Entre o Homem e a Criança

1 0 0
                                    

Abriam-se as feridas, cobriam-me lentamente em dor
Corriam-se as velas, sobreposto n'um rio de lágrimas
Enquanto o eterno se pôs, avistou as luzes atemporais
Enquanto o tempo, e haja tempo...foi buscar alguma paz...

Uma criança em mim cabe-se bem mais que sonhos
Uma criança em mim sabe-se do teu valor
Vejo a tua sombra de inocência, e sigo à crescer
Vejo a tua sabedoria e ciência, e sigo à sonhar
Vejo a tua alegria e decência, e sigo à aproximar

À alguém que ainda posso ser
n'um dia em que meus sonhos vão despertar
Abram-se as cortinas, reascendam as luzes
- sobre este solitário palco, diante de plateias reacionárias...

Vou voltar a ser criança.
E permita-me crescer...

As Crônicas de Uma Poesia AusenteOnde histórias criam vida. Descubra agora