Retratos de Cotidiano

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Encontro por meia tarde, pro meu indeciso perceber
Tão singular quanto as provisões do teu ego
E n'um pequeno imprevisto, havia um certo destemido
que paira sobre as palavras, e qual ela seria?

Junto à quem deve, mundo à quem vive
São dois espelhos, retratos de cotidiano
Desencobrem as vergonhas alheias
De cada taba de um índio, de cada falha de um mesmo consigo...

São pequenas forças, e nada impera sobre a saudade
de recortes de jornais, de revistas atemporais
Vendendo ao que nos é vendido aos olhos
Prendendo ao que nos é prendido aos corpos

E ali o concreto, e do pouco afeito - de ruas enfeitadas
creriam alguém, que desvinculassem à sua realidade?
Pouco é o que se foi, agora é o que se terá
dentro de tudo, fora de nada
Longe, e nem perto da jornada.

As Crônicas de Uma Poesia AusenteOnde histórias criam vida. Descubra agora