A Poesia do Eu Censurado

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Tanto quanto o meu apreço
Nunca houvera tanto despeito
Por acreditares em vidas passadas
Por acreditares em nuas espreitadas

Porquanto eu sei que, em adiante
Vou fugir como um farol incessante
Por demasiar demais em tolices
Por demasiar demais em sandices

Assim sou o que deveras ser
Nada sei o que me comportas
N'um flagelo em tempos, ousados tempos
Conviremos todos os trajetos em anteportas

Tanto quanto o meu desejo
N'uma espécie de quintalejo
Por cada metro cúbico de nossas feridas
Por cada metro cúbico de nossas despedidas

Porquanto eu sei que, em sonante
Vou persuadir como um interprete arfante
Por despojar demais em palavras
Por despojar demais em lavras

Assim sou o que deveras ser
Nada sei o que me comportas
N'um flagelo em tempos, ousados tempos
Conviremos todos os trajetos em anteporta

As Crônicas de Uma Poesia AusenteOnde histórias criam vida. Descubra agora