Equilíbrio Distante

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Sorriu e assim foi. Um instante. Quase de imediato.
Compreendemos o que ainda não sabemos.
Sabemos o que ainda não há o que compreender.
Um sorriso teu faz um laço infinito, um bordado vermelho
envolto de sons enigmáticos...como não retribuir?
Mas, assim foi.

Lembro-me um dia. Faço questão de me esquecer.
Pensar nos outros, e repensar dentro de mim.
Um caminho. Uma volta e meia. Uma vida: inteira.
Trago p'ró meus braços, e faço-me casa, o teu descanso.
Dou-lhe a chave de minha dignidade, e sem sofrer.
O que esconder? Nenhum vestígio atravessa o atlântico, de alto-mar.

E de longe, avisto você. N'um silêncio como a quem descansa. Ou desperta.
Algo que se esconde por muito tempo, será algo como um livro aberto.
E, dali, o medo. As confissões. Os erros.
Mas, como esconder? Guardar por dentro, o que - por fora - não se percebe?

Percebi. E de meus olhos, a ligeira dispersão da alegria.
Uma dose divina, um cálice de eterna curiosidade. Um aviso, aviso é!

E, de todos os meus equilíbrios...será sempre o que me ocorre.
Socorre-me ao que ainda estou sob naufrágio.
Profundo. Profundo amor, como não se entregar?

Amor, um longe de tudo.
Um pouco de saudade.
Tudo, na sua vez.

Sorriu e assim foi. Para sempre...

As Crônicas de Uma Poesia AusenteOnde histórias criam vida. Descubra agora