Mares e Dores

3 0 0
                                    

Despertais-vós os que dormem
Desvanecidos de vossas ignorâncias.
Apartou-se de qualquer dissimilaridade
Despertou outroras em vossas impaciências.

Deras, quem, os vossos ofícios?
Combalidos sejam as suas descrições.
Do ferro atento, em fogo cometido
Serás, aos poucos, de suas distinções.

Verás as feridas, inculpidas pelo fio da espada.
Seguirás o fluxo do rio sangrento, sobre teus pés.
Dos inimigos, haja lâminas dos teus medos;
Combaterás o mal em teus segredos...

Pois! Do outro encenamento, uma história.
És os teus padecidos, a coragem que os ferrenham.
És os teus compadecidos, a verdade que os emprestam.
És os teus agradecidos, a fé que os impressam.

Partiu luz! E dos enfurecidos, de alvorada noite.
Permitiam-nos sobre nós, dos corpos desmerecidos.
Coragem, pois! Avançam-nos, despertos...

E do ardor de qualquer empatia
Senhoravam-nos, os passos.
Avisam, pois! É chegada a hora...
Tomamos-nos, a terra – e de vossos escravos.

Destilam, oh! Liberdade.
Lá e cá. Somos os fortes.
Veneramos os nortes
E pois, morte! Em tuas densidades...

As Crônicas de Uma Poesia AusenteOnde histórias criam vida. Descubra agora