Santo, Santo!

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Aqui jaz a eternidade, juras de amor
desdém o aconchego dos deuses.
Volta à ti!, embora valha a esconder
Do que nos move à te encontrar...

No teu ensino, sábios eis de verdades
Consolam os mais inúteis das pedras!
Quão doutrinas, papiros de cordéis
Reconciliam as tristezas, oh! momento adeus?

Finca o conselho digno, haja amor!
No estralhaçado e repudiado castigo dos deuses...
Quem, de distrair o mais santo?
Quem, de discutir o mais sagrado?
Quem, de incumbir o mais divino?

Há, quem?
- Ninguém.

No mais, o mais santo dos segredos
o mais sagrado dos segredos
o mais divino dos segredos
é não ter o tal mistério algum...

As Crônicas de Uma Poesia AusenteOnde histórias criam vida. Descubra agora