A Paz Armada

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É segredo guardar as confidências do destino:
- O tempo é o algoz de nossas proezas.
No que cabe fingir, e tentar fugir
Há quem seja o mesmo espelho da covardia...

Enquanto acreditamos no pouco
sempre haverá o que queres muito
Vivemos os dias desleais...

Entre a face e a foice
Entre o abstrato e o escombro
Entre a vida e a morte
Entre o real e o sonho...
São apenas escolhas.

Há uma tangente que vislumbra as cenas de guerras.
E são tantas crianças.
Ontem, a paz.
Hoje, a espada.
Amanhã, a morte.
- e um pequeno recorte de jornal.

Há quem vislumbre a glória nisto, talvez Hitler?
Há quem norteia o mundo pelo futuro das milícias...

E há os que querem a paz dos aflitos
E há os que querem o medo do vazio
E há os que querem a alma dos índios
E há os que querem o segredo do precipício...

E na vitrola, ouço os ruídos de um passado.
- Apenas quero viver.

As Crônicas de Uma Poesia AusenteOnde histórias criam vida. Descubra agora