XII-Uma Canção Mortal

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Sol caminhava lentamente por entre a floresta fechada, tudo que ela queria era poder conseguir chegar naquele lindo castelo que viu ao longe, não parecia tão fácil chegar lá agora, quando se está perdida em meio a um labirinto de árvores e sussurros estranhos, sim... ela ouvia vozes por todos os lados da floresta, mas não conseguia dizer de onde elas surgiam ou quem conversava, tão baixo que ela não compreendia. Estava começando a ter medo, realmente não foi uma boa idéia ultrapassar o desconhecido. Ela estava começando a temer o pior quando sentiu algo forte bater contra sua cabeça.
ㅡ Ai! exclamou Sol passando a mão no topo de sua cabeça.
ㅡ Quem fez isto? quem jogou esse... Sol olhou para o chão onde viu uma amêndoa caída por entre as folhas.
ㅡ Quem foi que me atirou uma amêndoa? isso doeu bastante!
ㅡ Não podemos aparecer para ela...
ㅡ Ela vai nos transformar em pedras!
ㅡ Não! ela vai nos comer vivos...
ㅡ Ela é só uma garota boba!
ㅡ Quem está aí? quem são? apareçam!ㅡExigiu Sol enquanto seus agressores invisíveis conversavam entre si.
ㅡ Ela é uma bruxa, não seja idiota, ela vai nos cozinhar primeiro em seu caldeirão, depois irá nos comer...
ㅡ De quem vocês estão falando? quem é uma bruxa? insistiu já impaciente a pobre moça. Mas todos se calaram ao mesmo tempo. Sol pôde deslumbrar ao seu redor a beleza do ambiente, até então não havia percebido como aquela floresta era bela e cheia de vida, as flores espalhadas pelo chão em determinados lugares se mexiam e cantavam uma doce canção, parecia que a música acalmava não só seu espírito, mas a fazia viajar para outro mundo, apagando toda sua forma de pensamentos.
ㅡ As flores belas estão cantando... tapem os ouvidos! 
ㅡ Isso é sinal de defesa, elas também estão com medo da terrível bruxa de cabelos de fogo.
ㅡ Pobre bruxinha... terá um fim horrível...
ㅡ Não sinta pena dela Dino! ela veio do Sul para nos matar!
Em meio a esse debate entre as criaturas invisíveis, as flores exalavam seu perfume e sua canção confundia os pensamentos de Sol, a fazendo esquecer-se até porque estava ali. Depois de alguns segundos Sol já não tinha qualquer idéia do que fazia, caminhou por entre a floresta em direção à um penhasco mais a frente. Neste momento os seres invisíveis saíram de suas tocas e nada mais eram que animais da floresta encantada. Toupeiras, furões e seus filhotes, um casal de esquilos e vários pássaros de várias espécies diferentes. Todos a contemplar o drástico destino da garota, todos tapavam seus ouvidos para não terem o mesmo fim.
Sol se aproximou o suficiente do penhasco, para que alguns dos animais pudessem fechar os olhos.
ㅡ Não quero ver isso! disse nervosamente a toupeira.

ㅡ Não quero ver isso! disse nervosamente a toupeira

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Eprain-Uma Floresta Encantada {Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora