A Nudez do Tempo

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Viste o tempo, n'uma esquina de cores
abatiam-se as indiferenças...
N'um escasso maciço de esperança,
ficou as flores em abajur, lá em solitária;
enquanto as lágrimas corriam contra o tempo...

As palavras escondiam-se em medos
em vozes abandonadas n'um logradouro qualquer
Batiam as frentes do meu peito, e nela subentender
que nada sou, perto do que realmente sou...
Me diziam dentro de mim, algo fora do meu entendimento:
- " a chave das palavras encontram-se no teu abrigo: o coração."

Enquanto as lágrimas corriam contra o chão do lamento
buscava erguer sobre às minhas custas
Tão doloridos eram nas vigilâncias do meu próprio ombro
que, sem mais no porquê, carregava as próprias responsabilidades.
Em todos os porquês, as respostas. E respostas? Nulas.

A nudez do tempo revela-me a intenção
em carne e osso, sofreis-me a exposição!
Em tudo feristes a alma, em tudo avistes a calma...

Um coração em meu tempo
Sobre o tempo, revelam-se a emoção...

Descolorindo, e revelando-se em preto-e-branco
- sem luxo, sem maquiagem e sem pudor...

As Crônicas de Uma Poesia AusenteOnde histórias criam vida. Descubra agora