Rio de Janeiro ( Chuva de Março)

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Segunda, chegou...no transparecer do amanhã.
Todos os dias nem sempre são iguais.
Choram ali, e ninguém vê.
Imploram ali, e todos na tevê.
Fingem ali, e jornal à ver:
- O mundo, eis n'um simples segundo.

Ah...a vida n'uma copiosa drama de novela.
Tantas tarjetas, tantas brigas...nos revela!
Quem cantou e, por esta, invadiu o coração?
Quem cantou e, por esta, entendeu-se a intenção?
Toda miragem é um alvo, e quando chega perto...cadê?
- Ainda são os quilômetros adiante...

Rio, são tantos rios desabrigados.
Lágrimas, as que ninguém enxugou.
Do lugar abstrato de tantas construções
Pontes viárias que chegam aos corações
...não vão chegar, e nem descobrir
que as simples coisas estão no olhar...

Rio, são tantos rios desabrigados.
São tantos, que um dia virou noite.

E assim, chorou.

As Crônicas de Uma Poesia AusenteOnde histórias criam vida. Descubra agora