Dois Rios

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Tanto é o medo.
Atravessa o outro lado.
E deixar tudo p'rá trás...
Quem ainda não vê a realidade,
Vê o que o mundo enxerga.
Enxerga que a maior crueldade está logo ali.
Mas, logo ali como?
Ali! Ali...já passou...quem sabe outro dia?

Ficamos nos perdendo horas.
Horas a fio a encontrar uma solução.
Mas, convenhamos, perder um terço da vida tentando achar alguma coisa é desperdício. Esquecemos de olharmos para nós...e pro outros?

O coração é de carne.
E não de sonhos.
A tempestade está logo ali.
E é só você que não enxerga isto...
Isto que é tudo, isto que é realidade.

Dá-lhes as mãos pro meus braços,
E me segure quando atravessar estes dois rios;
Quando ainda conseguiste atravessar, terá visto o presente.
E de atrás, logo ficou o passado.

Logo ali é o passado.
Aqui é o presente.
Acolá é o futuro.

E que futuro serão estes que virão?

As Crônicas de Uma Poesia AusenteOnde histórias criam vida. Descubra agora