corpo.
“O que é que quer de mim?” Acabei por perguntar na minha língua materna sentindo a parede nas minhas costas.
“Isso pergunto eu! O que é que tu queres dele? Pessoas como tu deviam apodrecer na cadeia e não estar a viver no luxo como tu estás. Criatura do Diabo.” Grunhiu-me ferozmente. Senti o mundo cair nos meus ombros enquanto o meu corpo ameaçava desfazer-se em pedaços.
“Não me conhece, eu não sou igual a ele.” Murmurei aflita. “Eu fugi, eu não sou como ele.” Repeti enquanto sentia as minhas bochechas arderem pelo sal das lágrimas.
“Eu não acredito em ti!” Atirou rudemente. “E é bom que contes ao menino Liam a verdade, ou então eu o farei!” Ameaçou voltando a afastar-se para se ir embora.
A porta de casa abriu revelando um Liam sorridente e bem disposto que acabava de chegar a casa. A empregada lançou-me um ultimo olhar antes de se despedir do cantor e sair porta fora. O moreno fitou-me perdendo o sorriso e correu na minha direcção analisando-me pormenorizadamente.
“Mel, o que se passa? Estás a chorar porquê?” Perguntou com a preocupação evidente na sua voz. Não tinha coragem de encará-lo ou de lhe dirigir a palavra, estava bloqueada na conversa dos minutos anteriores.
E agora?
(Eu não era para postar, mas como já ninguém anda a ler esta fic e eu quero despachá-la acabei por fazê-lo xD
Bem, tal como disse a parte mais importante da fic está a chegar so... that's it ahah
espero que estejam a gostar
POR FAVOR VOTEM E COMENTEM SIM?
xx )
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The Runaway |l.p|
Fanfiction"O meu país não é longe, não é do Oriente, nem pobre. É bonito e as pessoas sorriam. Fazia sol e as pessoas dançavam alegres. No entanto isso acabou. As muralhas de ferro e arame ergueram-se em redor das nossas fronteiras. Fechou-se ao Mundo. Erguer...