Diz...aqui dentro, do meu peito
Logo mais, terá feito o mesmo desprezo
por perceber que sou incapaz...Paz...um preço alto, um custo
no meio de tanta gente, um luto
uma bandeira que hasteia eficaz...Embora...meus trinta anos, tanto tempo
Vivendo meu jogo, meus lamentos
por defender meu próprio rapaz...
Logo...já te digo, não fará mais sentido
diante de um mundo, poucos amigos
entregam meus lúcidos, tão perspicaz!Olha...meus sonhos não são de barro
Nem de moinhos, ventos ou pedaços
que possam desfilar todo meu contumaz...
Mas...fora isso, eu até me entendo
sou preso tanto por ser eu mesmo
que esqueço que sou livre, tão audaz!Ouça...a voz que clama é um insulto
Por faltar palavras por tanto repúdio
- que dizer deste mundo, tão mordaz...
Sei...que o tempo é a certeza dos caminhos
sonham flores, e sucumbam os espinhos
que levam - à mim - um espírito tenaz...Fiz...meu próprio retrato, uma culpa
Por valer mais que algumas desculpas
que parecem um pequeno gilvaz...
Entenda...não sou eu que devo omitir
as verdades que costumam 'cuspir'
pois digno é o que vive pela paz...Paz...um preço alto, um vetusto
no vazio de tanta gente, um obscuro:
- uma bandeira que hasteia jamais...
(...pelo peito que aflora, todo capaz!)
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As Crônicas de Uma Poesia Ausente
PoésieA poesia que sempre se ausenta: logo, o autor se abrevia. Um misto de diferentes composições transformam um mundo, onde a poesia encontra o seu lugar. De mim, apenas as palavras. De alguém, apenas suposições. Do universo, espero as conspirações à me...