Confinados, quem somos?
- à saber, perplexos.
Dos desvios, de crimes confidenciais
Das notas pretas, de filmes passionais
Desejos, influências e fraudes eleitoraisUma estrela vermelha
n'um céu subitamente negro
D'onde não há mais esperança
- tal inocência, lágrimas de crianças.Qualquer avanço
Qualquer retrocesso
É uma nota qualquer
É uma estatística repensada
(a TV e sua propaganda antenada)
- Para quem quer...Ô Pátria armada,
Dissimulada,
Salve! Salve!(Toda pátria, de norte a sul
- há de cantar toda sua lamentação.)De corruptiva, a lesiva detenção
De tráfico, a culposa delação
De fraude, a ociosa dissimulação
De mentira, a utópica relaçãoA lei é a sentença
da qual vale a prudência:
- De tal modo, a consciência.
A verdade, a quem confidencia
A mentira, a quem providenciaDe qual lado, expressaria?
- Sobrou apenas o coração.
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As Crônicas de Uma Poesia Ausente
ŞiirA poesia que sempre se ausenta: logo, o autor se abrevia. Um misto de diferentes composições transformam um mundo, onde a poesia encontra o seu lugar. De mim, apenas as palavras. De alguém, apenas suposições. Do universo, espero as conspirações à me...