Silêncio (Escrevas-me)

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Dos olhos retos
de cores inestimáveis
Percebem-se os meus medos
- dos meus sonhos, apalpáveis...
Escrevas-me
Quando, pelos ventos, as folhas caírem...
E qualquer céu límpido, sorrires a vida.
Então, permitas-me!

Pois, qualquer manhã há de distrair
cada alma de nossas feridas
Haverá um tempo para sorrir
E chorar;
Um tempo para existir
E despertar;

E ainda crianças!
Privo de esperança, e de silêncio...
- Deixes-me, aqui.

Doce vida! E tão amarga...
Percebes-te que és um vilarejo sem fronteiras?
Partireis n'um simples instante...
Do que és livres
Do que és males
Do que és escravos
Do que és salvos...

Há de recomeçar!
Dispas-me de qualquer vergonha...
- Enquanto os céus se espreguiçam...
...por entre meus caminhos.

Privo de esperança, e de silêncio...
- Deixes-me, aqui.

As Crônicas de Uma Poesia AusenteOnde histórias criam vida. Descubra agora